FUNDACA0-CH-BR/ PROJETO DENGUE ESTÁ COM SUA EQUIPE NO AMAZONAS EM PESQUISAS MILENAR NATURAIS NO PROJETO DENGUE

FUNDACA0-CH-BR/ PROJETO DENGUE ESTÁ COM SUA EQUIPE NO AMAZONAS EM PESQUISAS MILENAR NATURAIS  NO PROJETO DENGUE

FUNDACAO-CH-BR-MUND/ PROJETO DENGUE , NO AMAZONAS COM SUA EQUIPE EM PESQUISAS MILENAR NATURAIS NO PROJETO DENGUE, MAIS UMA VISAO DO PROJETO DENGUE, EM ABRIR UNIVERSIDADES E LABORATORIOS PARA APROFUNDAR NAS PESQUISAS, AGRADECEMOS AO EXCELENTISSIMO SENHOR PRESIDENTE DIPLOMATA MEDIADOR BARACK OBAMA E A  PRIMEIRA DAMA MICHELE OBAMA, PEDIMOS TODOS APOIO DE TODOS PAISES E DO BRASIL , PEDIMOS A NOSSA PRESIDENTE DILMA ROUSSEFF , MAIS ATENÇAO NO NOSSO PROJETO DENGUE, E AGRADEÇEMOS TODOS PAISES ELOGIANDO  NOSSO  PROJETO , QUE DEUS TE ILUMINA.

 

Amazonas

 

 

Estado do Amazonas
 

 

Descrição: Bandeira do Amazonas
 
Descrição: Brasão do Amazonas
 

(Bandeira)
 
(Brasão)
 
 

Hino: Hino do Amazonas
 

Gentílico: amazonense
 

 

Descrição: Localização do Amazonas no Brasil
 

Localização
 
 

 - Região
 
Norte
 

 - Estados limítrofes
 
Norte: Roraima; Leste: Pará; Sul: Mato Grosso e Rondônia; Sudoeste: Acre e ainda a Venezuela (N) e Colômbia e Peru (O)
 

 - Mesorregiões
 
4
 

 - Microrregiões
 
13
 

 - Municípios
 
62
 

Capital
 
Descrição: Brasão de Manaus.svg Manaus
 

Governo
 
 

 - Governador(a)
 
Omar Aziz (PSD)
 

 - Vice-governador(a)
 
José Melo de Oliveira (PMDB)
 

 - Deputados federais
 
8
 

 - Deputados estaduais
 
24
 

 - Senadores
 
Eduardo Braga (PMDB)
Alfredo Pereira do Nascimento (PR)
Vanessa Grazziotin (PCdoB)
 

Área
 
 
 

 - Total
 
1 570 745,680 km² (1º) 1
 

População
 
2012
 

 - Estimativa
 
3 590 985 hab. (18º)2
 

 - Densidade
 
2,29 hab./km² (26º)
 

Economia
 
20103
 

 - PIB
 
R$Descrição: Aumento 59.779.000 bilhões (14º)
 

 - PIB per capita
 
R$17.173 (11º)
 

Indicadores
 
20094 .
 

 - Esper. de vida
 
72,2 anos (14º)
 

 - Mort. infantil
 
24,2‰ nasc. (16º)
 

 - Analfabetismo
 
9,6% (14º)
 

 - IDH (2010)
 
0,674 (18º) – médio 5
 

Fuso horário
 
UTC-4
 

Clima
 
Equatorial Am, Af
 

Cód. ISO 3166-2
 
BR-AM
 

Site governamental
 
www.amazonas.am.gov.br
 

 

Descrição: Mapa do Amazonas
 

O Amazonas é uma das 27 unidades federativas do Brasil, sendo a maior delas em território, com uma área de 1.570.745,680 km², constituindo-se na nona maior subdivisão mundial, sendo maior que as áreas da França, Espanha, Suécia e Grécia somadas.6 Seria o décimo oitavo maior país do mundo em área territorial, pouco superior à Mongólia, com seus 1.564.116 km². É maior que a área da Região Nordeste brasileira, com seus nove estados; e equivale a 2,25 vezes a área do estado norte-americano do Texas. A área média de seus 62 municípios é de 25.335 km², superior à área do estado brasileiro de Sergipe. O maior deles é Barcelos, com 122.476 km² e o menor é Iranduba, com 2.215 km².

Pertencente à Região Norte do Brasil, é a segunda unidade federativa mais populosa desta macrorregião, com seus 3,6 milhões de habitantes em 2012, sendo superado apenas pelo Pará.7 No entanto, apenas dois de seus municípios possuem população acima de 100 mil habitantes: Manaus, a capital e sua maior cidade com 1,8 milhão de habitantes em 2012, que concentra cerca de 60% da população do estado, e Parintins, com quase 104 mil habitantes.8 9 O estado é, ainda, subdividido em 13 microrregiões e 4 mesorregiões.10 11 Seus limites são com o estado do Pará ao leste; Mato Grosso ao sudeste; Rondônia e Acre ao sul e sudoeste; Roraima ao norte; além da Venezuela, Colômbia e Peru ao norte, noroeste e oeste, respectivamente.12

Em 1850, no dia 5 de setembro, foi criada a Província do Amazonas, desmembrada da Província do Grão-Pará. Os motivos que levaram à criação da Província do Amazonas foram muitos, em especial, a grandíssima área territorial administrada pelo Grão-Pará, com capital em Belém, e as tentativas fracassadas do Peru em ampliar suas fronteiras com o Brasil, com o apoio dos Estados Unidos.13

O estado possui um dos mais baixos índices de densidade demográfica no país, superior apenas ao do estado vizinho, Roraima. Conforme dados do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística, a densidade demográfica equivale a 2,23 habitantes por quilômetro quadrado.6 Detém 98% de sua cobertura florestal preservada e um dos maiores mananciais de água doce do planeta, proveniente da maior rede hidrográfica do mundo. A hidrografia do estado, entretanto, sofre grande influência de vários fatores como precipitação, vegetação e altitude. Em geral, os rios amazonenses são navegáveis e formam sua maior rede de transporte.6 Possui o maior Índice de Desenvolvimento Humano (IDH) (empatado com o Amapá) e o maior PIB per capita entre todos os estados do Norte do Brasil. A Região Metropolitana de Manaus, com população superior aos 2,2 milhões de habitantes e sendo a maior em área territorial do mundo,14 é sua única região metropolitana. O Pico da Neblina, ponto culminante do Brasil, também se situa em território amazonense.15

Etimologia

O nome Amazonas foi originalmente dado ao rio que banha o estado pelo capitão espanhol Francisco de Orellana, quando o desceu em todo o seu comprimento, em 1541. Afirmando ter encontrado uma tribo de índias guerreiras, com a qual teria lutado, e associando-as às Amazonas da mitologia grega, deu-lhes o mesmo nome.16 Segundo etimologia alternativa defendida pelo historiador Karl Lokotsch, o nome Amazonas é de origem indígena, da palavra amassunu, que quer dizer "ruído de águas, água que retumba".17

História

Descrição: https://upload.wikimedia.org/wikipedia/commons/thumb/c/c1/Parreiras-conquista.jpg/300px-Parreiras-conquista.jpg

Descrição: https://bits.wikimedia.org/static-1.22wmf12/skins/common/images/magnify-clip.png

A conquista do Amazonas, 1907, Museu Histórico do Pará.

Primórdios

Pelo Tratado de Tordesilhas (1494), todo o vale amazônico se encontrava nos domínios da Coroa espanhola.18 A foz do rio Amazonas só foi descoberta por Vicente Yáñez Pinzón, um navegador espanhol que a alcançou em fevereiro de 1500, seguido por seu primo Diego de Lepe, em abril do mesmo ano.19

Em 1541, outros espanhóis, Gonzalo Pizarro e Francisco de Orellana, partindo de Quito, no atual Equador, atravessaram a cordilheira dos Andes e exploraram o curso do rio até ao Oceano Atlântico. A viagem, que durou de 1540 a 1542, foi relatada pelo dominicano frei Gaspar de Carvajal, que afirmou que os espanhóis lutaram com mulheres guerreiras, as icamiabas, que, das margens do rio Marañón, disparavam-lhes flechas e dardos de zarabatanas.20 21 O mito de mulheres guerreiras às margens do rio difundiu-se nos relatos e livros, sem escopo popular algum,22 mesmo assim fazendo com que aquelas regiões viessem a receber o nome das guerreiras da mitologia grega, as amazonas - entre eles o maior rio da região, que passou a ser conhecido como rio das Amazonas.23

Ainda no século XVI, os espanhóis realizaram outra expedição similar à de Orellana. Pedro de Ursua, vindo do Peru, também navegou o Amazonas, em busca do lendário Eldorado (1559-1561). Ursua foi assassinado a meio caminho, e a expedição prosseguiu comandada por Lopo de Aguirre, que chegou ao oceano em 1561. Como resultado dessa jornada os espanhóis decidiram, cientes das dificuldades de conquistar tão vasto espaço, adiar a tarefa de colonizá-lo.21 24

Descrição: https://upload.wikimedia.org/wikipedia/commons/thumb/a/ac/Amazonas.png/500px-Amazonas.png

Descrição: https://bits.wikimedia.org/static-1.22wmf12/skins/common/images/magnify-clip.png

As expedições de Orellana e Pedro Teixeira percorreram todo o rio Amazonas, desde a foz (à direita) até o Equador (à esquerda).

Quase de imediato os ingleses e os holandeses, que disputavam o domínio da América aos ibéricos, entregaram-se à exploração do Amazonas, lançando aí as primeiras bases de implantações coloniais, através do levantamento de feitorias e pequenos fortes, em 1596, chamadas de "drogas do sertão". Ainda assim, a região não possuía uma ocupação efetiva. Até o segundo decênio do século XVII, quando os portugueses começaram a ultrapassar a divisória de Tordesilhas, as companhias de Londres e Flessingen promoviam um ativo comércio de madeiras e pescado, iniciando mesmo plantios de cana, algodão e tabaco. Os próprios governos passaram a estimular abertamente a empresa. Robert Harcourt obteve carta-patente de Jaime I da Inglaterra para explorar o território do Amazonas com seus sócios (1612). Somente durante a Dinastia Filipina (1580-1640) a Coroa hispano-portuguesa se interessou pela região, com a fundação de Santa Maria das Graças de Belém do Grão-Pará (atual Belém em 1616), sendo dignas de registro a expedição do Capitão-mor da Capitania do Grão-Pará e Cabo, Pedro Teixeira, que percorreu o grande rio do Oceano Atlântico até Quito, com 70 soldados e 1.200 indígenas, em quarenta e sete canoas grandes (1637-1639),25 e logo em seguida a de Antônio Raposo Tavares, cuja bandeira, saindo da capitania de São Vicente, atingiu os Andes, retornando pelo rio Amazonas até Belém, percorrendo um total de cerca de 12.000 quilômetros, entre 1648 e 1651.24 26

Presença dos missionários

Descrição: https://upload.wikimedia.org/wikipedia/commons/thumb/3/34/Francisco_de_Orellana1.JPG/220px-Francisco_de_Orellana1.JPG

Descrição: https://bits.wikimedia.org/static-1.22wmf12/skins/common/images/magnify-clip.png

Busto de Francisco de Orellana, o descobridor europeu do rio Negro.

Na virada do século XVII, balizava-se na Amazônia o domínio português, devido ao posto avançado de Franciscana, a oeste, e por fortificações em Guaporé, ao norte da região. Os franceses, instalados em Caiena, tinham como objetivo descer o litoral para alcançar o Amazonas, instigando surtidas constantes de sacerdotes, pescadores e predadores de índios. Assim, as expedições lusas de reconhecimento enfrentavam grandes dificuldades na atual região do Amazonas: no rio Negro, os manaós, tidos como índios valentes e resistentes, coligaram-se com tribos vizinhas, e os torás, na bacia do Madeira, entregavam-se a guerra de morte contra sertanistas e coletores de especiarias. Na zona do rio Solimões, a penetração portuguesa acabou por se defrontar com missões castelhanas, dirigidas pelo jesuíta Samuel Fritz. Por ordens vindas de Lisboa, as forças militares invadiram o território das missões espanholas, expulsando os padres e soldados que as amparavam. Como efeito, entre 1691 e 1697, Inácio Correia de Oliveira, Antônio de Miranda e José Antunes da Fonseca apossaram-se do Solimões, enquanto Francisco de Melo Palheta garantia o domínio lusitano no alto Madeira e Belchior Mendes de Morais invadia a bacia do Napo. O imenso espaço conquistado tornou-se produtivo. A coroa portuguesa, necessitando assim consolidar sua posição, solicitou o trabalho missionário na área.24

Com o objetivo de catequizar os indígenas, vários leigos e religiosos jesuítas espanhóis fundaram várias missões no território amazonense. Essas missões, cuja economia tinha como atividade a dependência do extrativismo e da silvicultura, foram os locais de origem dos primeiros mestiços da região. Sofreram posteriormente seguidas invasões de outros indígenas inconformados com a invasão ao seu território e de conquistadores brancos. Brancos, acompanhados por nativos, aprisionavam índios rivais para vendê-los como escravos. A destruição das missões espalhou o desmatamento pelo território.27 28

Descrição: https://upload.wikimedia.org/wikipedia/commons/thumb/3/32/1562_Diego_Gutierrez_Amazonas.jpg/220px-1562_Diego_Gutierrez_Amazonas.jpg

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Mapa de 1562 da região do Rio Amazonas.

Foram os carmelitas, juntamente com os inacianos e mercedários, que mais aprofundaram a colonização nos antigos domínios espanhóis, ocupando a área atual do estado do Amazonas. Espalhava-se as missões jesuíticas pelo vale contíguo do Tapajós e, mais a oeste, pelo Madeira, enquanto os mercedários se estabeleceram próximo à divisa com o Pará, nos cursos do Urubu e do Uatumã. Os carmelitas disseminaram seus aldeamentos ao longo do Solimões, do Negro e, ao norte, do Branco, no atual estado de Roraima.24 Objetivando converter os gentios à fé católica e de ampliar o comércio de especiarias, os religiosos transferiam suas missões de um ponto a outro com freqüência, seguindo sempre a margem dos rios. Da multiplicidade desses aldeamentos, surgiram dezenas de povoados, a exemplo de Cametá, no deságüe do Tocantins; Airão (hoje Velho Airão, uma cidade fantasma); Carvoeiro, Moura e Barcelos, no rio Negro; Santarém, na foz do Tapajós; Faro, no rio Nhamundã; Borba, no rio Madeira; Tefé, São Paulo de Olivença e Coari, no Solimões; e em continuação, no curso do Amazonas, Itacoatiara e Silves.24

A partir do século XVIII, o Amazonas passou a ser disputado por portugueses e espanhóis que habitavam a bacia do rio Amazonas. Essa luta desencadeou a disputa pela posse da terra, o que motivou a formação de grandes latifúndios. A região do alto rio Amazonas foi considerada estratégica tanto para a diplomacia espanhola - por representar via de acesso ao Vice-reino do Peru -, quanto para a diplomacia portuguesa, especialmente a partir da descoberta de ouro nos sertões de Mato Grosso e de Goiás, escoado com rapidez pela bacia do rio Amazonas. É nesse contexto que se inserem as instruções secretas passadas por Sua Majestade ao Governador e Capitão General da Capitania do Grão-Pará, João Pereira Caldas, para que fossem fundadas sete feitorias pelo curso dos rios amazônicos, de Belém até Vila Bela do Mato Grosso e à capital da Capitania do rio Negro, para apoiar o comércio (contrabando), com as províncias espanholas do Orinoco (Venezuela), de Quito (Equador), e do Peru, comércio esse que antes se fazia com a Colônia do Sacramento (Instrução Secretíssima, c. 1773. Museu Conde de Linhares, Rio de Janeiro). A assinatura do Tratado de Madrid (1750) ratificou essa visão, tendo a Coroa portuguesa feito valer também na região o princípio do "uti possidetis", apoiado por uma linha de posições defensivas que, mesmo virtualmente abandonadas após o Consulado Pombalino (1750-1777) e durante o século XIX, legariam à diplomacia da nascente República brasileira os seus atuais contornos fronteiriços.29

Dentro do projeto de ocupação do sertão amazônico, constituiu-se a Capitania Real de São José do Rio Negro pela Carta-régia de 3 de março de 1755, com sede na aldeia de Mariuá, elevada a vila de Barcelos em 1790. No início do século XIX, a sede do governo da Capitania foi transferida para a povoação da barra do Rio Negro, elevada a Vila da Barra do Rio Negro para esse fim, em 29 de março de 1808.30 À época da Independência do Brasil em 1822, os moradores da vila proclamaram-se independentes, estabelecendo um Governo Provisório. A região foi incorporada ao Império do Brasil, na Província do Pará, como Comarca do Alto Amazonas em 1824.31

Ganhou a condição de Província do Amazonas pela Lei n° 582, de 5 de setembro de 1850, sendo a Vila da Barra do Rio Negro elevada a cidade com o nome de Manaus pela Lei Provincial de 24 de outubro de 1848 e capital em 5 de janeiro de 1851.31 A partir do século XIX, o território começou a receber migrantes nordestinos que buscavam melhores condições de vida na maior província brasileira. Atraídos pelo ciclo da borracha, os nordestinos se instalaram em importantes cidades amazonenses, como Manaus, Tabatinga, Parintins, Itacoatiara e Barcelos, a primeira capital do Amazonas.31

Capitania junto com Grão-Pará

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Províncias imperiais do Brasil em 1822.

O que hoje é reconhecido como Amazônia, nos primeiros anos do século XVII era denominado Estado do Maranhão e a única cidade existente era a de São Luís, que concentrava todo o poder do Estado. As regiões central e oeste foram ocupadas apenas por ordens religiosas que subdividiram em áreas de missões e aldeamentos de atuação de Jesuítas, Carmelitas, Dominicanos e Franciscanos, o que variou ao longo do tempo, particularmente, desde o fim da Companhia de Jesus, em meados do século XVIII. Ao tempo em que as Ordens Religiosas dominavam o interior do vale Amazônico, o Governo do Estado do Maranhão promovia a distribuição de terras para particulares fundarem suas capitanias. Nesse contexto, capitanias de duas naturezas diferentes foram fundadas: As Capitanias da Coroa ou Reais, e as Capitanias Particulares.32

O Estado do Maranhão virou "Grão-Pará e Maranhão" em 1737 e sua sede foi transferida de São Luís para Belém do Pará. O tratado de Madri de 1750 confirmou a posse portuguesa sobre a área. Para estudar e demarcar os limites, o governador do Estado, Francisco Xavier de Mendonça Furtado, instituiu uma comissão com base em Mariuá em 1754. Em 1755 foi criada a Capitania de São José do Rio Negro, no atual Amazonas, subordinada ao Grão-Pará. As fronteiras, então, eram bem diferentes das linhas retas atuais: o Amazonas incluía Roraima, parte do Acre e se expandia para sul com parte do que hoje é o Mato Grosso. O governo colonial concedeu privilégios e liberdades para quem se dispusesse a emigrar para a região, como isenção de impostos por 16 anos seguidos. No mesmo ano, foi criada a Companhia Geral do Comércio do Grão-Pará e Maranhão para estimular a economia local. Em 1757 tomou posse o primeiro governador da capitania, Joaquim de Melo e Póvoas, e recebeu do Marquês de Pombal a determinação de expulsar à força todos os jesuítas (acusados de voltar os índios contra a metrópole e não lhes ensinar a língua portuguesa).32

Descrição: https://upload.wikimedia.org/wikipedia/commons/thumb/e/e7/Amazonia-moradia.jpg/250px-Amazonia-moradia.jpg

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A ocupação e povoamento do Amazonas deu-se de maneira esparsa, por conta da vegetação densa. Na foto, casa de caboclo na beira do rio.

Em 1772, a capitania passou a se chamar Grão-Pará e Rio Negro e o Maranhão foi desmembrado. Com a mudança da Família Real para o Brasil, foi permitida a instalação de manufaturas e o Amazonas começou a produzir algodão, cordoalhas, manteiga de tartaruga, cerâmica e velas. Os governadores que mais trabalharam pelo desenvolvimento até então foram Manuel da Gama Lobo d'Almada e João Pereira Caldas. Em 1821, Grão Pará e Rio Negro viraram a província unificada do Grão-Pará. No ano seguinte, o Brasil proclamou a Independência.32

Em meados do século XIX foram fundados os primeiros núcleos que deram origem às atuais cidades de Borba, Itacoatiara, Parintins, Manacapuru e Careiro. A capital foi situada em Mariuá (entre 1755-1791 e 1799-1808), e em São José da Barra do Rio Negro (1791-1799 e 1808-1821). Uma revolta em 1832 exigiu a autonomia do Amazonas como província separada do Pará. A rebelião foi sufocada, mas os amazonenses conseguiram enviar um representante à Corte Imperial, Frei José dos Santos Inocentes, que obteve no máximo a criação da Comarca do Alto Amazonas. Com a Cabanagem, em 1835-1840, o Amazonas manteve-se fiel ao governo imperial e não aderiu à revolta. Como espécie de recompensa, o Amazonas se tornou uma província autônoma em 1850, separando-se definitivamente do Pará. Com a autonomia, a capital voltou para esta última, renomeada como "Manaus" em 1856.32

Em 10 de julho de 1884, o Amazonas tornou-se a segunda província no império brasileiro a abolir a escravatura, após a Província do Ceará, e quatro anos antes do país conceder liberdade aos escravos, com a assinatura da Lei Áurea pela Princesa Isabel do Brasil.33 34 35 A lei foi assinada pelo presidente da província, Teodureto Souto. Na ocasião, cerca de 1,5 mil escravos foram libertados na província.33

Ciclo da Borracha

A partir de 1890, Manaus, que já se ostentava como capital do estado administrativo, experimentou um grandíssimo avanço populacional e econômico, resultante principalmente da exportação de matéria prima oriunda e até então, exclusiva da Amazônia. Com as riquezas geradas pela produção e exportação da borracha natural (Hevea brasiliensis), a capital amazonense recebeu grandes obras como o Porto de Manaus, o Teatro Amazonas, o Palácio da Justiça, o Reservatório do Mocó, a primeira rede de energia elétrica e os serviços de transporte coletivo em bondes.36

Descrição: https://upload.wikimedia.org/wikipedia/commons/thumb/1/15/Biblioteca_P%C3%BAblica_do_Amazonas.jpg/200px-Biblioteca_P%C3%BAblica_do_Amazonas.jpg

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Prédio da antiga Biblioteca Pública do Estado do Amazonas. Foi construído com a riqueza proveniente do Ciclo da Borracha.

Tida como uma referência internacional, Manaus tornou-se símbolo de prosperidade e civilização, sendo palco de importantes acontecimentos artísticos e culturais. Floresceu então, o comércio de produtos luxuosos e supérfluos, com homens e mulheres de todo o mundo desfilando por suas ruas e avenidas, na sede da compra do "Ouro Negro", como era chamada a borracha natural, para revenderem com grandes lucros nas principais capitais da Europa e nos Estados Unidos.36 A partir de 1910, tempos difíceis iniciam-se para a cidade, devido à forte concorrência da borracha natural plantada nos seringais da Malásia, que chega aos mercados europeu e americano com vantagens superiores, o que acaba por decretar a falência da economia amazonense.36

Era Zona Franca de Manaus

A Zona Franca de Manaus (também chamada de Polo Industrial de Manaus ou Polo Industrial da Amazônia Brasileira) foi um projeto de desenvolvimento sócio-econômico implantado através da Lei Nº 3.173 de 6 de junho de 1957, que reformulava, ampliava e estabelecia incentivos fiscais para implantação de um pólo industrial, comercial e agropecuário numa área física de 10 mil km², tendo como sede a cidade de Manaus. Apesar da aprovação em 1957, tal projeto só foi de fato, implantado, pelo Decreto-Lei Nº 288, de 28 de fevereiro de 1967.36

O projeto foi implantado pelo Regime militar brasileiro. A princípio, os benefícios desse projeto se estendiam à Amazônia Ocidental, formada pelos estados do Amazonas, Acre, Rondônia e Roraima. Em 20 de agosto de 2008, foi criada a Área de Livre Comércio de Macapá, que foi incluída no Conselho da Superintendência da Zona Franca de Manaus (Suframa) e assim, o Amapá recebeu o mesmo benefício destinado aos estados.37

A criação da Zona Franca de Manaus visava promover a ocupação populacional dessa região e elevar o nível de segurança para manutenção da sua integridade, além de refrear o desmatamento na região e garantir a preservação e sustentabilidade da biodiversidade presente.38 Em seus 44 anos de existência, a história do modelo da Zona Franca de Manaus é dividida em quatro fases: A primeira, de 1967 a 1975, caracterizava a política industrial de referência no país pelo estímulo à substituição de importações de bens finais e formação de mercado interno; a segunda, de 1975 a 1990, caracterizou-se pela adoção de medidas que fomentassem a indústria nacional de insumos, sobretudo no estado de São Paulo; a terceira, de 1991 e 1996, entrou em vigor a Nova Política Industrial e de Comércio Exterior, marcada pela abertura da economia brasileira, redução do Imposto de Importação para o restante do país e ênfase na qualidade e produtividade, com a implantação do Programa Brasileiro de Qualidade e Produtividade (PBPQ) e Programa de Competitividade Industrial; e a quarta e última, de 1996 a 2002, marca sua adaptação aos cenários de uma economia globalizada e pelos ajustes demandados pelos efeitos do Plano Real, como o movimento de privatizações e desregulamentação.38

História recente

Ao longo da década de 1990, o Amazonas destacou-se por ser um dos estados brasileiros de maior crescimento populacional e econômico. Manaus, capital do estado, figura como uma das cinco capitais brasileiras com maior crescimento populacional, com 2,51% de crescimento anual. Em dez anos, o estado registrou 28,22% de crescimento populacional, passando de 2,8 milhões em 2000 para 3,4 milhões em 2010.39 Em relação à história recente no fator econômico, o estado integra o chamado "grupo intermediário", que fica entre o "grupo com maior participação" e o "grupo com menor participação", na economia do país, respondendo por 1,6% desta.40

Nos anos de 2005 e 2010 o estado foi afetado por uma forte estiagem, sobretudo na região sudoeste, na divisa com o Acre. A estiagem caracterizou-se por possuir o menor índice pluviométrico dos últimos 40 anos, ultrapassando períodos como as secas de 1925-1926, 1968-1969 e 1997-1998, até então consideradas as mais intensas. Neste período, o transporte hidroviário foi dificultado, populações ribeirinhas foram isoladas e houve um surto de cólera, vitimando cerca de 159 pessoas, além de prejuízos econômicos.41 42 Em abril de 2008, o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) elaborou a nova delimitação da fronteira do Amazonas com o Acre. Assim, o território amazonense reduziu-se em 11.583,87 km². A área perdida corresponde a mais da metade de todo o território do estado de Sergipe, cerca de 7,5% do território do Acre e pouco mais de 0,7% da área do Amazonas. Com a mudança, sete municípios amazonenses - Atalaia do Norte, Boca do Acre, Eirunepé, Envira, Guajará, Ipixuna e Pauini - perderam território e parte da população para municípios do Acre.43

Atualmente, o Amazonas divide-se em 62 municípios. O atual governador é Omar Aziz (PSD) que exerce o cargo desde 1° de janeiro de 2011.44

Geografia

Descrição: https://upload.wikimedia.org/wikipedia/commons/thumb/b/b7/Pico_da_Neblina.jpg/200px-Pico_da_Neblina.jpg

Descrição: https://bits.wikimedia.org/static-1.22wmf12/skins/common/images/magnify-clip.png

Pico da Neblina, o ponto mais elevado do país, localizado em Santa Isabel do Rio Negro.

O estado do Amazonas caracteriza-se por ser a mais extensa das unidades federativas do Brasil, com uma superfície atual de 1.570.745 km².45 Grande parte dele é ocupado por reserva florística e pela água.45 O acesso à região é feito principalmente por via fluvial ou aérea. Apenas o inverno e o verão são bem definidos e a umidade relativa do ar fica em torno de 80%, tendo em vista que a região é cortada pela linha do equador, ao norte.45 Seu fuso horário é de menos quatro horas (-4) em relação à hora mundial GMT. No Brasil, o estado faz parte da Região Norte, fazendo fronteira com os estados de Mato Grosso, Rondônia e Acre ao sul; Pará a leste e Roraima ao norte, além das repúblicas do Peru, Colômbia e Venezuela ao sudoeste, oeste e norte, respectivamente.45

Relevo

Apresenta um relevo relativamente baixo, já que 85% de sua superfície está abaixo de cem metros de altitude. Tem ao mesmo tempo as terras mais altas, como o pico da Neblina, seu ponto mais alto, com 3.014 metros, e o pico 31 de Março, com 2.992 metros de altitude, ambos situados no município de Santa Isabel do Rio Negro. Há uma grande porcentagem de terras baixas, comparando aos outros estados do Brasil.46

Amazonas, Negro, Solimões, Purus, Madeira, Juruá, Içá, Uaupés e Japurá são seus rios principais.46

O estado está situado sobre uma ampla depressão, com cerca de 600 km de extensão no sentido sudeste-noroeste, orlado a leste por uma estreita planície litorânea de aproximadamente quarenta quilômetros de largura média. Isso faz do estado o maior em relação à terras baixas no Brasil. O planalto desce suavemente para o interior e se divide em três seções: o planalto, a depressão interior e o planalto ocidental, que formam, ao lado da planície, as cinco unidades morfológicas do estado.46

Geologia

Em 30 de maio de 2006 foi lançado o primeiro Mapa Geológico do Amazonas, que teve por finalidade principal estudar as potencialidades do solo do estado. De acordo com esse estudo, de um modo geral, os solos amazonenses são relativamente pobres. Entretanto verifica-se, principalmente no interior do estado, uma região propícia a exploração de minerais, como o nióbio, caulim e silvanita. Ainda de acordo com o estudo, no estado encontra-se as três grandes reservas minerais inexploradas do mundo.47

O solo amazonense detém mais de 450 milhões de toneladas de silvanita, principal minério existente no estado, o que faz do Amazonas o maior produtor nacional. Outras riquezas minerais apontadas pelo estudo são a cassiterita, com uma reserva superior à 400 mil toneladas - nos municípios de Presidente Figueiredo e Urucará; a bauxita, com aproximadamente 1 milhão de toneladas; e o nióbio, estimada em mais de 700 mil toneladas em São Gabriel da Cachoeira. O potencial do gás natural de Coari, estimado em mais de 62 bilhões de metros cúbicos, também é estudado no mapa geológico.47

Clima

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Complexo da Região Hidrográfica do rio Amazonas, a maior bacia hidrográfica do mundo.

No Brasil, país caracteristicamente tropical, o Amazonas é dominado pelo clima equatorial, predominante também na Amazônia.48 As estações do ano apresentam-se bastante diferenciadas e o clima é caracterizado por elevadas temperaturas e altos índices pluviométricos, decorrente principalmente pela proximidade do estado com a Linha do Equador.46 Isso também se deve às altas temperaturas, que acabam por provocar uma grande evaporação, transformando-as em chuvas.46

A temperatura média no estado é elevada, atingindo 31,4°C.46 Em alguns pontos da porção oeste a temperatura média é entre 25 °C e 27 °C e em outros pontos da porção leste a mesma possui média de 26 °C.49 A menor temperatura já registrada foi de 11,4 °C, em Boca do Acre, em 2013.50 A umidade relativa do ar varia de 80% a 90% anualmente, uma das maiores registradas no Brasil.46

O regime pluviométrico apresenta índices superiores a 2.000 mm ao ano, sendo bastante elevados.48 Entre os meses de maio e setembro, há ocorrência de friagens no sul do estado. Quando estas ocorrem, as temperaturas diminuem, podendo chegar a 10°C.48 Na região leste amazonense, registra-se uma pequena estação seca, com chuvas acentuadas e índices superiores a 2.500 mm ao ano. As temperaturas nesta região chegam a 26°C.48 Na porção norte do estado, a estação seca ocorre principalmente na primavera.48

Vegetação

Descrição: https://upload.wikimedia.org/wikipedia/commons/thumb/c/c7/Vegeta%C3%A7%C3%A3o_Amazonas.JPG/200px-Vegeta%C3%A7%C3%A3o_Amazonas.JPG

 

 

Na vegetação do estado, sobressaem matas de terra firme, várzea e igapós. Toda essa vegetação faz parte da extensa e maior floresta tropical úmida do mundo: a Hileia Amazônica, que apresenta uma rica e complexa diversidade na composição da flora do estado e se faz presente em todo o seu território.46

Os solos de terra firme situam-se em terras altas, geralmente distantes dos grandes rios. São formadas por árvores alongadas e finas, que possuem, geralmente, grande quantidade de madeira de alto valor ecônomico.51 Há ainda éspécies como a castanha-do-pará, as palmeiras e o cacauareiro, que também são encontradas em solos de terra firme.52 Os solos de terra firme são vermelhos, por se tratar de uma região úmida e de alta temperatura, e seus elementos químicos principais são hidróxido de alumínio e ferro, propícios à formação de bauxita e, portanto, pobres para agricultura.53 54 Até a década de 1970, acreditava-se que os solos da região eram os mais Iixiviados, ácidos e pobres do planeta. A cor avermelhada ou amarelada encontrada nos solos era um indicativo de óxidos de ferro, o que passou a ser referência da evidência de que os solos da Amazônia se tomariam laterita, uma substância vista como pedregosa, com o desmatamento e alteração da vegetação.54

As matas de várzea são próprias das áreas periodicamente inundadas pelas cheias dos rios. Apresentam maior variedade de espécies. Seus solos são os mais férteis da região.51 São solos jovens, que periodicamente são enriquecidos de material orgânico e inorgânico, depositados durante a cheia dos rios. A flora do estado apresenta uma grande variedade de vegetais medicinais, dos quais se destacam andiroba, copaíba e aroeira. São inúmeras as frutas regionais e entre as mais consumidas e comercializadas estão: guaraná, açaí, cupuaçu, castanha-do-brasil (castanha-do-pará), camu-camu, pupunha, tucumã, buriti e taperebá.53 As matas de igapós estão situadas em áreas baixas, próximas ao leito dos rios. Durante quase o ano todo, permanecem inundadas. São compostas principalmente por árvores altas, que possuem, por sua vez, raízes adaptadas às regiões alagadas.53

Hidrografia

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O encontro dos rios Negro e Solimões, próximo à Manaus. O fenômeno é conhecido como Encontro das águas.

O Amazonas é banhado pela bacia hidrográfica Amazônica, a maior do mundo, com quase 4 milhões de quilômetros quadrados em extensão.55 O rio Amazonas - que dá nome ao estado - é o principal de seus rios, com 7.025 quilômetros de extensão desde sua Nascente, na Cordilheira dos Andes, no Peru, até a sua foz no Oceano Atlântico.55

A confluência entre o rio Negro, de água preta, e o rio Solimões, de água barrenta, resulta em um fenômeno popularmente conhecido como Encontro das Águas. O fenômeno acontece nas proximidades do município de Manaus e Careiro, sendo uma das principais atrações turísticas do estado.56 57

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Os rios Negro e Solimões possuem diferentes densidades. Esta é a razão por não se misturarem.56

O rio Negro é o principal afluente do rio Amazonas. Nasce na Colômbia, banha três países da América do Sul e percorre cerca de 1.700 quilômetros. Entra em território brasileiro através do Norte do Amazonas e forma um estuário de cerca de seis quilômetros de largura no encontro com o rio Solimões, sendo chamado de rio Amazonas a partir daí. Apresenta um elevado grau de acidez, com pH 3,8 a 4,9 devido à grande quantidade de ácidos orgânicos provenientes da decomposição da vegetação. Por conta disso, a água mostra-se numa coloração escura.56

Além do rios Amazonas, Negro e Solimões, outros principais rios são: Madeira, Purus, Juruá, Uatumã e Japurá. Todos estes são integrantes da Bacia Amazônica.55
•O rio Madeira, assim como os demais, é pertencente à Bacia do rio Amazonas e banha os estados de Amazonas e Rondônia. Possui extensão de 1.450 quilômetros e é a principal linha divisória entre Brasil e Bolívia;57
•O rio Purus possui 1.175 quilômetros e nasce no Peru. Está situado no Sul do estado;57
•O rio Juruá, situado na região Sudoeste do estado, possui 3.350 quilômetros de extensão e banha, além do Amazonas, os estados de Acre e Roraima. Entretanto, a região do Alto Juruá, na divisa entre Amazonas e Roraima, não apresenta condições de navegabilidade;57
•O rio Uatumã é navegável em apenas 295 quilômetros. Nasce na divisa do estado com Roraima, no planalto das Guianas. É conhecido por não possuir nenhum núcleo populacional ao longo de seu leito e por abrigar a Usina Hidrelétrica de Balbina;57
•O rio Japurá possui inúmeras ilhas em seu leito. Nasce na Colômbia e possui 730 quilômetros em território brasileiro.57

Outros rios notáveis no estado são o Uaupés, Coari, Içá, Javari, Tefé, Nhamundá e Jutaí.57

Ecologia

No estado, até dezembro de 2010, as Unidades de Conservação de Proteção Integral (UCPI) e Unidades de Conservação de Uso Sustentável (UCUS) possuíam, juntas, uma área de 369.788 km², equivalente ao estado de Mato Grosso do Sul. Essa área correspondia a 23,5% do território do Amazonas. 58 Individualmente, as Unidades de Uso de Proteção Integral representavam 7,8% da área territorial amazonense, e as Unidades de Uso Sustentável representavam 15,8% desse total. Comparando a extensão de Unidades de Conservação (UCs) no Brasil, o estado possui a segunda maior extensão, superado apenas pelo Pará, com seus 403.155 km². A maior parte delas era administrada pelo governo estadual.

A criação de Unidades de Conservação (UC) nos estados da Amazônia deu-se a partir da década de 2000. Até então, a criação e demarcação de tais locais dava-se apenas em áreas remotas dos estados. Grande parte destes foram criados com o intuito de auxiliar a regularização fundiária e desincentivar o avanço do desmatamento em áreas de grande concentração populacional.58 Das Unidades de Conservação criadas a partir de 2003 no estado, 58% delas eram de uso sustentável, e 33% foram criadas em regiões de grande avanço populacional.58 Em dezembro de 2010, apenas 24% das UCs possuíam plano de manejo aprovados por seus conselhos gestores, enquanto 50% destas não possuíam tal plano. Há ainda de se destacar que o número de conselho gestores nestas unidades é baixo: 48% delas possuíam conselhos gestores, deliberativos ou consultivos, enquanto outras 45% não possuíam e eram administradas unicamente pelo órgão estadual ou federal.58 A vasta fauna possui felinos, como as onças, grandes roedores, como as capivaras, aves, répteis e primatas. O maior desses animais é a anta e todos constituem fonte de alimento para as populações rurais. Alguns encontram-se ameaçados de extinção e são protegidos por órgãos especiais dos governos.58 A Reserva de Desenvolvimento Sustentável Mamirauá, a maior unidade de conservação em área alagada do país, localiza-se no estado. Foi criada em 1996 e está situada nos municípios de Fonte Boa, Maraã e Uarini. 59

Parques nacionais

Ao menos três dos principais parques nacionais brasileiros estão no Amazonas.58 O principal deles é o Parque Nacional do Jaú. O Parque Nacional do Jaú foi criado em 1980, através do Decreto Lei nº 85.200. Possui 2.272.000 hectares e está situado nos municípios de Novo Airão e Barcelos. 60

É o maior parque nacional do Brasil e o maior de floresta tropical úmida no mundo. A temperatura média no parque é de 27°C. É administrado pelo Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis (IBAMA).60

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Cachoeira de Salto Augusto, localizada no Parque do Juruena.

Também são notáveis os parques da Amazônia e do Pico da Neblina. O Parque Nacional da Amazônia foi criado pelo Decreto Lei nº 73.683 em 19 de fevereiro de 1974 e está situado entre o Amazonas e Pará. 61 O Parque Nacional do Pico da Neblina criou-se em 1979, pelo Decreto Lei nº 83.550. Sua área é de 2.200.000 de hectares e está situado no município de São Gabriel da Cachoeira. 62 Abriga o ponto mais alto do Brasil, o Pico da Neblina, com 3.014 metros. 63

Parques estaduais

Há diversos parques estaduais no estado, quase todos administrados pelo Instituto de Proteção Ambiental do Amazonas (IPAAM).64 Os principais parques estaduais no Amazonas são o Parque Estadual Nhamundá, o primeiro parque de caráter estadual no estado, instituído pelo Decreto Lei nº 12.836 em 1990, com uma área de 195.900 hectares. Situa-se no município de Nhamundá e possui ecossistemas de várzea e campos naturais, além de florestas de terra firme, com planícies e serras. Seu acesso é feito por via fluvial;65 Parque Estadual Serra do Aracá, criado em 1990, através do Decreto Lei nº 12.836, situado em Barcelos e ocupando uma área de 1.818.700 hectares - 15% da área do município; Parque Estadual Rio Negro Setor Norte, localizado em Novo Airão e com área de 178.620 hectares. Foi estabelecido pelo Decreto Lei nº 16.497 de 2 de abril de 1995 e engloba 5% da área do município. Abriga as ruínas da cidade fantasma de Velho Airão e sítios arqueológicos; 66 Parque Estadual Rio Negro Setor Sul, situado entre Manaus e Novo Airão e criado através do Decreto Lei nº 16.497 de 2 de abril de 1995. Ocupa uma área de 257.422 hectares, ocupando cerca de 4% da área do município de Manaus. É usado para o ecoturismo e habitado por comunidades tradicionais, como caboclos e ribeirinhos.66

Destacam-se ainda os parques de Sumaúma, a única Unidade de Conservação estadual em área urbana no Amazonas, situada em Manaus, no bairro Cidade Nova e instituída em 2003; 67 Sucunduri, com 808.312,179 hectares, criada em 2005 em Apuí; 68 Cuieiras, com 55.800 hectares; 69 Guariba, possuindo 72.296,331 hectares e criado em 2005 em Manicoré, no sul do estado; 64 e Matupiti, também no sul do estado. 70

Demografia

De acordo com o Censo brasileiro de 2010, realizado pelo IBGE, o Amazonas era habitado por 3 483 985 habitantes, sendo que haviam 2 755 490 habitantes em área urbana (78,4%) e 728 495 habitantes em área rural (17,3%). Quanto à questão de gênero, haviam 1 753 179 homens e 1 730 806 Mulheres. Foram identificados 902 780 domicílios, sendo que apenas 801 640 deles eram ocupados, gerando um déficit habitacional de 101 140 domicílios. A média de habitantes por domicílio era de 4,24 pessoas.71 A capital, Manaus, é a maior cidade da região Norte, com 1,8 milhão de habitantes.9


Ano
 
Habitantes
 

1872
 
57.610
 

1890
 
147.915
 

1900
 
249.756
 

1920
 
363.166
 

1940
 
438.008
 

1950
 
514.099
 

1960
 
708.459
 

1970
 
955.235
 

1980
 
1.430.089
 

1991
 
2.103.243
 

1996
 
2.389.279
 

2000
 
2.813.085
 

2006
 
3.311.026
 

2007
 
3.221.940
 

2008
 
3.341.096
 

2009
 
3.393.369
 

2010
 
3.480.937
 

2011
 
3.538.359
 

2012
 
3.590.985
 

Fonte:
 
IBGE72
 

Em 2012, de acordo com estimativas da mesma instituição, a população do estado atingiu 3 590 985 habitantes.2 A população deste representa 22% da população da região Norte e 1,8% da população brasileira.73

No estado, 165 920 habitantes não são naturais da unidade federativa.74 75 A maior parte dos migrantes que vivem no estado são oriundos de outros estados da própria Região Norte brasileira. Além destes, migrantes vindos do Nordeste somam 87 846 habitantes, migrantes vindos da Região Sudeste somam 30 431 habitantes e migrantes vindos da Região Sul somam 12 183 habitantes.75 O estado possui ainda, a maior população estrangeira na Região Norte e a oitava maior população estrangeira no Brasil. São 9 777 habitantes no estado que possuem alguma nacionalidade que não seja a brasileira. O Pará responde pela segunda maior população estrangeira no Norte do país (5 291 imigrantes), seguido de Rondônia, com 4 689 imigrantes.75

Na questão de alfabetização, habitantes do estado com mais de 5 anos de idade alfabetizados totalizavam 2 670 173 pessoas.76 Pelo menos 791 162 habitantes afirmaram serem portadores de algum tipo de deficiência permanente, destacando-se a deficiência motora, com 38 509 deficientes declarados. Destacando a questão do estado civil, haviam 1 948 604 pessoas com mais de 10 anos de idade solteiras, 640 437 pessoas com mais de 10 anos de idade casadas, 74 287 pessoas viúvas, 41 698 divorciadas e 23 116 pessoas desquitadas ou separadas judicialmente. Há de se destacar que 699 439 pessoas declararam viver em união consensual.77

Ainda de acordo com o censo de 2010, 791 162 habitantes declararam possuir algum tipo de deficiência.78 A deficiência mental ou intelectual apresentou-se em 38 509 habitantes, enquanto outros 149 796 habitantes declararam possuir alguma deficiência motora. 124 737 habitantes declararam possuir algum tipo de deficiência auditiva, enquanto outros 530 296 habitantes possuem deficiência visual. Os habitantes que declararam não possuir nenhum tipo de deficiência somam-se 2 692 764 habitantes.78

O estado alcançou um grandíssimo crescimento populacional no início do século XX, devido ao período da áurea da borracha, e após a instalação do Polo Industrial de Manaus, na década de 1960.79 O estado ainda mantém taxas populacionais superiores à média nacional. Na década de 1950 o estado teve um crescimento populacional de 3,6% ao ano, enquanto o Brasil manteve um crescimento de 3,2%. No período compreendido entre os anos de 1991 e 2000, o Amazonas cresceu 2,7% ao ano enquanto a média nacional manteve-se em 1,6%. O censo demográfico de 2010 do IBGE, apontou que o estado cresceu 23,84% em população entre 2000 e 2010 e que o mesmo mantém um aumento populacional de 2,16% ao ano.74

A composição da população amazonense por sexo mostra que para cada 100 mulheres residentes no estado existem 96 homens; esse pequeno desequilíbrio entre os dois sexos ocorre porque as mulheres possuem uma expectativa de vida oito anos mais elevada que a dos homens. Porém, o fluxo migratório para o estado é de maioria masculina.80 Segundo o Tribunal Superior Eleitoral, em junho de 2013 o estado possuía 2 169 761 eleitores,81

Durante cem anos, de 1810 a 1910, um relevante número de migrantes e imigrantes espalharam-se por diversas cidades e povoados da Amazônia, principalmente entre Belém e Manaus. Eram em grande parte, atraídos pelo ciclo da borracha. Entre os migrantes, destacou-se principalmente os nordestinos, e entre os imigrantes, destacavam-se os árabes82 e japoneses. Os japoneses entretanto, chegaram ao Amazonas somente a partir de 1923. Com o fim do ciclo da borracha, o Governo do Amazonas cedeu 1,030 milhão de hectares a serem divididos entre os imigrantes japoneses que desejassem fazer cultivo do solo da região, como forma de movimentar a economia do estado em crise.83 Os primeiros imigrantes dirigiram-se a cidades como Maués, Parintins, Itacoatiara, Presidente Figueiredo e Manaus.84 Até então, Maués era a cidade com o maior fluxo de imigração japonesa e onde eles iniciaram o cultivo do guaraná. Porém, em 1941, houve uma epidemia de malária que vitimou várias famílias.84 Outras famílias destinaram-se a Parintins, onde dividiram vários hectares de terra com os "koutakusseis", jovens europeus estudantes de agronomia, provenientes de famílias de classe alta que imigraram para o Amazonas no intuito de se fixarem para sempre.84 Estima-se que existam no Amazonas 5 000 descendentes de imigrantes japoneses.85

Etnias


Grupos étnicos no Amazonas86
 

Etnia
 
 
 
Porcentagem
 
 

Pardos
 
  
 
68,98%
 

Brancos
 
  
 
21,21%
 

Indígenas
 
  
 
4,80%
 

Pretos
 
  
 
4,09%
 

Amarelos
 
  
 
0,91%
 

A população do Amazonas é composta basicamente por pardos, brancos e indígenas. A forte imigração no final do século XIX e início do século XXI trouxe ao estado pessoas de todas as partes do Brasil e do mundo. Dos mais de cinco milhões de imigrantes que desembarcaram no Brasil, alguns milhares se fixaram no estado do Amazonas, destacando-se os portugueses87 e japoneses.88 Os portugueses que chegaram ao estado destinaram-se sobretudo à Manaus, e passaram a dedicar-se ao comércio.87 Por volta de 1929, chegaram os primeiros japoneses, que passaram a viver em municípios como Maués, onde trabalhavam no cultivo do guaraná para uso medicinal, e Parintins.88 Há ainda, uma crescente imigração de haitianos.89 90

O município de São Gabriel da Cachoeira, no extremo noroeste do estado, é o município com maior população indígena no país. Em 2010, o percentual de população indígena do município foi de 76,31%. Além deste, Boa Vista do Ramos registra o maior percentual de população parda no estado e o terceiro do país, com 92,40% autodeclarados pardos no censo de 2010. Manaquiri também destaca-se por ser o quinto município brasileiro com maior população amarela, 6,26% do total de sua população.91

Segundo dados da Síntese de Indicadores Sociais do Censo demográfico de 2010, promovido pelo IBGE, a população do estado dividi-se da seguinte forma, na questão étnica: Pardos (77,2%), brancos (20,9%), pretos (1,7%) e amarelos ou indígenas (0,2%). Nenhum outro estado no Brasil tem maior população indígena do que o Amazonas, divididos em 65 etnias. Além disso, o estado figura com o maior percentual de população parda no Brasil.90 92

Entre os que se autodeclaram pardos, o mais característico é o caboclo. Inicialmente nascido da mestiçagem entre indígenas e europeus, a partir do século XIX, também miscigenou-se com nordestinos. Os imigrantes sulistas, predominantemente brancos, que chegaram ao estado no final do século XX, têm sido também mestiçados com a população cabocla. O Dia do Mestiço (27 de junho) e o Dia do Caboclo (24 de junho) são datas oficiais no estado.93 94 Em 29 de dezembro de 2011, o município amazonense de Autazes estabeleceu o dia 27 de junho como feriado municipal, em reconhecimento à identidade mestiça.95 Em 28 de agosto de 2012, outro município do estado, Careiro da Várzea, também decretou feriado municipal o dia 27 de junho pelo Dia do Mestiço. Os dois municípios são os únicos no Brasil a homologar em forma de feriado a ênfase da população parda.96

São Gabriel da Cachoeira, na microrregião do Rio Negro, é um dos três únicos municípios brasileirosnota 1 a possuir mais de um idioma oficial: Além do português, as línguas tucano, nhengatu e baníua são reconhecidas como idiomas oficiais do município, desde 2002.nota 2

Segurança pública e criminalidade

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Prédio da Polícia Civil do Estado do Amazonas, em Manaus.

Assim como os demais estados do Brasil, o Amazonas possui dois tipos de de corporações policiais que possuem a finalidade de realizar a segurança pública em seu território. São elas: A Polícia Militar do Estado do Amazonas (PMAM), que possui um efetivo de 7.500 militares,97 e a Polícia Civil do Estado do Amazonas, exercendo a função de polícia judiciária e sendo subordinada ao governo do estado.

A Polícia Militar do Estado do Amazonas é uma das mais antigas do Brasil, tendo sido criada em 4 de abril de 1837, primeiramente para combater os revoltosos da Cabanagem, com um efetivo de apenas 1.339 militares.97 Após este feito, a PMAM também envolveu-se nas Guerra do Paraguai e de Canudos, além da Revolução do Acre.97

Conforme dados do "Mapa da Violência 2010", publicado pelo Instituto Sangari e pelo Ministério da Justiça, a taxa de homicídios por 100 mil habitantes do estado do Amazonas é a décima-terceira maior do Brasil. O número de homicídios ocorridos no estado aumentou de 21,3 para 24,8 por 100 mil habitantes no período entre 1998 e 2008. Entre 2008 e 2010, a taxa de homicídios cresceu 5,8 e atingiu 30,6 por 100 mil habitantes.98 A Região Metropolitana de Manaus concentra a maior taxa (43,3), enquanto os municípios do interior do estado apresentam apenas uma taxa de 11,1.99 Em 2010, os cinco municípios que registraram as maiores taxas de homicídio, por 100 mil habitantes, foram: Manaus (46,7) Iranduba (39,2), Uarini (33,6), Tabatinga (32,5) e Presidente Figueiredo, com 29,4. Em contrapartida, os cinco municípios que registraram as menores taxas de homicídio foram: São Paulo de Olivença (3,2), Nova Olinda do Norte (3,3), Santo Antônio do Içá (4,1), Tapauá (5,2) e São Gabriel da Cachoeira, com 5,3. É notável o fato de 12 municípios não haverem registrado taxas de homicídios ou não terem sido divulgadas.99 Em âmbito nacional, o estado está entre os quinze mais violentos. Em âmbito regional, é o quarto mais violento da região Norte, sendo superado pelo Pará (45,9), Amapá (38,7) e Rondônia (34,6).99

Religião

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Descrição: https://bits.wikimedia.org/static-1.22wmf12/skins/common/images/magnify-clip.png

Igreja de Santo Antônio, em Borba.

Tal qual a variedade cultural verificável no Amazonas, são diversas as manifestações religiosas presentes no estado. Embora tenha se desenvolvido sobre uma matriz social eminentemente católica, tanto devido à colonização quanto à imigração - e ainda hoje a maioria dos amazonenses se declara católica - é possível encontrar atualmente no estado dezenas de denominações protestantes diferentes.100

O estado possui os mais diversos credos protestantes ou reformados, como a Igreja Presbiteriana, Igreja Batista, Igreja Luterana, Igreja Adventista, Igreja do Evangelho Quadrangular, Igreja Internacional da Graça de Deus, Igreja Assembleia de Deus, Igreja Universal do Reino de Deus, Igreja Metodista, Igreja Adventista do Sétimo Dia e Igreja Episcopal Anglicana. Além dessas, grande parte declara-se seguidores de outras religiões, tais como os Santos dos Últimos Dias ou mórmons; as Testemunhas de Jeová; os messiânicos; os judeus; os esotéricos; os muçulmanos e os espiritualistas. No estado há um templo mórmon, o Templo de Manaus, sendo o sexto operado no Brasil.101

De acordo com dados do censo de 2010 realizado pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), a população do Amazonas está composta por: católicos (61,2%), protestantes (32,1%) pessoas sem religião (6,2%), espíritas (0,4%) e outras religiões (0,1%).100

Habitação e condições de vida

Descrição: https://upload.wikimedia.org/wikipedia/commons/thumb/e/ee/Casas_flutuante.JPG/220px-Casas_flutuante.JPG

Descrição: https://bits.wikimedia.org/static-1.22wmf12/skins/common/images/magnify-clip.png

Casas flutuantes à beira do rio Amazonas.

Em 2010 foram identificados 902 780 domicílios no estado, dos quais 801 640 deles eram ocupados e 101 140 não eram ocupados.71 Em relação ao tipo de material dos domicílios particulares permanentes, 415 884 domicílios eram feitos de alvenaria com revestimento, 75 426 feitos de alvenaria sem revestimento, 256 467 domicílios feitos de madeira aparelhada, 9 265 domicílios construídos em palha, 2 519 domicílios em taipa revestida e 3 368 domicílios construídos com outro tipo de material. A maior parte dos domicílios possuíam cinco cômodos.75

Em relação ao abastecimento de água canalizada, 637 314 domicílios eram atendidos pelo sistema, um percentual de 83,05%.75 102 Os bens duráveis populares (geladeira, rádio, televisão e máquina de lavar) estavam presentes em 799 314 domicílios. Microcomputadores com acesso à internet existiam em 211 872 destes domicílios e 618 065 possuíam o uso de telefones fixo ou celular.75 Foram identificados 715 623 casas, 53 529 apartamentos, 19 539 casas de condomínio, 7 741 cortiços ou casas de vila e 3 197 ocas ou malocas.75

Política

Descrição: https://upload.wikimedia.org/wikipedia/commons/thumb/3/31/Pal%C3%A1cio_Rio_Negro%2C_Manaus_1.jpg/220px-Pal%C3%A1cio_Rio_Negro%2C_Manaus_1.jpg

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Palácio Rio Negro, em Manaus, antiga sede do governo do estado.

O Amazonas é um estado da federação, sendo governado por três poderes, o executivo, representado pelo governador, o legislativo, representado pela Assembleia Legislativa do Estado do Amazonas, e o judiciário, representado pelo Tribunal de Justiça do Estado do Amazonas e outros tribunais e juízes. Também é permitida a participação popular nas decisões do governo através de referendos e plebiscitos.104

Manaus é o município com o maior número de eleitores, com 1,2 milhão destes. Em seguida aparecem Manacapuru com 62,1 mil eleitores, Parintins (61,1 mil eleitores), Itacoatiara (60,2 mil eleitores) e Coari e Tefé, com 44,8 mil e 35,7 mil eleitores, respectivamente. O município com menor número de eleitores é Japurá, com 3,6 mil.81

Tratando-se sobre partidos políticos, dos 30 partidos políticos brasileiros, 29 deles possuem representação no estado. O Partido Ecológico Nacional (PEN) é o único a não possuir representatividade neste.105 De acordo com o Tribunal Superior Eleitoral (TSE), baseado em dados de dezembro de 2012, o partido político com maior número de filiados no Amazonas é o Partido Comunista do Brasil (PCdoB), com 19 153 membros, seguido do Partido dos Trabalhadores (PT), com 16 163 membros e do Partido do Movimento Democrático Brasileiro (PMDB), com 12 508 filiados. Completando a lista dos cinco maiores partidos políticos no estado, por número de membros, estão o Partido Trabalhista Brasileiro (PTB), com 11 521 membros; e o Democratas (DEM), com 11 211 membros. Ainda de acordo com o Tribunal Superior Eleitoral, o Partido Socialista dos Trabalhadores Unificado (PSTU) é o partido político com menor representatividade na unidade federativa, com 116 membros.105

Símbolos estaduais

Os símbolos do estado do Amazonas são: a bandeira, o brasão e o hino.106

Bandeira

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Bandeira do Amazonas.

A bandeira do Estado do Amazonas remonta ao século XIX, especificamente à década de 1890. Em 1897, esta representou o Batalhão Militar do Amazonas na Guerra de Canudos e tornou-se seu símbolo oficial.106 Naquele ano, o Batalhão Militar Amazonense integrou-se oficialmente às forças dos demais estados naquela luta. A bandeira apresenta as cores azul, branca e vermelha, associadas à época de preparação da bandeira, para que fosse levada aos campos de combate em Canudos; e possui um retângulo azul no lado esquerdo, onde são aplicadas 25 estrelas em prata, simbolizando o número de municípios que existiam no estado em 4 de agosto de 1897.106 O retângulo ao lado esquerdo também indica o momento histórico do embarque das tropas para Canudos, tendo sido depois lançado no artigo 7.º, inciso VI da lei. Há uma estrela de primeira grandeza situada ao centro do retângulo, simbolizando Manaus, a capital.106

Borba, Silves, Barcelos, Maués, Tefé, Parintins, Codajás, Itacoatiara, Coari, Manicoré, Barreirinha, São Paulo de Olivença, Urucará, Humaitá, Fonte Boa, Lábrea, São Gabriel da Cachoeira, Canutama, Manacapuru, Urucurituba, Carauari e São Felipe do Juruá (atual Eirunepé) são os municípios representados na bandeira.106 À época de sua criação, apenas estes municípios eram existentes no estado, e mesmo com a emancipação dos demais não foram sendo acrescentadas estrelas à bandeira. Além destes, há uma estrela representando a localidade de Moura (atualmente um distrito de Barcelos) que perdeu o status de município no século seguinte.106 107 A capital de Roraima, Boa Vista, também é representada na bandeira amazonense, tendo em vista que o município ainda era parte do Amazonas no século XIX. A bandeira do estado consolidou-se pela Lei n.º 1.513, de 14 de janeiro de 1982, tendo sido regulamentada pelo Decreto n.º 6.189, de 10 de março de 1982.106

Brasão e hino

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O brasão do estado.

Por ato do Governo Provisório da República, foi constituído o Brasão do Amazonas, sendo restabelecido com as formas originais tempos depois. O brasão é uma indicação à confluência dos rios Negro e Solimões. O campo azul representa o céu brasileiro; a estrela no canto esquerdo é uma indicadora da paz e progresso; o campo verde representa as florestas do estado; e as duas setas e duas penas entrelaçadas e cruzadas são uma referência à civilização moderna. O sol e a águia amazonense, visto no alto, simbolizam a grandeza e força. Do lado direito, pode-se ver os emblemas da indústria; e do lado esquerdo, os emblemas do comércio e agricultura, como parte da economia do estado. As datas de 22 de junho de 1832 e 21 de novembro de 1889 fazem lembrar a independência do Amazonas pelas armas e a adesão do estado à República do Brasil, ambas ocorridas no século XIX. A junção dos rios Negro e Solimões, mostrada no brasão, é um símbolo da lealdade do Amazonas à República.106

O brasão de armas do Estado do Amazonas foi instituído em 21 de novmebro de 1897, pelo Decreto nº 204, sendo firmado pelo governador do Estado, José Cardoso Ramalho Júnior, e regulamentado em 16 de setembro de 1987, pelo Decreto nº 10.534.106

Instituído pela Lei nº 1.404 de 1 de setembro de 1980, após a existência informal de vários outros, o Hino do Amazonas resultou de um concurso público.106 A autoria do hino é de Cláudio Santoro, sendo que a letra do mesmo é do poeta Jorge Tufic Alaúzo.106

Letra

Amazonas, de bravos que doam

sem orgulho nem falsa nobreza

aos que sonham, teu canto de lenda

aos que lutam, mais vida e riqueza! >>>

Estribilho do Hino do Estado do Amazonas.108

Subdivisões

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Mapa do Amazonas com Mesorregiões oficiais.

 

Mesorregião constitui-se numa subdivisão dos estados brasileiros, congregada por diversos municípios de uma área geográfica com similaridades econômicas e sociais. Essa subdivisão foi criada pelo IBGE e é utilizada para fins estatísticos, não constituindo, portanto, uma entidade política ou administrativa. Oficialmente, as quatro mesorregiões do estado são: Centro Amazonense, Sul, Sudoeste e Norte Amazonense.109

Já uma microrregião é, de acordo com a Constituição brasileira de 1988, um agrupamento de municípios limítrofes, com a finalidade é integrar a organização, o planejamento e a execução de funções públicas de interesse comum, definidas por lei complementar estadual. O Amazonas é dividido oficialmente em treze microrregiões: Alto Solimões, Boca do Acre, Coari, Itacoatiara, Japurá, Juruá, Madeira, Manaus, Parintins, Purus, Rio Negro, Rio Preto da Eva e Tefé.110

É formado pela união de sessenta e dois municípios, desde a última alteração feita em 1988, criando o município de Alvarães.111 O Governo do Amazonas divide o estado em seis regiões: Região Metropolitana de Manaus, Baixo Amazonas, Alto Solimões, Alto Rio Negro, Calha do Juruá e Purus.110

Economia

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Porto no município de Manaus.

O Produto Interno Bruto (PIB) do Amazonas é o 14º maior do país, destacando-se na área industrial. De acordo com dados do IBGE, relativos a 2010, o PIB amazonense era de 59.779.000 bilhões, enquanto o PIB per capita era de 17.173 reais.112 Apesar de possuir um PIB tido como alto, para a região, há no estado uma grandíssima concentração de riqueza, com a Região metropolitana de Manaus concentrando 81,6% do total da economia estadual.113 A economia baseia-se principalmente na indústria e no extrativismo, sendo que a área de eletroeletrônicos, petróleo e gás natural e automobilístico têm maior destaque. Pará e Amazonas respondem, juntos, por aproximadamente 70 % da economia nortista. Em termos de infraestrutura para investimentos em novos empreendimentos, o estado alcançou o segundo melhor desempenho do país nos últimos anos, sendo superado atrás apenas do Distrito Federal,114 e sendo um dos que mais crescem economicamente.115 Todavia, o estado perdeu para o Paraná a liderança da alta industrial brasileira em janeiro de 2013, quando registrou crescimento de 1,9% no avanço da produção, estando abaixo da média nacional.116

Ao lado do Pará, é o estado que mais influencia na economia da região Norte brasileira.112 Todavia, alcançou em 2009 seu pior desempenho econômico, sendo influenciado pelo baixo desempenho da indústria de transformação, registrando -0,3% de crescimento anual, o mesmo patamar da média brasileira à época.117 Apenas o Pará registrou índice pior em âmbito regional (-3,2%), enquanto os outros estados da região, tais como Rondônia, Roraima e Acre, registraram crescimento econômico acima da média nacional no referido momento.118 Em 2010, a economia do Amazonas passou a representar 1,8% da economia brasileira, um aumento de 0,1 pontos percentuais comparado à 2009.112

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Extração de látex no município de Eirunepé.

Dados do Censo brasileiro de 2010 indicaram a existência de 1 466 464 pessoas economicamente ativas no estado, sendo que destas, 1 323 402 exerciam alguma ocupação no período em que ocorreu o censo e 143 058 encontravam-se desocupadas. Em contrapartida, 1 261 576 pessoas declararam não serem economicamente ativas.75 Entre os habitantes que declararam serem economicamente ativos, o maior número está na faixa etária dos 25 a 29 anos, onde 226 703 habitantes são ativos na economia, em um total de 323 533 que vivem no estado. O menor número registrado foi na faixa etária entre 50 a 54 anos, onde 87 960 habitantes dos 125 349 que vivem no estado são ativos na economia. É notável ainda, o número de crianças e adolescentes que exercem alguma atividade profissional e movimentam a economia: 43 233 em um total de 400 422 habitantes entre 10 e 14 anos. O número de habitantes com mais de 70 anos que declarou estar em idade ativa na economia também é notório: 16 338 em um total de 88 949 habitantes nesta faixa etária que vivem no estado.75

Aproximadamente 774 357 habitantes exerciam a função de empregados no setor público ou privado, revelado pelo censo de 2010. Destes, 419 804 empregados exerciam atividades profissionais com carteira de trabalho assinada e 259 972 profissionais não possuíam carteira de trabalho assinada.75 374 116 habitantes eram autônomos e 94 582 habitantes eram funcionários públicos estatutários ou militares. Destacam-se também, o número de pessoas que trabalhavam na produção para o próprio consumo, cerca de 128 130 pessoas e 33 141 que declararam não receber remuneração por suas atividades profissionais.75 Na questão salarial, 444 398 pessoas declararam receber até um salário mínimo, 360 494 pessoas declararam receber entre 1 e 2 salários mínimos, 86 546 pessoas declararam receber entre 3 a 5 salários mínimos e 7 928 declararam receber mais de 20 salários mínimos.75

É no estado que se registra a menor porcentagem de trabalhadores que exercem seu trabalho fora de seu município de origem. Apenas 1,4% dos habitantes trabalhadores do Amazonas exercem sua atividade profissional em outro município que não seja o seu domiciliar.119 O nível de ocupação de pessoas empregadas com mais de 10 anos no estado, foi registrado em 48,5 estando abaixo da média nacional, de 53,3.74

Setor primário

De todos, o setor primário é o menos relevante para a economia estadual. Representava em 2008, apenas 3,6 % da economia deste.102 Segundo o IBGE, o estado possuía em 2011 um rebanho bovino de 1 439 597 cabeças, além de 13 685 equinos, 81 851 bubalinos, 671 asininos, 947 muares, 94 435 suínos, 21 488 caprinos, 69 131 ovinos, 18 389 codornas, 1 300 coelhos e 4 076 184 aves. Entre as aves, 2 801 449 eram galinhas e 1 274 735 galos, frangos e pintinhos.120 No mesmo ano, o estado produziu 52 033 mil litros de leite de vacas. Foram produzidos 72 088 dúzias de ovos de galinha e 48 394 quilos de mel-de-abelha.120 O estado detinha 3% da produção de leite de vacas e 7% do valor da produção do mesmo, entre os estados da Região Norte do Brasil. Além deste, a produção de ovos de galinha no estado representava 57% da produção entre os estados da Região Norte, e 53% do valor da produção entre os mesmos estados. Sobre o mel de abelha, a produção do estado representava 5% entre os estados de sua região e 11% no valor da produção. É notável também que o estado produziu 354 mil dúzias de ovos de codorna em 2011, representando 29% da produção da Região Norte e o valor da produção de ovos de codorna ficou em 26%.120

Na lavoura temporária são produzidos abacaxi, arroz, batata-doce, cana-de-açúcar, feijão, fumo, juta, malva, mandioca, melancia, milho, soja, tomate e trigo. Os maiores valores de produção na lavoura temporária foram de mandioca (519.911 mil reais), abacaxi (87.291 mil reais) e malva (16.495 mil reais).121 Já na lavoura permanente produzem-se abacate, banana, borracha natural (látex), cacau, café, coco, dendê, goiaba, guaraná, laranja, limão, mamão, manga, maracujá, palmito, pimenta-do-reino, tangerina e urucum. Os maiores valores de produção na lavoura permanente foram de banana (80.899 mil reais), laranja (64.729 mil reais) e mamão (30.191 mil reais).122

A agropecuária registrou, em 2008, um aumento de 23,7% na composição do PIB do estado, o terceiro maior desempenho entre os estados do país naquele ano.123

Em relação à indústria madeireira, produzem-se carvão vegetal, lenha e madeira em tora.124 Na silvicultura, o estado produz produtos alimentícios como o açaí, castanha-do-pará (também chamada castanha-do-brasil ou castanha-da-amazônia) e umbu, além de látex coagulado e produtos oleaginosos. Há também produção de fibras, como o buriti e piaçava. O estado caracteriza-se com a segunda maior produção de açaí, sendo superado apenas pelo Pará.124


Evolução do PIB e do PIB per capita
 

Ano
 
PIB
(em reais)
 
PIB per capita
(em reais)
 

2002
 
21.791.162
 
7.253
 

2003
 
24.977.170
 
8.100
 

2004
 
30.313.735
 
9.658
 

2005
 
33.359.086
 
10.320
 

2006
 
39.766.086
 
11.829
 

2007
 
42.023.218
 
13.043
 

2008
 
45.882.627
 
14.040
 

2009
 
49.614.810
 
14.620
 

2010
 
59.779.000
 
17.173
 

Setor secundário

É o setor que apresenta maior importância no papel econômico do estado, respondendo por 69,9 % das riquezas produzidas, de acordo com dados de 2004.102 A capital, Manaus, novamente se destaca, primeiramente por sediar a maior parte das indústrias e fábricas da unidade federativa, em razão da mesma sediar o Polo Industrial de Manaus - o segundo maior centro de indústria do Brasil, atrás apenas do ABC paulista125 - e em segundo pela grandíssima concentração de riquezas provenientes do setor nos municípios da Região metropolitana de Manaus e seus arredores, sendo que outros municípios, de certa forma os mais distantes da capital, têm uma participação quase nula do setor secundário na composição de suas economias municipais. Municípios com notáveis indústrias no estado, excluindo-se Manaus, são Itacoatiara, Coari, Manacapuru e Tabatinga, onde originam-se unidades madeireiras. O órgão responsável pelas indústrias amazonenses ou sediadas no estado é a Federação das Indústrias do Estado do Amazonas (FIEAM).102

O setor secundário cresceu gradativamente no Amazonas. A participação relativa do setor industrial no PIB do estado, que era de 14,7 % em 1970, passou para 19,00% em 1975 e 37,2% em 1980, o que fez com que a variação percentual do crescimento real do produto industrial regional tenha alcançado 826,28 % na década de 1970. Em sua história recente, o Amazonas possui participação majoritária no produto industrial da Região Norte, detendo 48 % entre os sete estados regionais.126

A Zona Franca de Manaus (ZFM), também conhecida como Polo Industrial de Manaus, é o principal centro industrial da Região Norte brasileira e o segundo do Brasil. Foi implantado pelo regime militar brasileiro com o objetivo de viabilizar uma base econômica na Amazônia Ocidental, promovendo melhor integração produtiva e social dessa região ao país e garantindo a soberania nacional sobre suas fronteiras127 128 É considerado um dos mais movimentados da América Latina129 e tem como abrangência os estados da Amazônia Ocidental (Acre, Amazonas, Rondônia e Roraima) além de dois municípios do estado do Amapá (Macapá e Santana).130 O modelo econômico arrecadou em 2011 um valor de R$ 34.200.000 bilhões e suas indústrias são voltadas, em geral, para a produção de produtos eletroeletrônicos, madeireiro e pólo de duas rodas.125

Setor terciário

O setor terciário, de prestação de serviços, é o segundo em importância econômica no Amazonas. Representava aproximadamente 26,5% da composição do PIB estadual em 2004, um dos mais baixos registros entre os estados brasileiros, devido principalmente ao Polo Industrial de Manaus e ao alto grau de representação do setor secundário.102 A unidade federativa abrigava em 2009, cerca de 4 530 unidades empresariais, de acordo com a Pesquisa Anual de Serviços (PAS) promovida pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE)131 Destas empresas, apenas 241 eram oriundas da própria localidade.132

Infraestrutura

Saúde


 

Mortalidade infantil (2006)
 
24,2 por mil nascimentos133
 

Médicos
 
8,4 por 10 mil hab. (2005)133
 

Leitos hospitalares
 
656,1 por mil hab. (2005).133
 

 


 

Descrição: https://upload.wikimedia.org/wikipedia/commons/thumb/9/95/Unidade_de_Sa%C3%BAde_Careiro_da_V%C3%A1rzea.JPG/200px-Unidade_de_Sa%C3%BAde_Careiro_da_V%C3%A1rzea.JPG

Descrição: https://bits.wikimedia.org/static-1.22wmf12/skins/common/images/magnify-clip.png

Unidade Básica de Saúde (UBS) em comunidade ribeirinha, no município de Careiro da Várzea.

Conforme dados de 2009, existiam, no estado, 1 010 estabelecimentos hospitalares, com 5 310 leitos.134 Destes estabelecimentos hospitalares, 786 eram públicos, sendo 609 de caráter municipais, 117 de caráter estadual e 60 de caráter federal.134 224 estabelecimentos eram privados, sendo 216 com fins lucrativos e 8 sem fins lucrativos. 148 unidades de saúde eram especializadas, com internação total, e 848 unidades eram providas de atendimento ambulatorial.134 Ainda em 2009, 83,05% da população amazonense tinha acesso à rede de água, enquanto 58% tinha acesso à rede de esgoto sanitário.135 No mesmo ano, verificou-se que o estado tinha um total de 656,1 leitos hospitalares por habitante e, em 2005, registrou-se 8,4 médicos para cada grupo de 10 mil habitantes.135

Uma pesquisa promovida pelo IBGE em 2008 revelou que 81,6 da população do estado avalia sua saúde como boa ou muito boa; 58,9% da população realiza consulta médica periodicamente; 37,4% dos habitantes consultam o dentista regularmente e 6,0% da população esteve internado em leito hospitalar nos últimos doze meses.136 Ainda conforme dados da pesquisa, 24,6% dos habitantes declararam ter alguma doença crônica e apenas 12,9% possuíam plano de saúde. Mais da metade dos domicílios particulares no estado são cadastrados no programa Unidade de Saúde da Família: 52%.136

Na questão da saúde feminina, 28,5% das mulheres com mais de 40 anos fizeram exame clínico das mamas nos últimos doze meses; 45,9% das mulheres entre 50 e 69 anos fizeram exame de mamografia nos últimos dois anos; e 73,3% das mulheres entre 25 e 59 anos fizeram exame preventivo para câncer do colo do útero nos últimos três anos.136

Educação

Descrição: https://upload.wikimedia.org/wikipedia/commons/thumb/3/3a/Magnifying_glass_01.svg/17px-Magnifying_glass_01.svg.pngVer artigos principais: Educação no Amazonas e Anexo:Lista de municípios do Amazonas por IDEB


Resultados no Índice de Desenvolvimento da Educação Básica (IDEB)137
 

Ano
 
IDEB
 


2011
 
4,3
 

2009
 
3,9
 

2007
 
3,6
 

2005
 
3,1
 

O Amazonas possui várias instituições educacionais, sendo as mais renomadas delas localizadas principalmente na Região Metropolitana de Manaus e em outras cidades de médio porte. A educação do Amazonas é considerada a quarta melhor do país, comparado à dos demais estados brasileiros, cujo índice, de acordo com dados de 2010, era de 0,561, ficando na vigésima colocação no país e na quinta na Região Norte, ficando atrás do Amapá (0,629), de Roraima (0,628), do Tocantins (0,624) e de Rondônia (0,577), e à frente do Acre (0,559) e do Pará (0,528).5

Tratando sobre o analfabetismo, a lista de estados brasileiros por taxa de analfabetismo, mostra o Amazonas com a décima quarta menor taxa, com 9,6% de sua população considerada analfabeta.138 O estado superou-se significativamente nesse ranking na última década. Em 2001, aparecia em décimo quinto lugar, com 15,5% de sua população tida como analfabeta.139 140

O estado possui a maior porcentagem, entre os estados brasileiros, de pessoas entre 7 e 14 anos de idade que não frequentam unidades escolares. De acordo com dados do censo de 2010, 8,2% dos habitantes do Amazonas nesta faixa etária encontram-se nesta situação.141 Entre a população na faixa etária de 15 a 17 anos de idade, 19,6% destes não frequentam unidades de ensino, de acordo com o censo de 2010, colocando o estado na 23ª posição nacional, no ranking que abrangeu todas as 27 divisões administrativas do Brasil. Apenas os estados de Rondônia, Santa Catarina, Mato Grosso do Sul e Acre estão em situação semelhante ou pior.141 A população do Amazonas em idade escolar alcançava 1 088 463 habitantes em 2010, um total de 31,2%.142

No Índice de Desenvolvimento da Educação Básica (IDEB), em 2011, o Amazonas obteve nota 4,3 nos anos íniciais do ensino fundamental, 3,8 nos anos finais do ensino fundamental, e 3,5 no 3º ano do ensino médio.143 Os municípios do estado que atingiram as melhores colocações na rede pública de ensino, nos anos iniciais do ensino fundamental foram: Nhamundá (5,4); Novo Airão (5,3); Itamarati (5,1); Carauari (5,0) e Parintins (5,0). Nos anos finais do ensino fundamental, na rede pública de ensino, os municípios que alcançaram as melhores posições foram: Beruri (4,9); Itamarati (4,9); Envira (4,8); Novo Airão (4,5) e Ipixuna, Parintins e Tapauá (4,4).143 Nos anos iniciais do ensino fundamental, Atalaia do Norte foi o município com a pior avaliação educacional, segundo o IDEB, atingindo 2,6 pontos. Nos anos finais do ensino médio, o município que alcançou o pior desempenho foi Uarini, também com 2,6 pontos.143

A nota média do Amazonas no Exame Nacional do Ensino Médio (ENEM) é de 35,55 na prova objetiva e 57,77 na prova de redação, sendo a maior nota entre os estados das regiões Norte e Nordeste. Em relação ao número de estudantes, 7 463 participaram do ENEM em 2010, sendo que destes, 2 404 eram concluintes do ensino médio e 4 493 egressos. 85,52% do total de estudantes eram oriundos de escola pública. Do total de estudantes do ensino médio em 2010, 44,4% estudavam em período noturno.142

O Enem de 2008 identificou que o estado possuía o pior ensino médio público do país, com uma pontuação de apenas 33,48 pontos.144 A Escola Estadual Indígena Cacique Manuel Florentino Mecuracu, no município de Benjamim Constant, foi identificada pelo Ministério da Educação como a terceira pior escola pública do país. No ano seguinte, 2009, a educação do estado foi identificada novamente como uma das piores no Brasil. A Escola Estadual Indígena Dom Pedro I, em Santo Antônio do Içá, foi identificada como a pior escola pública no país, com 249,25 pontos no Enem, muito abaixo da média nacional de 500 pontos definida pelo Inep. Neste mesmo ano, das 20 melhores escolas do estado, 16 eram particulares e 4 federais, com destaque para o Centro Educacional Lato Sensu e Fundação Nokia, em Manaus, e o Colégio Nossa Senhora do Rosário e Instituto Adventista Agro Industrial, em Itacoatiara e Rio Preto da Eva, respectivamente.145

Em números absolutos, o estado possuía 145 181 pessoas com nível superior completo em 2010, um percentual de 5,32%. Há demasiadas instituições de ensino superior no estado. Três delas são de caráter público: Universidade Federal do Amazonas (UFAM), Universidade do Estado do Amazonas (UEA) e Instituto Federal do Amazonas.146

Entre as principais instituições de ensino superior de caráter privado, no Amazonas, destacam-se o Centro Universitário do Norte (Uninorte), Universidade Nilton Lins, Universidade Paulista (UNIP), Faculdade Metropolitana de Manaus (FAMETRO), Centro Integrado de Ensino Superior do Amazonas (CIESA), Universidade Luterana do Brasil (ULBRA), Fundação Getúlio Vargas, Faculdades Martha Falcão e Faculdade Batista Ida Nelson.147

Transportes

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Embarcação no rio Amazonas. O transporte hidroviário é o de maior predominância.148

O transporte hidroviário é o mais comum, sendo também o de maior relevância.148 O estado possui cinco terminais hidroviários: Terminal de Boca do Acre, Terminal de Itacoatiara, Porto de Manaus, Porto de Parintins e Terminal de Humaitá. Todos são administrados pelo Ministério dos Transportes, com exceção do Porto de Manaus.149

Todos os municípios possuem pistas para operações de aeronaves, sendo que a maioria é servida por aeroportos, havendo em Manaus e Tabatinga os únicos aeroportos internacionais no Amazonas. Existem também aeroportos regionais, porém em poucos municípios, sendo o Aeroporto Regional de Parintins e o Aeroporto Regional de Coari os mais importantes, além dos aeroportos de Eirunepé, Lábrea e Tefé. Manaus conta com o Aeroporto Internacional Eduardo Gomes, nos moldes dos construídos na década de 1980. É o maior aeroporto da região Norte e o terceiro em movimentação de cargas do Brasil (atrás apenas de Guarulhos e Viracopos).150

Poucas rodovias são encontradas no estado, e em sua maioria estão situadas nos arredores da capital. A principal destas é a BR-174, principal acesso de Manaus à Boa Vista, capital de Roraima, e também principal via de ligação do Brasil à Venezuela e aos países do Caribe. Outras rodovias de destaque são a BR-319, que se inicia em Manaus e destina-se à Porto Velho, encontrando-se quase que intransitável em muitos de seus trechos devido a impasses e riscos ambientais; BR-230 (Rodovia Transamazônica), iniciando em Cabedelo, no estado da Paraíba, e finalizando em Lábrea; AM-010, de Manaus à Rio Preto da Eva e Itacoatiara; e AM-258, de Manaus à Novo Airão. Há ainda a BR-317, no sul do estado, principal acesso ao Acre e ao Oceano Pacífico,151 AM-070, AM-174 e AM-254. Grande parte das rodovias situadas no território estadual estão em condições inadequadas de uso.

Serviços e comunicações

O Amazonas conta com outros serviços básicos. Na capital do estado, Manaus, a empresa responsável pelo abastecimento de água é a Manaus Ambiental, que atua na cidade desde 17 de maio de 2012 e faz parte do Grupo Saneamento Ambiental Águas do Brasil (SAAB).152 Os demais municípios da Grande Manaus e interior do estado são atendidos pela Companhia de Saneamento do Amazonas (COSAMA) que, por sua vez, faz parte da administração direta do Governo estadual.153 Conforme dados de 2009, 83,05% da população estadual tinha acesso à água potável, no referido ano, e 58% tinha acesso à rede de esgoto sanitário.154

A primeira publicação jornalística no estado do Amazonas surgiu em 1850, ano de sua emancipação política, e chamava-se A Província do Amazonas.155 O jornal teve pouco tempo de duração, encerrando suas atividades em 1852.156 Apesar deste ter sido o primeiro periódico a circular na então província, a primeira publicação a ser impressa no estado foi o jornal Cinco de Setembro, que iniciou suas atividades em maio de 1851 e dedicava-se a publicar atos governamentais, tais como anúncios sobre escravos fugitivos e as realizações do Império brasileiro.155 Em 1854, o jornal renomeou-se para Estrella do Amazonas.155

Grande parte dos periódicos que surgiram no Amazonas, no século XIX, exibiam suas publicações em português, por isso viam suas atividades serem ameaçadas, pelo fato de a maioria da população do Amazonas falar o nhengatu naquela época.155 Além destes dois, destacaram-se ainda os jornais O Argos, publicação lançada em 1870 e defensora dos interesses republicanos, O Abolicionista do Amazonas, cujo surgimento deu-se em 1884 através de um grupo de mulheres que defendia o fim da escravidão na província amazonense, e O Humaythaense, o primeiro jornal registrado no interior do estado, lançado em 1891 em Humaitá, dedicado principalmente à economia da borracha. Também em Humaitá foi notável o jornal O Madeirense.155

O jornal mais antigo em circulação no Amazonas é o Jornal do Commercio, fundado em 2 de janeiro de 1904, por J. Rocha dos Santos. É ainda, o jornal mais antigo em atividade na Amazônia e um dos mais antigos do Brasil.155 A exemplo do Jornal do Commercio, outros jornais impressos de destaque, no estado, são: A Crítica, lançado em 1949 por Umberto Calderaro Filho; Diário do Amazonas, surgido em 1986; Amazonas Em Tempo, fundado em 1988; O Estado do Amazonas, lançado em 2002; e Amazônia Oportunidades & Negócios, também lançada em 2002.155

Cultura

A cultura amazonense tem seu referencial em três raízes étnicas bem distintas entre si, sendo essencialmente de base ameríndia e européia.157 A Secretaria de Estado da Cultura é o órgão vinculado ao Governo do Estado do Amazonas responsável por atuar no setor de cultura do estado. Tem como secretário Robério Braga.158 O estado é sede de importantes monumentos e entidades culturais, como a Academia Amazonense de Letras, fundada em 1918,159 e a Academia de Ciências e Artes do Amazonas.160

Manaus e Parintins possuem traços da imigração japonesa em sua cultura. O Festival Folclórico de Parintins também é um destaque na cultura amazonense, sendo uma grandiosa referência nacional.

Espaços teatrais

O estado conta com vários teatros. Na capital, destacam-se vários teatros, como o Teatro Amazonas, principal espaço de teatro e patrimônio cultural arquitetônico da região.161 Sua construção deu-se em 1882, sendo mandado construir pelo governador Eduardo Ribeiro, e foi inaugurado em 1896.162 É um exemplo da opulência existente no apogeu do ciclo da borracha. O Teatro Amazonas foi tombado como Patrimônio histórico em 28 de novembro de 1966,162 e sedia eventos artísticos como o Festival Breves Cenas de Teatro, Festival Amazonas de Ópera,162 Festival Amazonas de Jazz, Festival de Teatro da Amazônia e Amazonas Film Festival.162

Há também, outros espaços de teatro na capital, Manaus, como o Teatro da Instalação, um edifício oriundo da Belle-Époque e que chegou a sediar a Ópera dos Três Vinténs.163 Outros espaços teatrais são o Teatro Américo Alvarez, Teatro Gerbes Medeiros, Teatro Jorge Bonates e Teatro Luiz Cabral.164

Festivais

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O Festival Folclórico de Parintins é um exemplo de turismo cultural. É um dos principais atrativos turísticos da região norte brasileira.165

Há registros de diversos festivais nos municípios do estado. Muitos dos festivais mostram a influência do folclore da região. O de maior destaque é o Festival Folclórico de Parintins, que se realiza no município de mesmo nome no fim do mês de junho e tem como atração principal a modalidade competitiva entre o Boi Caprichoso, boi preto com a estrela azul na testa, cujas cores são o preto e o azul, e o Boi Garantido, boi branco com o coração vermelho na testa, cujas cores emblemáticas são o vermelho e o branco.166 167 O Festival Folclórico de Parintins é tido como o segundo maior evento folclórico e popular do Brasil, perdendo somente para o Carnaval.166

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Boi Caprichoso.

O festival organizado realiza-se desde a década de 1960, embora a criação dos bois é oriunda do início do século XX. Caracteriza-se pela exposição dos ritos, costumes e histórias dos nativos, apresentados pelas duas agremiações folclóricas.166 Diversos personagens podem ser vistos no festival, entre estes um apresentador oficial, chamado de levantador de toadas; o amo do Boi; a sinhazinha da fazenda; os elementos típicos da região e as lendas da Amazônia; a porta estandarte, a rainha da festa e a Cunhãporanga, um mito feminino folclórico.166 O Boi Garantido foi criado por Lindolfo Monteverde, descendente de açorianos, em 1913, e o Boi Caprichoso provavelmente foi criado no mesmo ano, por Roque e Antônio Cid, migrantes do Ceará, e Furtado Belém.167 nota 3 As duas figuras folclóricas, ao tempo de suas fundações, costumavam brincar em terreiros e saíam nas ruas onde confrontavam-se com desafios e inevitáveis brigas, dando origem à rivalidade existente até os dias atuais.167 Há registros de outras agremiações folclóricas em Parintins também chamadas de bois, como o Boi Bumbá Campineiro, entretanto, apenas os bois Garantido e Caprichoso permaneceram.167 A data de realização do evento popular, historicamente realizado nos dias 28, 29 e 30 de junho, foi modificada em 2005 por uma lei municipal, transferindo-o para o último fim de semana do mês.166

Além de Parintins, há outros festivais nas cidades do estado: O Festival de Ciranda de Manacapuru, uma manifestação folclórica surgida em 1985, que consiste na disputa de cirandas, representadas pelas agremiações Flor Matizada, Tradicional e Guerreiros Mura;168 O Festival da Canção de Itacoatiara, um festival de música realizado desde 1985 em Itacoatiara;169 Festa do Guaraná, uma manifestação folclórica que apresenta lendas e mitos indígenas do Amazonas, em Maués;170 o Festival do Mestiço, realizado nas cidades de Autazes, Careiro da Várzea e Manaus171 e a Festa da Melancia, realizada em Manicoré.172

Turismo e artesanato

O Amazonas recebeu o prêmio de melhor destino verde da América Latina, prêmio este concedido em votação feita pelo mercado mundial de turismo, durante a World Travel Market, ocorrido em Londres em 2009.173 Em 2010, em uma pesquisa feita entre os turistas, o turismo foi avaliado como satisfatório, com 92,4% entre os turistas nacionais e 94% entre os turistas estrangeiros.174 Manaus, capital estadual, é tida como o 7º melhor destino turístico no Brasil, conforme pesquisa do TripAdvisor, anunciada durante a 5ª edição do Travelers Choice Destinations em 21 de maio de 2013.175 176 De acordo com a pesquisa, os maiores atrativos são os hotéis de selva, museus e atrativos naturais, como reservas florestais.175

O artesanato do estado é originalmente de cultura indígena e possui traços da biodiversidade da Amazônia. Usa-se objetos e utensílios pessoais e domésticos, oriundos da floresta, como sementes de frutos, folhas, penas de aves, raízes, fibras vegetais, palhas e outros elementos da natureza. A produção do artesanato dar-se-á em aldeias indígenas das tribos Tukano, Dessana e Baniwa, no Alto Rio Negro, e da tribo Tikuna e Kokama, no Alto Solimões. Também há incentivo ao artesanato produzido por famílias ribeirinhas e caboclas, que geralmente vivem afastadas dos centros urbanos do estado. Além do artesanato feito com utensílios modelados da floresta, também é possível encontrar produtos e cosméticos naturais produzidos a partir destas ferramentas, em formato artesanal.177 178

Há espaços dedicados à comercialização do artesanato, assim como a divulgação deste como parte de cultura. Um destes espaços permanentes são a Central de Artesanato Branco e Silva, o Mercado Municipal Adolpho Lisboa, o Centro Cultural Povos da Amazônia, a Praça Tenreiro Aranha e a Praia da Ponta Negra. Também realiza-se no Amazonas, anualmente, a Feira de Artesanato de Parintins e a Feira de Artesanato Mundial.179 180

Culinária e frutos

Considerada a mais exótica do país,181 a culinária amazonense é a que mais preservou as origens ameríndias, tendo sofrido pouca influência européia e africana.181 Os principais ingredientes usados na composição dos pratos típicos do Amazonas são os peixes de água doce, a farinha de mandioca (também chamada de farinha do Uarini), jambu, chicória e frutas regionais.181

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Vatapá.

Por estar situado na maior bácia hidrográfica do planeta, o Amazonas possui mais de duas mil espécies de peixes. O pescado é usado na maior parte da culinária típica da região, hábito este influenciado pelos costumes ameríndios e europeus.182 Além do pescado, a mandioca também é muito usada nos pratos típicos amazonenses, sendo uma influência indígena com técnicas de plantio e cultivo.182 Entre os pratos tradicionais do estado, estão o Pato no tucupi, Pirão, Tacacá, Caldeirada, Tucupi, X caboquinho, Chibé, Pirarucu à casaca, Vatapá, Leite de castanha, Paxicá e Tucunaré de Forno.181

O Amazonas, assim como a Amazônia, apresenta mais de uma centena de espécies comestíveis, as denominadas frutas regionais, e em muitas vezes apresentando um exótico sabor para as suas sobremesas. Concentra a maior diversidade de frutas do mundo.183 O açaí, fruto oriundo de uma palmeira amazônica, é o mais conhecido no mundo, em grande parte devido ao suco feito com a polpa do fruto, conhecido como "vinho de açaí" e comercializado em lojas no Brasil e exterior.184 O Araçá-boi é outro fruto nativo do Amazonas e da Amazônia Legal que tornou-se bastante apreciado pelo mercado internacional.185 O cupuaçu, fruto amazônico também muito conhecido, pertence à família das esterculiáceas e acredita-se ser parente do cacau. O fruto é comumente usado para a fabricação de balas, bolos e tortas, além de refrescos, sorvetes e cremes.186

Outros frutos de origem amazônica são o guaraná, o bacuri e o buriti.187 188 O guaraná é um arbusto cultivado principalmente em Maués, pertencente à família Sapindaceae. O fruto possui grande quantidade de cafeína e estimulantes, sendo usado na fabricação de xaropes, pós e refrigerantes.187 O bacuri é um fruto com polpa agridoce e ainda em ascensão.188 O buriti, além de cosmetível, é usado principalmente na fabricação de cosméticos e remédios.189 Há outros frutos, tais como o tucumã, pupunha, graviola,190 Bacaba,191 patauá,192 marimari193 e Camu-camu.190

Esportes

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Vista da Arena Amazônia, durante sua construção, em 2013.

Na área esportiva, a Secretaria de Estado da Juventude, Desporto e Lazer (SEJEL-AM), é o órgão do governo estadual com a missão principal de estabelecer diretrizes, desenvolver e executar ações relativas à prática de esporte no estado.194 Desde 1914, o estado realiza o Campeonato Amazonense de Futebol, sob responsabilidade da Federação Amazonense de Futebol, existente desde 26 de setembro de 1962.195 O evento teve caráter amador até 1963, e passou a ter caráter profissional a partir de 1964. Antes da criação da Federação Amazonense de Futebol, os campeonatos e demais eventos esportivos no estado eram administrados por ligas. A primeira delas, Liga amazonense de Foot-ball, foi fundada em 15 de janeiro de 1914 e em 1916 passou a chamar-se Liga Amazonense de Sport Athléticos (LASA), tendo durado até 1917.196 Após esta, criou-se a Federação Amazonense de Desportos Atléticos (FADA).196 Há alguns clubes de futebol sediados no estado conhecidos em âmbito regional e nacional, sendo os principais o Nacional Futebol Clube, São Raimundo Esporte Clube, Fast Clube, Atlético Rio Negro, Princesa do Solimões, Atlético Coariense e Grêmio Esportivo Humaitá.197 198 199 200 Entre estes clubes, o detentor do maior número de títulos no Campeonato Amazonense de Futebol é o Nacional Futebol Clube, seguido por Atlético Rio Negro, São Raimundo, Fast Clube e Sul América.196

Acredita-se que 1906 foi o primeiro ano em que partidas de futebol foram registradas no Amazonas. Essas partidas ocorreram no Campo do Parque Amazonense, onde atualmente encontra-se o Parque dos Bilhares, e foram iniciativas de marinheiros, empresários e despachantes britânicos que imigravam para o Amazonas.196 Nesse mesmo espaço também ocorreram outras atividades esportivas, como corrida de cavalos.196 O primeiro estádio de futebol de grande porte construído no estado foi o Estádio Vivaldo Lima, inaugurado em 5 de abril de 1970201 e conhecido também como Coliseu do Norte, Tartarugão e Vivaldão.196 O estádio foi remodelado em 1995 e demolido em 2010, para a construção da Arena Amazônia, que sediará partidas da Copa do Mundo de 2014.202

O estado é o único no Brasil a realizar a Copa Indígena, evento esportivo que tem como alvo os Povos Indígenas do Amazonas.203 204 O evento foi iniciado a partir de 2009. A Copa Indígena consiste na disputa de clubes de futebol formado apenas por etnias indígenas que disputam entre si.203 Outros eventos esportivos são realizados e sediados no estado, como os Jogos Escolares do Amazonas (JEA'S), que consiste na disputa entre escolas, públicas e privadas, em várias modalidades esportivas como torneio de vôlei de praia,205 torneio de futsal,206 torneio de voleibol,207 entre outros. Nos últimos anos, o atletismo, o judô e o tênis de mesa, regulamentados pela Federação Amazonense de Atletismo (Feama), Federação Amazonense de Judô (Fejama) e Federação de Tênis de mesa do Amazonas (Ftma), respectivamente, ganharam bastante espaço entre os esportes no Amazonas.208 Outras modalidades esportivas que também ganharam espaço nos últimos anos são as Artes marciais mistas, em especial o Jiu-jitsu, taekwondo, boxe e Muay thai. O Muay thai é regulamentado pela Federação Amazonense de Boxe Tailandês-Muay Thai (FABT) e reconhecido no estado desde 1987. O lutador José Aldo, um dos maiores lutadores brasileiros na modalidade, é natural do estado.209

O Amazonas já sediou eventos esportivos internacionais, como a Copa América masculina de Vôlei em 2007, o Pan-Americano Cadete de Luta Olímpica em 2010 e o Ultimate Fighting Championship (UFC) em 2012.210 211 Manaus será uma das cidades-sede da Copa do Mundo de 2014.212 213

Feriados

No estado do Amazonas, há dois feriados estaduais: o dia 5 de setembro, em homenagem à Elevação do Amazonas à categoria de província, ocorrida em 1850, e o dia 8 de dezembro, em homenagem à Nossa Senhora da Conceição, tida como padroeira do estado.2

 

 

CONHEÇA A AMAZÔNIA

PLANTAS MEDICINAIS

Descrição: GUARANÁA Floresta Amazônica concentra a maior diversidade de espécies de plantas medicinais, comestíveis, oleaginosas e colorantes do planeta. Grande parte ainda não foi estudada em profundidade. Calcula-se que das matas tropicais foram extraídas nada menos que 25% de todas as essências farmacêuticas utilizadas atualmente pela medicina.

Laboratórios do Brasil e do exterior têm buscado nas plantas da Amazônia substâncias para elaboração de medicamentos, visando a industrialização e comercialização em larga escala. Nada menos que 5 mil princípios ativos já foram identificados nestas plantas. De acordo com o IBGE, estão identificadas na Amazônia Legal cerca de 650 espécies vegetais com propriedades medicinais. O Estado do Pará é o que mais se destaca com 540 espécies; seguido dos Estados do Amazonas (488); Mato Grosso (397); Amapá (380); Rondônia (370); Acre (368), Roraima (367) e Maranhão (261).

A região de Manaus, provavelmente, é o centro de origem de diversas famílias entre elas a Sapotaceae, Meliaceae, Lecythidaceae, Connaraceae e Caryocaraceae.

Conheça as mais famosas plantas de uso fitoterápico existentes na Amazônia:

GUARANÁ

Entre as espécies mais conhecidas de plantas medicinais da Amazônia está o guaraná, popularizado no mundo todo como refrigerante. Mas seus poderes vão muito além de refrescar. Na Amazônia, costuma-se tomar o guaraná em pó misturado à água. A bebida é um energético natural, com propriedades revigorante, rejuvenecedoras e afrodisíacas; atua como tônico do coração e dos músculos, ativa as funções cerebrais e a circulação periférica.

COPAÍBA

Produz um óleo com propriedades antibiótica, antiinflamatória, cicatrizante e anti-cancerígeno. É muito usada em casos de úlceras, faringites, para tratamento de caspa e desordens de pele. Tem ainda poderes diurético, expectorantes, desinfetantes, e estimulantes, e vem sendo usado no tratamento de bronquite, dermatose e psoríase. A casca entra na composição de todos os xaropes para tosse. Nos Andes do Peru, o óleo é utilizado para estrangúria, sífilis e catarros.

ANDIROBA

Possui poderes antiinflamatório, cicatrizante, estimulante e antianêmico. O óleo é um repelente natural, e graças a essa propriedade está sendo largamente usado para fabricação de velas. Também é usado como protetor solar, contra dermatites, úlceras e lesões musculares, além de dar vida e brilho ao cabelo. A casca e folhas são utilizadas para preparo de chá para combater febre, reumatismo e pneumonia.

URUCÚ

As sementes têm o poder de aumentar a pigmentação dos tecidos adiposos, tornando a pele mais resistente. Contém betacaroteno (vitamina A) e pode ser usado como corante natural. É usado também para compor bronzeadores.

CIPÓ MIRARUIRA

Usado em estado natural no combate ao diabete. Regulariza a taxa de glicose do sangue e, em alguns casos, dispensa até o uso da insulina.

CIPÓ UNHA DE GATO

Por seu grande poder de estimular o sistema imunológico é usado como antiinflamatório. É indicado ainda para tratamento de doenças da próstata, ovário e órgãos genitais em geral, gastrite crônica, mau-hálito, cólera, reumatismo, doenças hepáticas, gota, diarréia, diabetes, câncer, cirrose, gastrite e infecções diversas.

MARAPUAMA

Energético natural, que combate a impotência sexual e reumatismo.

Temos outras possíveis plantas com propriedades medicinais como:

 

Alecrim

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Descrição: AlecrimResumo
Alecrim: planta medicinal diurética, aromática, antioxidante e anti-reumática, apresentada quase sempre em forma de infusão ou em pomadas.

Nomes
Nome em português: Alecrim
Nome latim: Rosmarini officinalis
Nome inglês: rosemary
Nome francês: Romarin
Nome alemão: Rosmarin
Nome italiano: rosmarino

Família
Lamiaceae (Lamiáceas)

Constituintes
Óleos essenciais (óleo essencial de alecrim), ácido carnósico, taninos.

Partes utilizadas
Folhas

Propriedades
Antioxidante, anti-reumático, depurativo, diurético

Descrição: Alecrim propriedadesIndicações
Uso interno (chá):
 Contra gazes, como condimento ou aromático (cozinha), contra a tosse, para a prevenção de doenças degenerativas como o Alzheimer, devido ao forte efeito antioxidante do alecrim, enxaqueca, dor de cabeça, problemas de concentração, úlceras estomacaias.

Uso externo, em pomadas (quase sempre em associação com outras moléculas):
Reumatismos: artrite, artrose.

Efeitos secundários
Desconhecemos

Contra-indicações
Desconhecemos

Interações
 Desconhecemos

Descrição: https://www.criasaude.com.br/data/dataimages/Upload/alecrim-brasil.jpgPreparações

 - Infusão de alecrim

- Inalação de alecrim

- Pomada

- Óleo essencial de alecrim

- Cápsula

- Tintura de alecrim

- Banho

- Cataplasma

Descrição: alecrim planta medicinalOnde cresce o alecrim?
O alecrim cresce principalmente no sul da Europa mas também no norte.

Quando colher o alecrim? 
 O alecrim é colhido principalmente na primavera. 

Observações
 Esta planta (alecrim) é encontrada em pomadas bastante conhecidas contra os reumatismos. Além disso, no preparo interno, em infusão, a sua ação diurética é muito eficaz. Também utilizadana culinária como aromatizante e para temperar carnes e auxiliar na conservação, graças ao efeito anti-oxidante (óleos essenciais).

 


 

Árvores do Bosque : Pau d’alho

 

Nome Popular :
 
Pau d’alho
 

Nome Científico :
 
Gallesia integrifolia
 

Sinonímea :
 
Guararema, ibirarema
 
 

 
 

Origem : Brasil, do Nordeste até o Sul.
Família : Ptytolaccaceae
Altura : até 30 metros.

Finalidade : planta ornamental.

Finalidade terapêutica : emprega-se o cozimento das folhas contra reumatismo e hemorróidas, as folhas em cataplasmas (papa que se coloca entre dois panos e aplica em uma parte do corpo dolorida ou inflamada) para combater abscessos.

Curiosidade : o fruto, a semente, a raiz, a madeira e as folhas exalam um cheiro semelhante ao do alho, daí o nome.
 

 

 

PAU D´ALHO

Crateva benthami.

Descrição :

Da família das Capparaceae. Também conhecida como catauarí, catauré, tapiá, trapiá, cotore, treriá, caravarí, catore. Árvore de porte elevado, encontradfa na maioria dos estados do Brasil. Folhas ovais, flores pequenas e pálidas.

Propriedades medicinais:

Estomática, tônica, antiofídica (sucurijú), vesicante.

Indicações:

Reumatismo.

Modo de usar :

O chá das cascas é usado contra gripes. Externamente sob forma de banhos é empregada no tratamento dos reumatísmos.

Internamente, 2 gramas das casscas para um copo de água fervente, externamente, 1 quilo para banho.

Descrição: Pau Dalho

 

 

USO DE PLANTAS MEDICINAIS

 

Aqui estão relacionados algumas plantas medicinais, seus nomes científicos , suas propriedades terapêuticas e o correto modo de uso.

 

TABELA I: USO DAS PLANTAS MEDICINAIS


NOME POPULAR
 
NOME CIENTÍFICO
 
PROPRIEDADES TERAPÊUTICAS
 
MODO DE USO
 

Alecrim
 
Rosmarinus officinalis
 
Emenagogo, age contra afecções hepáticas e biliares, gota, reumatismo e afecções bucais. Não deve ser ingerida em excesso.
 
Infusão das folhas e ungüento (dores reumáticas)
 

Alfavaca
 
Ocimum gratissimum
 
Carminativas, diuréticas e sudoríferas.
 
Infusão de folhas.
 

Alfazema
 
Lavandula officinalis
 
Tônica, calmante, digestiva, antiespasmódica.
 
Tissanas e folhas.
 

Alho
 
Allium sativum
 
Contra verminose, cólera, escorbuto, anti-virótica e redutor de colesterol.
 
Infusão de bulbos.
 

Anis
 
Pimpinella anisum
 
Digestiva, carminativo, diuré-tica e galactagogo.
 
Decocção de se-mentes.
 

Arnica
 
Arnica montana
 
Antiinflamatória, tônica das circulação e nervos. Uso externo: Contusões e hemato-mas. Uso interno: Sob orientação médica.
 
Tinturas de folhas.
 

Arruda
 
Ruta graveolens
 
Emenagogo, alivia dores intestinais e reumáticas, abor-tiva, é antiinflamatória para os olhos (uso externo), vaso constritor e venenosa. Não usá-la internamente, só externamente.
 
Infusão de folhas e compressas (in-flamação ocular)
 

Assa-peixe
 
Vernonia polyanthes
 
Expectorante e hemostático
 
Infusão de folhas
 

Barbatimão
 
Stryphnodendron barbadetiman
 
Adstringente, antihemorrági-co, hipoglicemiante e tônico
 
Infusão de cascas e ungüento
 

Bardana
 
Articum lappa
 
Diurética, depurativa, antidia-bética, diaforética, emoliente, antiinflamatória e analgésica.
 
Infusão de raízes.
 

Boldo
 
Vernonia condensata
 
Desintoxicante do fígado, diurético, antidiarréico e estimulante do apetite
 
Infusão de folhas e maceração (abrir o apetite).
 

Camomila
 
Matricaria chamomilla
 
Sedativa; digestiva; antiinfla-matória; antialérgica; analgé-sica e contra cólicas estoma-cais, intestinais e menstruais.
 
Infusão de flores.
 

Canela-da-china
 
Cinnamomu cassia
 
Digestiva, sudorífera e diafo-rética
 
Decocção
 

Capim -limão
 
Cymbopogon citratus
 
Digestiva, calmante, febrífu-go, contra dores musculares e diaforético
 
Infusão de folhas e rizomas.
 

Cebola
 
Allium cepa
 
Vermífuga, diurética, expecto-rante, digestiva, redutora de colesterol e anti-séptica.
 
Infusão de bulbos.
 

Cebolinha
 
Allium fistulosum
 
Vermífuga, diurética, expecto-rante, digestiva, redutora de colesterol e anti-séptica.
 
Infusão de bulbos.
 

Celidônia
 
Chelidonium majus
 
Causticar calos e verrugas, ação sedativa local (externa) e contra problemas hepáticos (planta tóxica que apenas deve ser ingerida sob orientação médica)
 
Cataplasma de fo-lhas
 

Centela Asiática
 
Centella asiatica
 
Somente para uso externo: Contra celulite.
 
Cataplasma e un-güento de folhas.
 

Cinerária
 
Senecio cineraria
 
Descongestionante e antiinfla-matório ocular.
 
Compresssas de folhas e flores.
 

Coentro
 
Coriandrum sativum
 
Digestivo. Tóxico em grande quantidade.
 
Infusão de folhas e decocção de se-mentes.
 

Cominho
 
Cuminum cyminum
 
Carminativo e digestivo.
 
Decocção de se-mentes.
 

Dedaleira
 
Digitalis purpurea
 
Tratamento de doenças cardía-cas.
 
Presente em remé-dios alopáticos
 

Embaúba
 
Cecropia glaziovix
 
Contra bronquite, tosse, hipo-tensor e diurético.
 
Infusão de folhas e raízes.
 

Estévia
 
Stevia rebaudiana
 
Diurético, antidiabético e auxilia no tratamento contra o obessidade (substitui o açúcar de cana)
 
Infusão de folhas
 

Erva-cidreira
 
Melissa officinalis
 
Digestiva, calmante relaxante.
 
Infusão e tinturas de folhas e flores.
 

Eucalipto
 
Eucalyptus globulus
 
Anti-séptico, sudorífero, ex-pectorante, febrífugo e desin-fetante (óleo essencial).
 
Infusão e xarope de folhas
 

Fortuna
 
Bryophyllum calycimum
 
Emoliente, contra úlceras e gastrites, cicatrizante e anti-inflamatório local.
 
Infusão, sucos (úl-ceras e gastrites), cataplasma de fo-lhas.
 

Gengibre
 
Zingiber officinale
 
Anti-séptico, estimulante do estômago.
 
Infusão de rizo-mas.
 

Guaçatonga
 
Casearia sylvestris
 
Cicatrizante, anti-séptica, con- tra aftas, sapinhos, herpes, úlceras, feridas, eczemas e picadas de insetos.
 
Infusão, cataplas-mas e tinturas de folhas.
 

Guaco
 
Mikania glomerata
 
Expectorante, antiasmático, febrífugo, sudorífero.
 
Infusão e xarope de folhas.
 

Guaraná
 
Paullinia cupana
 
Estimulante físico e psíquico, diurético e contra enxaqueca.
 
Tintura, xarope de sementes.
 

Guiné
 
Petiveria alliacea
 
Antiinflamtória, analgésica e bactericida. Altamente tóxica.
 
Infusão de folhas e raízes.
 

Jaborandi
 
Pilocarpus microphyllus
 
Tônico capilar.
 
Infusão e tintura de folhas.
 

Jurubeba
 
Solanum paniculatum
 
Frutos: contra problemas do fígado, estômago e baço; folhas: cicatrizante; raízes: tônico do sistema digestivo e contra anemia.
 
Maceração de folhas, frutos e raízes.
 

Losna
 
Aretemisia absinthum
 
Digestiva, digestiva e vermí-fuga. Em altas doses é tóxica.
 
Maceração de folhas.
 

Louro
 
Laurus nobilis
 
Emenagogo, digestivo e anti-flatulento.
 
Infusão de folhas.
 

Malva
 
Malva silvestris
 
Diurética, emoliente e expec-torante.
 
Infusão de folhas e flores.
 

Manjericão
 
Ocimum basilicum
 
Tônico e antisséptico.
 
Infusão de folhas.
 

Manjerona
 
Origanum majorona
 
Digestivo, estimula o apetite e anti-séptico.
 
Infusão de folhas.
 

Mil-folhas
 
Achillea millefolium
 
Cicatrizante de feridas na pele, contra úlceras, varizes, hemorróidas e cólicas mens-truais.
 
Infusão de folhas e flores.
 

Noz-moscada
 
Myristica fragans
 
Digestiva, contra anemia e diarréia crônica. Em grandes quantidades é narcótica.
 
Decocção de sementes.
 

Orégano
 
Origanum vulgare
 
Emolientes e digestivo.
 
Cataplasma de folhas.
 

Pata-de-vaca
 
Bauhinia forficata
 
Hipoglicemiante, diurética e antidiarréica.
 
Infusão de folhas.
 

Pfaffia
 
Pfaffia iresinoides
 
Tônico geral, estimula o apetite e reduz os tremores nas pessoas idosas.
 
Infusão do pó das raízes.
 

Salsa
 
Apium petroselinum
 
Diurética e rica em vitaminas A, B e C.
 
Infusão e suco de folhas.
 

Sálvia
 
Salvia officinalis
 
Estimulante da digestão, adstringente e tônica.
 
Infusão de folhas.
 

Tomilho
 
Thymus vulgaris
 
Anti-séptico e digestivo.
 
Infusão de folhas.
 

Zedoária
 
Curcuma zedoaria
 
Regulador das funções digestivas, hepáticas e renal, atua no colesterol.
 
Maceração e infusão de rizomas.
 

 

 

Jequitibá

Descrição: https://www.achetudoeregiao.com.br/arvores/Arvores.gif/Carinianalegalis.jpgNome científico: Cariniana legalis (Mart.) Kuntze,

Outros nomes populares: jequitibá-rosa, jequitibá-vermelho, pau-carga (PE), sapucaia-de-apito (PE), pau-de-cachimbo

Características gerais: Árvore muito alta (30-50 m de altura) da mata atlântica clímax, com tronco retilíneo e cilíndrico de 70-100 cm de diâmetro. Exemplares centenários são comuns em muitas matas do estado de São Paulo, onde a altura pode se aproximar dos 55 m e o diâmetro na base do tronco pode ultrapassar 2 m. É uma das árvores mais altas da flora brasileira e certamente a mais alta da Mata Atlântica. Folhas membranáceas de 4-7 cm de comprimento que adquirem tonalidades Descrição: https://www.achetudoeregiao.com.br/arvores/Arvores.gif/Carinianalegalis1.jpgróseo-avermelhadas quando novas. Os frutos são cápsulas lenhosas com formato semelhante à de um cachimbo, que deixam liberar as sementes por uma abertura em sua extremidade distal quando maduros.

Origem : Ocorre nos estados de Pernambuco até São Paulo na Mata Atlântica, penetrando neste último estado na floresta semidecídua da Bacia do Paraná.

Utilidade: Fornece madeira leve (0,53 g/cm3), macia, de baixa resistência ao ataque de organismos xilófagos, usada para construção civil em obras internas, para confecção de contraplacados, móveis, brinquedos, lápis, salto de calçados, cabos de vassouras, etc. Suas sementes são o alimento preferido dos macacos. A árvore, apesar de seu grande porte, é ótima para a arborização de parques e grandes jardins. Esta árvore, pelo tamanho monumental, é admirada por todos a ponto de ter sido escolhida como árvore símbolo do estado de São Paulo e ter emprestado seu nome para designar cidades, palácios, parques, ruas e bairros em todo o sudeste do país.

Descrição: https://www.achetudoeregiao.com.br/arvores/Arvores.gif/Carinianalegalis2.jpgInformações ecológicas: É uma planta semidecídua durante o período invernal, tanto heliófita como esciófita, cuja dispersão é bastante irregular e descontínua ao longo de sua área de dispersão. Pode ser muito freqüente em determinadas locais como no interior do estado de São Paulo ou Norte do Espírito Santo, podendo faltar completamente em outros locais. Ocorre principalmente no interior da floresta primária densa, onde ocupa o dossel superior, contudo tolera ambientes abertos de formações secundárias.Descrição: https://www.achetudoeregiao.com.br/arvores/Arvores.gif/Carinianalegalis4.jpg

Produção de mudas: Os frutos devem ser colhidos diretamente da árvore quando iniciam a abertura espontânea. Após a abertura, as sementes são levadas pelo vento e dificilmente poderão ser colhidas. Um kg de sementes contém aproximadamente 22.470 unidades, cuja viabilidade pode superar 6 meses. Recomenda-se semeá-las logo que colhidas em canteiros semi-sombreados contendo substrato organo-argiloso. Em seguida cobri-las com uma fina camada do substrato peneirado e irrigar duas vezes ao dia. A emergência ocorre em 12-20 dias, com uma taxa de germinação superior a 50 %. O desenvolvimento das mudas, bem como das plantas no campo pode ser considerado moderado.

 

 

Jequitibá – Propriedades e benefícios

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Descrição: Jequitibá – Propriedades e Benefícios

Imagem: Reprodução

Conhecidos popularmente como congolo-de-porco, estopa, jecuíba, jequitibá-de-agulheiro, jequitibá-branco, jequitibá-cedro, jequitibá-grande, jequitibá-vermelho, pau-carga, pau-cixão ou sapucaia-de-apito, os Jequitibás são árvores de troncos de grandes dimensões, seja em comprimento ou em perímetro. São brasileiras e pertencem ao grupo Lecythidaceae, originalmente encontradas na região centro-sul do país, mais precisamente na Mata Atlântica. Os Jequitibás tem o rótulo de maiores árvores nativas do Brasil, pois elas podem atingir até 50 metros de altura – isso tudo com um tronco com diâmetro de até 2 metros! Esta árvore também é conhecida por ser a árvore-símbolo do estado de São Paulo – inclusive é no Parque Estadual do Vassununga, em Santa Rita do Passa Quatro que estão localizados alguns dos maiores jequitibás conhecidos, inclusive um que possui 3.000 anos, com 49 metros de altura e uma incrível circunferência de 16 metros.

As espécies de Jequitibá

Os Jequitibás podem ser divididos em seis tipos:
•Cariniana legalis (também conhecido como Jequitibá-Rosa).
•Cariniana estrellensis (também conhecido como Jequitibá-Branco ou apenas Jequitibá).
•Cariniana rubra (também conhecido como Jequitibá-Vermelho).
•Cariniana parvifolia (também conhecido como Jequitibá-Cravinho).
•Cariniana ianeirensis (conhecido apenas como Jequitibá).
•Couratari pyramidata.

Propriedades e benefícios do Jequitibá

Os Jequitibás possuem incríveis propriedades e benefícios para o ser humano, muitas vezes desconhecidos, já que para muitos o Jequitibá é apenas uma árvore comum. Suas propriedades mais conhecidas incluem:
•Adstringente
•Desinfetante
•Esolutiva
•Descongestionante
•Laxante
•Emética
•Anti-inflamatória

Estas árvores oferecem benefícios para a boca e a garganta, principalmente (é indicada no combate a infecções na boca, inflamações na garganta, faringite, amigdalite, laringite, angina, afecções das mucosas, etc.), mas também são usadas conforme a tradição popular em problemas no útero e nos ovários, e no combate a irritação vaginal e a incômoda leucorreia.

Como usá-lo em chá, gargarejo ou lavagem

As partes usadas do Jequitibá se limitam às cascas, que são utilizadas na preparação de seu chá. O chá de Jequitibá é feito da seguinte maneira: Coloque de 3 a 4 pedaços da casca da árvore em um litro de água. Deixe cozinhar por mais ou menos 10 minutos após o momento em que se inicia a ebulição. Depois desse tempo, retire do fogo e deixe em repouso, tampado, por mais 10 minutos. Coe e ele estará pronto para o uso.

O uso do chá de Jequitibá não se limita apenas ao modo convencional (bebê-lo). Esse chá também pode ser usado em gargarejos (para amigdalite, aftas e inflamações na garganta) e em lavagens vaginais (para corrimento e outras doenças no útero e ovários).

 

 

 

 

Cerejeira

 

Cerejeira é uma planta medicinal que permite o consumo de seus frutos e folhas para o tratamento de diversas situações como infecção urinária e na diminuição de inchaços.

Propriedades

Contém flavonóides, taninos, sais potássicos, e derivados de salício.

Indicações

Problemas urinários, diurético, inchaços, pressão alta, hiperuricemia, obesidade, gripe e resfriados.

Contra indicações

Pessoas com pressão baixa.

Modo de uso

Pode-se utilizar seus frutos maduros para consumo imediato ou preparar um chá com as folhas da cerejeira.

 

 

Benefícios do Pau Brasil

O Globo Repórter que foi ao ar na última sexta feira, 24 de fevereiro, mostrou a importância das plantas brasileiras no tratamento de diversas doenças. Uma das plantas apresentadas foi primeiro produto explorado comercialmente pelos portugueses após a descoberta: o pau brasil. O corante extraído da madeira vermelha tinha grande importância econômica, atraindo o interesse dos colonizadores. Por ser tão importante no início de nossa história, a árvore acabou batizando o Brasil.

Mas a importância mostradas pelo Globo Repórter foi outra. Pesquisas recentes mostraram que o pau brasil possui substâncias terapêuticas, capazes de reduzir os riscos de câncer.

Descrição: Pau Brasil

Folhas e flores do pau brasil

Propriedades Medicinais

A medicina popular propagou o uso do pau brasil como cicatrizante e adstringente. Tradicionalmente, a planta também é utilizada no combate dos sintomas da asma. A partir dessas informações, pesquisadores resolveram investigar melhor as propriedades do corante, através das substâncias conhecidas como brasileína e brasilina.

Desde 1996, cientistas da Universidade Federal do Pernambuco estão estudando as diversas partes da árvore: flor, folha, caule, cerne e raiz. Os testes, feitos em camundongos, mostraram que essas substâncias são capazes de reduzir tumores. Todos os animais tiveram os seus tumores diminuídos. A pesquisadora Elisângela Silva afirma que o pau brasil possui importantes substâncias antiinflamatórias e pode atuar também como anticancerígeno.

A pesquisa ainda não testou as substâncias extraídas do pau brasil em seres humanos, mas revela a importância de estudos que desvendem as propriedades dessa árvore histórica. Isso talvez ajude os ambientalistas a evitar a extinção do pau brasil. Atualmente, a planta core sérios riscos de desaparecer de nossas matas. No entanto, sabendo de seu poder curativo, talvez seja maior o interesse em preservar a árvore típica de nossa flora.

 

Pau-brasil pode ser grande aliado no tratamento contra o câncer

Tão simbólica e tão ameaçada, por pouco não desapareceu de nossas florestas. Está na lista das mais ameaçadas de extinção.

Descrição: https://s01.video.glbimg.com/x240/1829036.jpg

Uma árvore, um país. É por causa desta espécie que somos chamados de brasileiros. O pau-brasil é a única planta que batizou uma nação. Agora, ela nos surpreende mais uma vez. A madeira vermelha que fez história também pode guardar substâncias poderosas contra o câncer. Tão simbólica e tão ameaçada, por pouco não desapareceu de nossas florestas. Está na lista das mais ameaçadas de extinção.

Folhas miúdas, tronco cheio de espinhos, vagens e flores. Pouca gente teve a oportunidade de ver de perto essa árvore histórica. Em Glória do Goitá, na Zona da Mata de Pernambuco, uma fundação tenta divulgar e multiplicar esta espécie. O local recebe estudantes cheios de curiosidade.

Em um museu é possível conhecer cada detalhe do pau-brasil. Dentro do tronco está a maior riqueza da árvore. O miolo é bem vermelho, da cor de brasa, daí vem o nome: brasil. E este era o motivo da cobiça dos colonizadores. A árvore fornecia um corante que tinha muito valor comercial na época.

O corante é extraído com muita facilidade. Basta colocar pequenas lascas da madeira na panela com água fervendo. Mas onde reis e nobres só viam tinta vermelha, o olhar curioso do povo descobriu remédios.

"Popularmente se diz que o pau-brasil é um bom adstringente e cicatrizante. Algumas pessoas do mato usam o chá da entrecasca para curar asma”, diz Ana Cristina Roldão, presidente da Fundação Nacional do Pau Brasil.

O uso popular foi uma boa pista para os cientistas. Eles revolveram estudar melhor as duas substâncias que produzem o corante: a brasileína e a brasilina.

Da Mata Atlântica para o laboratório de antibióticos da Universidade Federal de Pernambuco, os pesquisadores descobriram que o pau-brasil pode ser um grande aliado no tratamento contra o câncer. Os estudos começaram em 1996. Cada pedacinho da árvore foi analisado.

“Já estudamos flor, folha, caule, cerne, semente e raiz, que será a última etapa da pesquisa do pau-brasil", detalha a pesquisadora Ivone Souza, da UFPE. "O pau-brasil apresenta propriedades farmacológicas muito interessantes. Chamou a atenção para a redução de tumores experimentais. Tanto carcinomas como sarcomas."

Os experimentos feitos com camundongos já surpreenderam. "Todos os animais tratados tiveram a redução do tumor", revela a pesquisadora Elisângela Silva. "Nós tivemos redução de 60% a 80% para sarcoma e de 60% a 90% para carcinoma. São cânceres agressivos. São linhagens de camundongos, não são linhagens humanas, mas são bem agressivas, especialmente carcinoma, que foi para o qual ele teve melhor atividade."

O resultado é notável, dizem os especialistas. "Dá para afirmar categoricamente que ele tem atividade anti-inflamatória e uma atividade muito forte na redução de tumores. Merece toda a atenção e todo o estudo", conclui.

Talvez, agora, biólogos e farmacêuticos possam dar uma mãozinha aos ambientalistas. Portador de substâncias poderosas contra o câncer, o pau-brasil ganha importância e uma chance de escapar da extinção.

"Talvez com esta esperança de cura as pessoas comecem realmente a plantar o pau-brasil e a dar o seu devido merecimento que até agora a gente não conseguiu que ele tivesse", espera Ana Cristina Roldão.

PAU-BRASIL

 

 

Nome científico: Caesalpinia echinata. Nome comum: Pau-Brasil, Ibirapitanga, Orabutã, Brasileto, Ibirapitã, Muirapiranga, Pau-Rosado. Família: Fabaceae-Caesalpinoideae. Espécie secundária, de 8 a 12 metros de altura quando adulta. Sua madeira é muito boa, e já foi muito utilizada para construção naval e para extração de compostos para tintas e corantes. Boa espécie para o paisagismo, principalmente por ser uma árvore que remete à história brasileira e de sua colonização, porém, possui crescimento lento, o que pode prejudicar sua utilização na arborização urbana. Plante também espécies de características de crescimento: Pioneira Ex. Urucum – Bixa orellana, Jacarandá de Minas – Jacarandá cuspidifolia em bosque tipo mata atlântica ou Candeia – Rapanea ferruginea em bosque tipo Cerrado. ClimácicasEx. Jequitibá – Cariniana estrellensis, ou o Cedro Rosa – Cedrella fissilis, em bosques tipo mata atlântica, ou a Sucupira Branca – Pterodon emarginatus em bosques tipo Cerrado.

 

 

CAPIM BARBA DE BODE

Aristida pallens

Descrição : Planta da família das Poaceae, também conhecida como barba-de-bode, capim-de-bode, goat's beard.

Princípios Ativos: Oligossacarídeos.

Propriedades medicinais: Diluente, aperiente.

Indicações: Engorgitamento (figado).

ASSA PEIXE.  

Boehmeria caudata.

 

Arbusto de 3 a 5m de altura, encontrada em diversos Estados do Brasil, principalmente MG, RJ, SP, ES.

 

Parte usada: folhas.

 

Propriedades medicinais: expectorante, hemostático, béquico.

 

Usos e aplicações: em casos de afecções respiratórias como bronquite, asma, tosse.

 

Forma de preparo: infusão: despejar água fervente sobre as folhas e manter tampado por dez minutos; coar e beber.

Evitar o uso de recipiente de alumínio.

 

Dosagem: 1 colher de chá de folha seca por xícara.

Adoçar a gosto.

 

PRECAUÇÕES: não foram encontradas referências de contra-indicações na literatura usual.

 

Substâncias ativas: não identificadas.

 

BARBA DE BODE   Aristida pallens

 

HISTÓRIA....

 

Parte usada: folhas

 

Propriedades medicinais: afecções das vias respiratórias e intestinais.

 

Dosagem: Adoçar a gosto.

 

PRECAUÇÕES:

 

Substâncias ativas:

 

PROPRIEDADES DA PIMENTA PODERES CURATIVOS DA PIMENTA

PROPRIEDADES DA PIMENTA PODERES CURATIVOS DA PIMENTA

A pimenta faz bem à saúde e seu consumo é essencial para quem tem enxaqueca. Essa afirmação pode cair como uma surpresa para muitas pessoas que, até hoje, acham que o condimento ardido deve ser evitado.

A pimenta traz consigo alguns mitos, como por exemplo o de que provoca gastrite, úlcera, pressão alta e até hemorróidas. Nada disso é verdade. Por incrível que pareça, as pesquisas científicas mostram justamente o oposto! Muitos dos benefícios da pimenta estão sendo investigados neste exato momento, pela comunidade científica e farmacêutica, originando alguns dos projetos de pesquisa mais picantes deste início de terceiro milênio.

A substância química que dá à pimenta o seu caráter ardido é exatamente aquela que possui as propriedades benéficas à saúde. No caso da pimenta-do-reino, o nome da substância é piperina. Na pimenta vermelha, é a capsaicina.

A pimenta-do-reino é uma frutinha do tamanho de uma mini-ervilha, que no início é verde, depois fica vermelha e finalmente preta. A árvore que lhe dá origem recebe o nome científico de Piper nigrum. A colheita se dá enquanto as frutas estão vermelhas. Em seguida elas amadurecem, secam e se transformam nos grãos de pimenta-do-reino preta que existem à venda. A pimenta-do-reino branca é obtida através da remoção da casca preta da fruta seca. Ambas retêm a piperina, porém a pimenta branca, embora tão picante quanto a preta, possui bem menos aroma.

A pimenta vermelha (que existe em vários tamanhos), assim como outras pimentas (ex: tabasco, habanero, jalapeño), são frutos de árvores do gênero Capsicum, que possui origem na palavra grega kaptos, que significa morder. Afinal, quando colocamos uma dessas pimentas na boca, até parece que elas mordem, de tão ardidas que são.

As substâncias capsaicina e piperina ardem, mas são estudadas justamente pelas propriedades antidor que possuem!

Surpresa! Elas provocam a liberação de endorfinas – verdadeiras morfinas internas, analgésicos naturais extremamente potentes que o nosso cérebro fabrica! O mecanismo é simples: Assim que você ingere um alimento apimentado, a capsaicina ou a piperina ativam receptores sensíveis na língua e na boca. Esses receptores transmitem ao cérebro uma mensagem primitiva e genérica, de que a sua boca estaria pegando fogo. Tal informação, gera, imediatamente, uma resposta do cérebro no sentido de salvá-lo desse fogo: você começa a salivar, sua face transpira e seu nariz fica úmido, tudo isso no intuito de refrescá-lo. Além disso, embora a pimenta não tenha provocado nenhum dano físico real, seu cérebro, enganado pela informação que sua boca estava pegando fogo, inicia, de pronto, a fabricação de endorfinas, que permanecem um bom tempo no seu organismo, provocando uma sensação de bem-estar, uma euforia, um tipo de barato, um estado alterado de consciência muito agradável, causado pelo verdadeiro banho de morfina interna do cérebro. E tudo isso sem nenhuma gota de álcool! Quanto mais ardida a pimenta, mais endorfina é produzida! E quanto mais endorfina, menos dor e menos enxaqueca.

E tem mais: as substâncias picantes das pimentas (capsaicina e piperina) melhoram a digestão, estimulando as secreções do estômago. Possuem efeito carminativo (antiflatulência). Estimulam a circulação no estômago, favorecendo a cicatrização de feridas (úlceras), desde que, é claro, outras medidas alimentares e de estilo de vida sejam aplicadas conjuntamente.

Existem cada vez mais estudos demonstrando a potente ação antioxidante (antienvelhecimento) da capsaicina e piperina.

Pesquisas têm demonstrado potentes propriedades antiinflamatórias das pimentas. Um artigo publicado em março de 2003, na revista científica Cell Signalling (volume 15, número 6, páginas 299 a 306), conclui que as substâncias ativas da pimenta são candidatas promissoras para o alívio de doenças inflamatórias.

É importante lembrar que a enxaqueca compreende um estado inflamatório, na sua fase de dor.

A renomada British Journal of Anaesthesia publicou, em junho deste ano (2003), o trabalho, realizado no Instituto de Medicina Interna e Terapêutica da Universidade de Florença, mostrando o efeito benéfico de aplicações intranasais repetitivas de capsaicina no tratamento de enxaqueca crônica (volume 90, número 6, página 812).

A pimenta possui até propriedades anticâncer. Um editorial do renomado Jornal do Instituto Nacional do Câncer dos Estados Unidos, publicado em 4 de setembro de 2002 (Volume 94, número 17, páginas 1263 a 1265), mostra que a capsaicina da pimenta vermelha é mais do que um simples tempero: ela faz com que células tumorais cometam suicídio!

Por isso, a dica deste mês é: o que você está esperando para apimentar a sua vida?

A pimenta-do-reino preta possui uma fragrância intensa, frutada, com tonalidades amadeiradas e cítricas. O paladar é picante e quente, com um retrogosto penetrante. Já a pimenta branca é menos aromática, podendo apresentar tonalidades de musgo. O paladar é tão picante quanto o da pimenta preta. Tirando o picante, não sobra nenhuma outra característica de paladar. A pimenta não é doce, nem salgada. Porém, quando utilizada em quantidades moderadas e balanceadas, tende a realçar o sabor dos alimentos e de outros temperos. Polvilhe um pouco no peixe ou na carne antes de grelhá-la ou assá-la. Você pode até experimentar comer frutas temperadas com pimenta-do-reino! Experimente combiná-la com outros temperos, como manjericão, cardamomo, canela, cravo, coco, coentro, alho, gengibre, noz-moscada, salsinha, alecrim, tomilho, açafrão… ela combina com quase todos os tipos de comida. Mas lembre-se: utilize-a sempre de maneira muito judiciosa, pois é bem picante!

A pimenta malagueta, a pimenta dedo-de-moça, assim como outras variedades de cores diferentes mas de formato similar, podem variar muito no grau de ardência na boca. Podem ser consumidas frescas ou secas e moídas. Constituem excelentes fontes de vitaminas A e C, e também combinam com praticamente tudo.

Minha esposa e eu somos verdadeiros colecionadores de pimentas. Estamos sempre correndo atrás de variedades diferentes, para temperar nossos pratos… pimenta-da-jamaica, pimenta rosa, pimenta jalapeño, serrano, habanero, ancho, tabasco, pimenta tailandesa, coreana, páprica húngara, espanhola, dos Bálcãs, marroquina, portuguesa…

As propriedades da pimenta vermelha

A capsaicina, fitoquímico que confere o gosto picante à pimenta vermelha, é o principal responsável pelas propriedades funcionais deste tempero.

Dentre essas propriedades destacam-se:
•Dissolução de coágulos sanguíneos (uma aspirina natural);
•Dissolução de muco dos pulmões;
•Expectorante;
•Descongestionante;
•Indutor da termogênese (efeito de transformar parte das calorias dos alimentos em calor);
•Antioxidante;
•Anti-bacteriana.

Além de todos os benefícios mencionados acima, pesquisas científicas mostraram que o uso da pimenta vermelha durante às refeições, proporciona ação no Sistema Nervoso Simpático com respectivo aumento da liberação de catecolaminas (noradrenalina e adrenalina) e conseqüente diminuição do apetite e da ingestão de calorias, proteínas e gorduras nas refeições seguintes.

A adrenalina e a noradrenalina também são responsáveis pelo estado de alerta, daí a ingestão de pimenta estar também associada à melhora de ânimo em pessoas deprimidas.

Recomenda-se que indivíduos com problemas no trato gastrintestinal (gastrite, úlcera, hemorróidas e outros) evitem a ingestão, uma vez que a capsaicina funciona como um agente agressor das mucosas.

Benefícios a saúde

A pimenta faz bem à saúde e seu consumo é essencial para quem tem enxaqueca. A substância química que dá à pimenta o seu caráter ardido é exatamente aquela que possui as propriedades benéficas à saúde. Elas provocam a liberação de endorfinas – verdadeiras morfinas internas, analgésicos naturais extremamente potentes que o nosso cérebro fabrica! E quanto mais endorfina, menos dor e menos enxaqueca. E tem mais: as substâncias picantes das pimentas melhoram a digestão, estimulando as secreções do estômago. Possuem efeito antiflatulência. Estimulam a circulação no estômago, favorecendo a cicatrização de feridas (úlceras), desde que, é claro, outras medidas alimentares e de estilo de vida sejam aplicadas conjuntamente. Existem estudos que demonstram que a pimenta é um potente antioxidante (antienvelhecimento) e antiinflamatório. A pimenta possui até propriedades anticâncer.

 

Pesquisas mostram que o consumo de pimenta, alimento rejeitado por muitas pessoas, reduz o risco de doenças como câncer, catarata, mal de Alzheimer e diabete. Segundo o gastroenterologista e cirurgião da obesidade do Hospital Santa Rita de São Paulo, Almino Cardoso Ramos, há estudos que mostram que a pimenta não faz mal nenhum. "O consumo de pimenta é essencial para quem tem enxaqueca ou dor de cabeça crônica", afirma.

O médico também informa que a substância química que dá à pimenta o seu caráter ardido é exatamente aquela que possui as propriedades benéficas à saúde. "Entre outros benefícios, a pimenta impede a coagulação do sangue e, portanto, evita tromboses. A pimenta contém vitamina E e seis vezes mais vitamina C que a laranja", diz.

Pimenta para correr

 

 

Lágrimas, suor e o desejo por um copo d’água o mais gelado possível. O aparente sofrimento, na verdade, é o que dá prazer e graça ao sublime momento em que se come um prato preparado com pimentas. Mas é só para incrementar o tempero que ela serve? “A pimenta tem outras características muito importantes e desconhecidas da maioria das pessoas”, afirma Alexandre Merheb, médico nutrólogo especializado em esportes. Ela é antioxidante, bactericida, pode proteger o sistema digestivo, combater tensões musculares e ajudar o tratamento de reumatismos articulares. Ou seja, um ótimo alimento para o cardápio do esportista.

Antioxidante

O organismo produz radicais livres – substâncias tóxicas formadas a partir do oxigênio, que reagem aleatoriamente com todos os componentes celulares. Nessa reação, destroem células estranhas, o que é importante para proteger o corpo. Mas, quando estão em excesso, atacam também as células sadias. O exercício físico muito intenso provoca uma produção maior de radicais livres. Nesse caso, os antioxidantes – como as vitaminas A e E, o betacaroteno e os flavonóides – são fundamentais para neutralizar os radicais livres antes que eles matem células sadias. Aí entram as pimentas como a dedo-de-moça, que fornece vitaminas A, E e betacarotenos. “A pimenta é um alimento funcional, portanto seus benefícios devem ser encarados em longo prazo. O ideal é utilizá-la no dia-a-dia”, explica Marília Fernandes, nutricionista da Total Salute Nutrição & Estilo de Vida, especialista em Nutrição Esportiva pela Unifesp.

Bactericida

Quando o sistema de refrigeração não existia, o ser humano conservava os alimentos de diversas maneiras e uma delas era colocando pimentas nas carnes, por exemplo. “Elas possuem propriedades bactericidas, ou seja, eliminam vários tipos de bactérias que estragariam o alimento”, afirma Susana Gasparri, farmacêutica especializada em fitoterapia do Laboratório Bionatus. Depois que congeladores e geladeiras foram inventados, esse uso das pimentas foi deixado de lado, mas elas cumprem exatamente o mesmo papel no auxílio do sistema imunológico do ser humano. “A pimenta fortalece o organismo porque elimina bactérias que poderiam trazer malefícios principalmente ao sistema digestivo”, diz a farmacêutica.

Estômago e intestino

Esse é um tema delicado quando se trata de pimentas. Por um lado, ela representa um perigo para quem tem gastrite ou hemorróidas e, dependendo da freqüência e quantidade em que é ingerida, pode provocar uma úlcera gástrica. “Ela aumenta a secreção de saliva, bile e dos ácidos estomacais”, afirma o nutrólogo Alexandre Merheb. Por isso, pode ser uma agressão ao estômago ou ao intestino sensível. Por outro lado, essa quantidade extra de secreção ajuda a digestão em pessoas sem problemas estomacais. Claro que o exagero pode ser prejudicial para os dois casos.

Por precaução, pessoas que não estão acostumadas com alimentos picantes não devem consumi-los na véspera de uma prova. “Caso algum corredor introduza a pimenta pela primeira vez em seu cardápio pré-prova, ele pode sofrer algum problema gástrico durante a corrida”, alerta Marília Fernandes. “A alimentação pré-treino e pré-corrida deve permanecer à base de carboidratos”, completa.

A pimenta não desidrata o corpo, como pode parecer, mas também não é uma fonte de energia para a corrida. Por isso, o consumo antes da prova nem ajuda nem atrapalha sua performance. Só atrapalha, claro, caso provoque um mal estar no estômago.

Medicamento natural

As propriedades medicinais de algumas substâncias da pimenta já foram comprovadas, o que lhe deu também a classificação de alimento funcional. Inclusive, serve de matéria-prima para remédios e emplastros – aqueles adesivos que aliviam dores musculares ou de reumatismo. “Os remédios são usados no tratamento de desordens gastrointestinais, enjôos e na prevenção de arteriosclerose, derrame e doenças cardíacas”, afirma Susana. Ela alerta, porém, para o perigo de se automedicar: Í “altas doses da droga ou do fruto, se administradas por longos períodos, podem causar gastrite crônica, danos renais, danos hepáticos e efeitos neurotóxicos”.

:: Curiosidades

:: Pimenta do reino faz mal à saúde? – “Não se recomenda a ingestão por quem tem próstata grande, porque ela pode agravar o processo inflamatório”, avisa Merheb.

:: Menos picante – as principais responsáveis pela ardência da pimenta são as sementes e a placenta, no interior do fruto. Caso queira moderar a picância da refeição, utilize somente a casca.

:: Água, Água! Quando comemos um prato muito ardido, a primeira coisa que vem à mente é tomar um copo d’água. É errado. Pode não parecer, mas a água acentua a sensação de dor. O melhor são os derivados do leite, porque possuem caseína, uma substância que retira a capsaicina dos receptores nervosos localizados na boca. Por isso, alguns pratos da culinária indiana são acompanhados de molho de iogurte.

:: Altas temperaturas – não há explicação científica de por que se consome muita pimenta em países quentes como Tailândia, Índia e México. “Pode ser uma questão histórica, já que a pimenta teve origem onde hoje é o México e se espalhou com as Navegações”, explica Hilário. “Não há nada de ruim em consumi-la no verão”, completa Merheb.

:: Tipos de pimentas

Os primeiros registros da presença de pimentas são de 9.000aC, no México. Com o descobrimento das Américas, o fruto foi difundido por todo o mundo. Na Europa, havia apenas uma categoria, a piper, que é pouco picante. “No Brasil, as mais consumidas são a malagueta, dedo-de-moça ou caiena e cumari”, afirma Hilário Filho, um “Chile Head” ou conhecedor de pimentas. As três são do tipo capsicum. Para elas, vale o alerta: “quanto mais vermelha, mais madura e, portanto, mais ardida”, diz Hilário. Conheça as mais comuns:

PIPER

Pimentas pretas

São pequenas bolinhas coloridas originárias do continente africano. “Elas geralmente são moídas e consumidas em pó”, afirma o Chile Head.

CAPSICUM

 


 
 
 
Pimenta Jalapeño

Originária do México, é consumida in natura ou em pó e molhos. É bem aromática e tem picância média: 30.000 SHU – Unidades Scoville, escala de picância (ou pungência).
 

 

 
 
 
Pimenta Americana

Menos picante e menos aromática, chega a ser considerada doce. É usada como substitutivo do pimentão.
 

 

 
 
 
Pimenta Dedo-de-Moça

Tem pungência (picância) e aroma suaves. É consumida fresca, em molhos, conservas ou desidratada (pimenta calabresa).
 

 

 
 
 
Cambuci

De pungência doce e aroma suave, usada em saladas ou cozidos.
 

 

 
 
 
Pimenta de Cheiro

Cultivadas principalmente em Goiás e na região Norte, sua pungência varia de suave a bem picante. Uma das principais características é o aroma marcante. Usada em saladas, como condimento para carnes e peixes.
 

 

 
 
 
Pimenta Bode

Bem picante e aromática, usada para preparar carnes, arroz e feijão. As mais maduras (vermelhas ou amarelas) costumam ser mantidas em conservas.
 

 

 
 
 
Pimenta Cumari-do-Pará

Também é picante e aromática, usada principalmente em conservas.
 

 

 
 
 
Pimenta Murupi

Tem picância de média a alta e aroma forte. Usada na forma de molho ou conserva, mais comum na região Norte do País.
 

 

 
 
 
Pimenta Malagueta

Originária da Bacia Amazônica, é cultivada principalmente em Minas, Bahia e Goiás. É uma das mais conhecidas e consumidas no Brasil, em pratos de peixes, acarajés, carnes ou como molho e conserva. Tem picância média a alta e pouco aroma.
 

 

 
 
 
Red Savina – a mais ardida

A pimenta mais ardida do mundo é a Red Savina Habanero, com 570.000 SHU
 

 

 
 
 
Pimenta Cumari

Muito picante e com pouco aroma, é usada principalmente em conservas.
 

SABONETEIRA

Descrição: Nome científico : Sapindus saponaria

Nome científico : Sapindus saponaria Nomes populares : árvore-do-sabão, fruta-de-sabão, ibaró, jequiri, jequiriti, jequitiguaçu, pau-de-sabão, sabão-de-macaco, sabão-de-soldado, sabãozinho, saboeiro, saboneteira, salta-martim e saponária. Família: Sapindaceae. Planta Pioneira de médio porte de até 12m de altura. Os frutos além de servir de sabão, devido a presença de saponinas, e até soltam espuma ao esfregar, servem também de repelente de insetos e proteção de grãos, além de algumas propriedades terapêuticas (antinflamatório, calmante, diurético, expectorante). As sementes são usadas para artesanato. É uma das espécies mais cultivadas para a arborização de ruas das cidades brasileiras. Deve-se evitar a poda, para que a copa da árvore não perca a forma esférica. É indispensável para reflorestamento. Plante também espécies de características de crescimento : Secundária Ex. Pau Brasil – Caesalpina echinata em bosque tipo mata atlântica, ou Jacarandá Branco – Platypodium elegans em Bosque tipo Cerrado. Climácicas Ex. Cedro Rosa – Cedrella fissilis, em bosques tipo mata atlântica, ou a Sucupira Branca – Pterodon emarginatus em bosques tipo de Cerrado.

 

 

 

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   Espinheira-Santa - Maytenus Ilicifolia Reiss
 
 
 

 

 

 
 
 

 

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A espinheira-santa cujo nome científico é Maytenus ilicifolia Reiss, pertence a família Celastraceae.
 A espinheira-santa também é conhecida por diversos sinônimos, tais como: espinheira-divina, maiteno, salvavidas, sombra-de-touro, erva-cancerosa, congorça, cancerosa, cancorosa,e espinho-de-deus, e congorça
 Originária do Brasil, medra espontaneamente desde Minas Gerais até o Rio grande do Sul, sendo também cultivada.
 

Esta planta que se desenvolve melhor em climas mais amenos, tem sua reprodução garantida a partir de suas sementes.
 A espinheira-santa é um arbusto de grande porte, de origem brasileira. A espinheira-santa tornou-se conhecida no mundo médico em 1922 quando o professor Aluízio França, da faculdade de medicina do Paraná, relatou o sucesso obtido com ela no tratamento da úlcera. Entretanto, muito antes disso a planta já era famosa na medicina popular por suas propriedades curativas, e não só no combate aos males do aparelho digestivo. Para se ter uma idéia, ela era utilizada como remédio antitumor entre os índios brasileiros; no Paraguai, a população rural a empregava como contraceptivo; e na Argentina, como antiasmático e anti-séptico.
 A espinheira-santa (Maytenus ilicifolia) ganhou esse nome justamente pela aparência de suas folhas, que apresentam espinhos nas margens e por ser uma "santo remédio" para tratar vários problemas. Na medicina popular, a espinheira-santa é famosa no combate à úlcera e outros problemas estomacais. Ao que parece, a fama é merecida: na Universidade Estadual de Campinas (SP), farmacologistas analisaram a planta em ratos com úlcera e, segundo os pesquisadores, "nos que tomaram o seu extrato, o tamanho da lesão diminuiu muito rapidamente e, em comparação com os remédios convencionais, espinheira-santa provoca menos efeitos nocivos". A pesquisa prossegue, para determinar qual é o componente exato do vegetal responsável pelo efeito medicinal.
 A espinheira-santa, além de indicada contra vários males do aparelho digestivo, era muito usada no passado pelos índios brasileiros com outra finalidade: eles usavam suas folhas no combate a tumores (esse uso pode ter gerado um dos seus nomes populares de erva-cancerosa).

As folhas, frescas ou secas, são utilizadas no preparo de infusões para uso interno e externo. O efeito cicatrizante também pode ser observado no tratamento de problemas da pele.
 A espinheira-santa possui inúmeras propriedades terapêuticas conhecidas, tais como: analgésica, balsâmica, carminativa, anti-séptica, cicatrizante, diurética e estomáquica.

Mecanismo de ação da Espinheira-Santa

A espinheira-santa é uma planta medicinal com os seguintes usos etnofarmacológicos: carminativo, anti-séptico, levemente diurético e laxante; antitóxico, hepático e antitumoral.
 Sua propriedade tonificante se deve à reintegração das funções estomacais por ela promovida. Provavelmente devido aos taninos presentes revela um potente efeito anti-úlcera gástrica. Esta ação ocorre principalmente pelo aumento do volume e pH do conteúdo gástrico. Tem ainda poder cicatrizante sobre a lesão ulcerosa. Pela sua ação anti-séptica paralisa rapidamente as fermentações gastrointestinais.
 Certas hepatopatias têm como causa perturbações intestinais, nestas a espinheira-santa age corrigindo o funcionamento intestinal.
 Nas gastralgia acalma rapidamente as dores não diminuindo a sensibilidade do órgão, mas estimulando ou corrigindo a função desviada.
 Em estudo realizado pela UFMG, foi pesquisado o efeito da 4’- o- metil-epigalotequina extraída das folhas da espinheira-santa sobre a secreção gástrica de ácido induzida pela histamina. Os resultados confirmaram que os taninos da espinheira-santa reduzem a secreção basal de ácido clorídrico, assim como a secreção induzida por histamina. Em pesquisas sobre o efeito antiulceroso de frações hexânicas das folhas da espinheira-santa, verificou-se que a fração hexânica bruta na dose de 4mg/Kg foi efetiva em prevenir úlcera induzida por indometacina, semelhante ao efeito da cimetidina. Os triterpenos friedelina e friedelanol foram responsáveis por 50% da eficácia. Os princípios 4’-o-metil-epigalotequina e seu epímero 4’-o-metil-ent-galocatequina inibiram a secreção de ácido em mucosas gástricas isoladas de rãs de forma dose-dependente em concentração de 0,35mg%. Os flavonóides têm ação antiinflamatória.
 Algumas das ações etnofarmacológicas da espinheira-santa já foram bem definidos através de estudos científicos. Em um estudo realizado na UFMG, em que se pesquisou o envolvimento da histamina no mecanismo de ação do extrato bruto da espinheira-santa, verificou-se que em mucosas gástricas de rãs isoladas e incubadas em câmara hiperbárica ou em câmara de Ussing com solução de Ringer, o extrato bruto da espinheira-santa (ES) na concentração 5,6mg% (na câmara hiperbárica) a 14mg% (na câmara de Ussing) reduz a secreção gástrica de H+; paralelamente, observou-se que o estrato bruto de ES também inibe a secreção estimulada pela histamina somente lado seroso da mucosa gástrica. A cimetidina (10?M) e o extrato bruto de ES (7mg%) isoladamente não inibiriam a secreção gástrica de H+ , no entanto quando foram associados, inibiram a secreção de H+ no lado seroso da mucosa gástrica. Os resultados sugerem que o extrato bruto de ES inibe a secreção de H + e que envolve a participação de mecanismos relacionados à histamina.

Indicações de uso da Espinheira-Santa

A espinheira-santa é indicada como fitoterápico que ajuda a normalizar as funções gastrointestinais, especialmente como protetor contra úlcera gástrica. Também nas gastralgia, dispesias e intestinos atônicos constipados.
 A espinheira-santa tem ação tonificante, carminativa, cicatrizante, anti-séptica, levemente diurética, laxativa e anti-úlcera.

Contra-indicações

A espinheira-santa não deve ser administrada a crianças e nutrizes. Em mulheres que amamentam pode haver diminuição da secreção láctea.

Precauções

Apesar de raros, casos de hipersensibilidade podem ocorrer. Recomenda-se nestes casos descontinuar o uso e procurar orientação médica.

Comentários relacionados
 Santa Espinheira!

Comece a conversar sobre os benefícios de uma planta medicinal. Pronto! Chovem histórias e, se o papo ultrapassa os cinco minutos e você demonstra algum conhecimento nessa área, prepare-se: o fuzilamento é inevitável. Todos querem, ao mesmo tempo, fórmulas mágicas e respostas rápidas e eficientes para todos os males existentes em casa, na família, na vizinhança e nos arredores. “A gastrite do meu marido...”; “a úlcera que me acompanha há anos...”; “as minhas dores de estômago são algo mais...”; mamãe, coitada, tem uma hiperacidez...”; “minha família todinha sofre de úlcera gástrica!” Deu a louca no aparelho digestivo da espécie humana, meu Deus!!! Respiramos fundo e pensamos: só sendo santa mesmo para atender a tantos pedidos, né, espinheira? Pra selar de vez que era hora dela aparecer na Folha, descobrimos que bem próximo a nossa porteira há alguns exemplares dessa magnífica planta que , de tão temperamental que é, só nasce onde bem lhe convém. Tente transplantar uma mudinha para o seu jardim... Não vinga porque a Espinheira é santa mas é, também, selvagem e em seu habitat natural, aprende a se defender e, assim, produz os tais princípios ativos – terpenos, taninos, flavonóides, etc, etc...- que tanto bem promovem. Com elas na porta de casa, pudemos distribuir alívio quase em ritmo de pronta-entrega a todos aqueles que de tanto usar os pronomes possessivos acabam tornando-se sócios- proprietários dos males.Lembra da “minha gastrite, minhas dores...”Daí, foi correr para os livros a fim de ampliar os conhecimentos sobre a Maytenus Ilicifolia que é o nome de batismo oficial. Famosa há séculos na medicina popular, a Espinheira Santa só veio a balançar o metier clássico a partir de 1922 quando um professor de Medicina do Paraná relatou, ainda espantado com suas “descobertas”, o sucesso obtido com ela no tratamento da úlcera gástrica. Além de aumentar o volume e o PH do conteúdo gástrico, ela tem poder cicatrizante sobre a mucosa ulcerada e alivia imediatamente a dor. Não é uma benção, diga lá? Normalizando as funções gástricas, a Espinheira ainda dá uma caminhada pelo organismo da gente, regularizando de forma bastante eficaz os intestinos constipados. No uso externo, em decocção (cozimento das folhas), é ótima para lavar úlceras e feridas, tendo excelente efeito cicatrizante. Não existem relatos de efeitos colaterais e a única recomendação preventiva é a de não administra-la a crianças e gestantes porque pode diminuir a secreção Láctea. Cuidado mesmo você só precisa ter na hora de colher a planta pois a folha da Espinheira Santa é cheia de pontas, bem finas que alfinetam a gente. Um lembrete: apesar de existir no mercado a tintura de Espinheira prontinha para o uso, sugerimos para quem já possui a sua úlcera, o uso e abuso do chá, em infusão (20g de folha seca para 1 litro de água, de 3 a 4 xícaras por dia), bem morninho. Seu aparelho digestivo doido de tanto stress e doído, dos nossos mínimos e múltiplos excessos gastronômicos, vai agradecer a escolha. Experimente!
 

Trate pele e cabelos com a poderosa argila branca!

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A argila é um ingrediente que vem cada vez mais se tornando comum em clínicas de estética e spas, no tratamento de pele e cabelos devido às suas muitas propriedades. Especialmente a branca, que tem ph próximo à pele e é a mais leve entre todos os tipos de argilas.

Coletada diretamente do solo, ela é o resultado da mistura de elementos como derivados do alumínio, silicatos e hidróxidos coloidais, também possuem em sua composição: ferro, potássio, boro, alumínio, enxofre e cálcio, que são essenciais para a pele.

Como a argila branca age na pele?

Descrição: Argila branca na pele

Máscara para o rosto | Imagem: Reprodução

A argila branca, ou caulim, possui propriedades cicatrizantes, purificantes, adstringentes, remineralizantes e antissépticas. Devido à grande quantidade de oligoelementos, inclusive pelos minerais em sua composição, especialmente o silício. Como tem elevada porcentagem de alumínio, é especial para peles sensíveis.

Esta argila clareia manchas de senilidade, age como um desintoxicante corporal, reduz a oleosidade da pele, por isso combate cravos e espinhas, reduz rugas e linhas de expressão, é adstringente, remineralizadora, suavizante, cicatriza e também catalisa as reações metabólicas do organismo. Pode ser usada no corpo inteiro.

Como aplicá-la em casa?

É simples o preparo e aplicação da argila branca na pele! Basta colocar em um recipiente, duas colheres de sopa de argila e ir misturando água ou soro fisiológico aos poucos, até que forme uma pasta cremosa. Limpar bem a pele e aplicar no rosto (ou corpo) com um pincel, no sentido de baixo para cima e deixar agindo por trinta minutos, sem fazer movimentos musculares. Após esse tempo, retirar a máscara com água e aplique um hidratante de sua preferência. Não se assuste se a pele ficar vermelha, pois isso logo passa, assim como um pouco de ardência durante o tratamento é normal. O tratamento com a argila branca não tem contra-indicação e, após a aplicação, você notará a maciez!

Os cabelos também podem se beneficiar!

Descrição: Argila branca no cabelo

A argila também possui propriedades benéficas aos cabelos, já que possui elementos muito eficientes na nutrição e hidratação e pode devolver a queratina perdida pelos fios danificados. O tratamento com a máscara de argila branca chama-se popularmente de “plástica capilar” e serve para todos os cabelos que estão precisando de um “help”, danificados por químicas, chapinha e secador, por exemplo. Ela devolve o viço, a hidratação, maciez e deixa os fios brilhosos e cheios de vida. Como ela ajuda a desobstruir os poros, auxilia no fortalecimento e crescimento saudável dos cabelos, repondo as proteínas e selando os fios.

O tratamento deve ser feito em salão de beleza, com a ajuda de profissional competente e repetido a cada quinze dias.

 

 

 

Pata de Vaca – Propriedades Medicinais

A pata de vaca (Bauhinia forticata), é uma árvore Brasileira nativa da Mata Atlântica e de outros biomas.Pouco usada em arborização urbana devido a seu tronco espinhoso, é no entanto portadora de uma das mais belas flores e folhagem entre as Bauhinias.É usada tradicionalmente como medicamento, e tem sido objeto de estudos no controle da diabete. Estudos científicos comprovaram que contém insulina. Essa árvore, nativa da Mata Atlântica, é pioneira e importante na regeneração de matas degradadas. (Fonte: Wikipedia)

Descrição: Pata de Vaca

Pata de Vaca

Nomes Populares:
•Acumã,
•Alomã,
•Alumã,
•Árvore do pinguço,
•Castanheiro da Índia
•Pata de Vaca

Propriedades:
•É analgésica,
•depurativa,
•diurética,
•Abre o apetite
•auxilia em casos de anemia,
•regimes de emagrecimento,
•obesidade,
•Cuida de afecções hepáticas do estômago e do baço,.
•problemas na vesícula,
•Indicada em casos de cálculos da bexiga,
•cálculos nos rins,
•diabete melito,
•diarréia,
•diurese,
•doenças do coração,
•doenças urinárias
•gota,
•hemofilia,
•  hipertensão arterial

Precauções:
•Gestantes devem evitá-la,
•Em dosagens exageradas pode causar irritação gástrica

 

 

 

COCO DA BAÍA

Cocos nucifera

Descrição : Da família das Arecaceae, também conhecida como coco, coqueiro, Kokospalm , cocoa, noix de coco, coconut, palma de cocco. Palmeira com caule sem ramificação marcado por vários anéis que são cicatrizes das folhas caídas. Seu porte é elegente, ligeiramente curvado em virtude da ação dos ventos. Na variedade arbórea o seu caule atinge até 26 m de altura, o que não acontece na variedade anã. Suas raízes alcançam de 6 a 7 metros de comprimento, dependendo do solo ser mais ou menos arenoso. As folhas penadas formam uma copa elegante. As flores, brancas e carnudas, se agrupam em um cacho, constituído de flores masculinas e femininas. O fruto é recoberto por uma casca lisa, dura e fibrosa, na cor verde, quando ainda não maduro. A semente é constituida por uma casca lisa, dura e fibrosa, na cor verde, quando ainda não maduro. A semente é constituida por uma casca dura, uma polpa de cor branca, carnuda e adocicada e em seu interior se encontra água.

Plantio : É uma planata típica de regiões tropicais, não suportando ventos frios e geadas. O solo ideal para o plantio é o alcalino, úmido, fértil, profundo e bem drenado. Sua produção começa nos seis ou sete anos após o plantio. Dá frutos o ano todo e devem ser colhidos quando já tiverem bastante água ou sua polpa engrossar, o que pode ser recolhecido pela coloração marrom de sua casca. A reprodução ocorre por fruto-semente.

Parte utilizada: Castanha, água.

Modo de conservar : O fruto inteiro deve ser mantido fechado, até o momento do consumo do seu endosperma líquido da semente. Para o aproveitamento do endosperma líquido da semente deve ser retirada a casca fibrosa do fruto e a casca dura da semente. A casca fibrosa do fruto é seca ao sol e armazenda em local seco e venitado. A casca dura da semente é guardada para ser transformada em carvão.

Origem : Arquipélago malaio e foi trazido para o Brasil pelos colonizadores, por volta de 1553.

Princípios Ativos: acetovanilona, ácido ascórbico, ácido cáprico, ácido caprílico, ácido Cítrico, ácido ferúlico, ácido láurico, ácido mirístico, ácido quínico, ácido succínico, ácido valínico, celulose, chlorina, fitosterol, inositol, tocoferol, vanilina e vitamina E. 100 gramas de polpa contém 589,8 calorias, 14 gramas de água, 27,80 gramas de hidratos de carbono, 5,70 gramas de proteínas, 5,50 gramas de gorduras, 2 gramas de sais, além de vitaminas A (5UI), B1 (173 mcg), B2 (102 mcg), B5 (0,1 mg) e C (8,2 mg).

Propriedades medicinais: Antiinflamatória, calmante, condicionante, emoliente, hidratante, nutritiva, oxidante, protetora das membranas celulares, refrescante, remineralizante, umectante.

Indicações: Abscessos, abrir o apetite, afecções respiratórias, amaciante da pele, angina, artrite, blenoragia, bronquite, bronquite asmática, calmante, cefaléias, cistite, colesterol, cólicas abdominais, desinterias, desnutrição, diarréias, dores, febre, fortificante dos músculos e das gengivas, furúnculos, hidratante, icterícia, inchaço nas pernas, inflamação do canal da uretra, inflamações dos olhos, irritações gastrointestinais, nefrite, nutriente, repositor de sais minerais, tosse, traqueíte, úlceras gástricas, vermífugo (teníase), vômito na gravidez. Castanha: úlceras de estômago, inflamações intestinais, artrite, asma, tosse, afecções das vias respiratórias; Água-de-coco: hidrantante, enfermidades da bexiga; Leite de coco: asma. Coco fresco ralado: vermes intestinais; Óleo de coco: dor em dentes cariados, além de facilitar sua extração.

Contra-indicações/cuidados: não encontradas na literatura consultada. Podem ocorrer eventualmente reações alérgicas e ressecamento na pele com o uso externo, em pessoas sensíveis.

Modo de usar: Leite de coco: 2 colheres tomadas pela manhã e à noite contra ataques asmáticos. Coco fresco ralado: 1 colher pela manhã: ajuda a expulsar vermes intestinais; Água do côco: desidratação; Polpa do coco: fortificante nos casos de anemia; Decocção da casca e do tronco : diurético.

Nutritivo; hidratante; refrescante; calmantante : lave muito bem 1 fruto verde em água corrente. Perfure a parte da polpa e introduza um canudo de plástico. Deve-se sugar o máximo de líquido que se conseguir, durante o dia todo.

Para amciar e dar btilho nos cabelos : friccione o couro cabeludo com a gosdura da semente. Em seguida, lave os cabelos normalmente. Repita o tratamento, de 2 a 3 veze na semana.

Obtenção da gordura da semente : rale a polpa de semente. Coloque em um saco de pano bem fechado, em seguida em uma vasilha com água e leve ao fogo lento, deixando em fervura. O óleo desprende-se e fica sobre a água. Deixe esfriar, a gosdura se solidifica à superfície deve ser retirada com uma colher. Quando mais madura a semente, maior o aprodução de gosdura.

Artrite; reumatísmo; dores musculares; entorses : em uma panela, coloque 3 xícaras de café de gordura da semente e leve ao fogo. Deixe aquecer e acrescfente 1 xícara de café de alho picado, 1 xícara de café de gengibre picado e 1 xícara de café de pimenta malagueta amassada. Deixe em fogo brando por 10 minutos. Coe em um pano, espremendo o resíduo e espere esfriar. Use em massagens ou compressas sobre o local dolorido.

Hemorróidas : coloque 3 ou 4 pedaços fatiados da casca fobrosa do fruto em 1 litro de água em fervura. Deixe ferver por 10 minutos e coe. Ainda morno, faça banho de assento, massageando suavemente.

Diarréias : coloque 1 colher de sobremessa do carvão em pó em 1 xícara de chá de água. Misture bem. Tome 1 xícara de chá após cada evacuação, e odtendo melhora, suspenda o tratamento.

Leite de coco, sem aditivo e nem onservantes : retire a casca dura da semente de 1 coco fresco e com uma faca afiada, a pele marrom da polpa. Fatie bem essa polpa e coloque os pedaças fatiados no liquidificador,a crescentando 1 xícara de chá de água. Triture, coe em um pano e esprema obtendo o leite de coco. O resíduo que fica no plano deve ser seco ao sol.

Descrição: Coco

Economia do Amazonas

O Estado do Amazonas tem uma das áreas de floresta amazônica menos devastadas (apenas 2%), pois sua vocação econômica foi desviada para, por exemplo, o Pólo Industrial de Manaus, a partir da criação da Zona Franca de Manaus em 1967. Os governos têm procurado incentivar o chamado desenvolvimento sustentável, voltando-se para a preservação do legado ecológico. A valorização do manejo da floresta como fonte de renda contribuiu para que o Amazonas enfrentasse o desafio de reduzir o desmatamento em 21% em 2003, segundo o Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais – INPE.

O IDH do Amazonas é 0,780 (2000) e sua economia corresponde a 1,6% do PIB nacional, baseando-se na indústria, eletro-eletrônica, de motocicletas, químico-farmacêutica, gráfica e relojoeira, indústria de transformação de minerais, de beneficiamento de matéria prima vegetal (inclusive madeira) e alimentícia, extrativismo vegetal, extração e processamento de petróleo e gás natural, agricultura, pesca, mineração, pecuária e ecoturismo.

Sua indústria concentra-se na cidade de Manaus, que detém o 4º maior PIB entre os municípios brasileiros, em conseqüência, principalmente, do crescimento do Pólo Industrial de Manaus e da movimentação de gás natural e petróleo. O faturamento anual dessa indústria é de 18,9 bilhões de dólares, com exportações superiores a 2,2 bilhões de dólares. São mais de 450 fábricas de grande, médio e pequeno porte, que fazem a maior quantidade da produção brasileira de televisores e monitores para PC, inclusive de LCD e plasma, cinescópios, telefones celulares, aparelhos de som, DVD players, relógios de pulso, aparelhos de ar condicionado, bicicletas e motocicletas, oferecendo mais de 120 mil empregos diretos somente em Manaus. Ao todo são mais de 500 mil empregos diretos e indiretos. (fonte: SUFRAMA).

Os principais produtos do extrativismo vegetal são: madeira, borracha, castanha-do-pará, cacau, essências, óleos de copaíba e andiroba, piaçava, coco, açaí, e bacuri. A extração mineral continua se expandindo e os produtos mais importantes são: bauxita, ferro, sal-gema, manganês, linhita, ouro e cassiterita, nos municípios de Presidente Figueiredo e Novo Aripuanã, diamantes, níquel, cobre, calcário, gipsita, chumbo, caulim e estanho. A extração de petróleo e gás ocorre no campo de Urucu, em Coari, com processamento e distribuição a partir da REMAN – Refinaria de Manaus.

Na agricultura os principais produtos são: juta, malva, guaraná, mandioca, banana, cana-de-açúcar, feijão, laranja, cacau, cupuaçu, milho e pimenta-do-reino, enquanto que a pecuária apresenta gado bovino, suíno e bubalino em pequena escala. O sul do Estado é a área mais utilizada para o desenvolvimento da agricultura e pecuária, nos municípios de Apuí, Humaitá, Novo Aripuanã e Manicoré, mas a pecuária também tem destaque nos municípios de Altazes e Careiro da Várzea.

O ecoturismo, com crescimento médio de 6% ao ano, é o segmento que mais se expande, conforme dados da FGV. No Estado operam hotéis de selva de nível internacional, que oferecem incursões e outras atividades na floresta amazônica, além de empresas de cruzeiros fluviais e de pesca esportiva.

Na atualidade, através do calendário de feiras nacionais e internacionais da Amazônia, sob a sigla - FIAM - na Suframa, atrai diferentes investidores, brasileiros e de outras nacionalidades, a investir nos diferentes pólos tecnológicos, existentes na região e, principalmente, no Pólo Industrial de Manaus (PIM), em franco desenvolvimento, e os estrangeiros podem conhecer grandes oportunidades de negócios que o potencial econômico da Amazônia proporciona e é capaz de oferecer, como sua infra-estrutura, mão-de-obra qualificada e várias outras vantagens competitivas.

As Feiras promovem o potencial econômico da região, inclusive produtos industrializados de ponta e regionais, feitos com base em matérias-primas locais, assim como atrativos turísticos, visando o desenvolvimento sustentável, estimulando o intercâmbio comercial, cultural, científico e tecnológico.

Na programação da FIAM na Suframa no Pólo Industrial de Manaus, com diferentes pólos industriais do estado do Amazonas, o maior estado em extensão territorial da Federação, onde estão a exposição de produtos regionais e industriais, projetos institucionais, seminários e palestras sobre diversos temas, especialmente os relacionados a inovação tecnológica, biodiversidade, turismo, formação de capital intelectual e outros, principalmente ligados ao desenvolvimento sustentável da região.

Produto Interno Bruto

Em 2004, o Produto Interno Bruto (PIB) do Amazonas chegou a R$ 35.889.111,00 , ou seja, representando 3,4% do PIB nacional, sendo colocado como o Estado com o maior PIB da Região Norte, ultrapassando o Pará. Assim, o Amazonas coloca-se como o Estado mais rico da Amazônia e o terceiro estado mais rico das regiões Norte e Nordeste, sendo superado apenas pela Bahia e por Pernambuco. O Amazonas também é colocado na posição de 11º estado mais rico do país, de enorme importância para o crescimento e a economia do Brasil, por ser um estado com grandes relações econômicas internacionais.

Descrição: Vista Panorâmica de Manaus.

 

 


Governo do Estado prepara diagnóstico do setor de petróleo e gás no Amazonas

O Amazonas tem a segunda maior reserva de gás comprovada do país, entretanto, por falta de mercado consumidor, 61% do gás produzido é reinjetada nos poços. A informação foi divulgada nesta terça-feira, 14 de fevereiro, pelo diretor técnico comercial da Companhia de Gás do Amazonas (Cigás), Clovis Correia Júnior, durante o 1º Workshop da Indústria Petrolífera – Planejamento Estratégico, Logística e Economia, promovido pelo Governo do Estado, por meio da Secretaria de Mineração, Geodiversidade e Recursos Hídricos (SEMGRH).

 Os técnicos do Governo, da Cigás, da Petrobrás e da empresa HRT que participaram do Workshop, apontaram três saídas para vencer os obstáculos que impendem a expansão do setor de gás natural no Amazonas. A primeira delas é a transformação da matriz energética do Polo Industrial do Amazonas. A segunda é o desenvolvimento no Estado de uma indústria de cerâmica branca, a partir da exploração das reservas de Caulim já identificadas no Amazonas. Outro caminho apontado é a criação de uma infraestrutura logística para levar o gás produzido no estado para outros mercados consumidores.

 Segundo o secretário da SEMGRH, Daniel Nava, todos os problemas identificados e as propostas apresentadas serão incorporados ao diagnóstico do setor que será elaborado pelo Governo do Amazonas, a partir do Workshop. As discussões e debates realizados também apontaram para necessidade da elaboração de indicadores econômicos do setor que possam nortear os futuros investimentos no estado.

Daniel Nava explicou que todas as informações e propostas apresentadas durante o workshop vão nortear a elaboração de uma política estadual para o setor, onde o Estado terá o papel de regente das ações, conciliando as demandas da população das áreas de abrangências das atividades petrolíferas com os investimentos realizados pelas empresas, seja por meio de ações compensatórias ou auxiliando as prefeituras e sociedade local na elaboração de projetos de infraestrutura, qualificação de mão-de-obra, educação, saúde, entre outras áreas.

 Fóruns no interior – Também ficou acertada durante o Workshop a elaboração de uma agenda de discussão com a sociedade, a partir da realização de fóruns nos 12 municípios localizados nas áreas de influencia das atividades petrolíferas. Os fóruns serão realizados nos municípios de Coari, Tefé, Juruá, Carauari, Tapauá, Silves, Itapiranga, Itacoatiara, São Sebastião do Uatumã, Urucará, Autazes, Caapiranga e Anori.

A necessidade de investimento em formação de mão-de-obra, especialmente em nível técnico, foi outra demanda apresentada tanto pela Petrobras quanto pela HRT e que será objeto de ações do Governo do Estado. O secretário Daniel Nava lembrou que a SEMGRH já estabeleceu parcerias com a Universidade do Estado do Amazonas (UEA), Instituto Federal do Amazonas (Ifam) e Universidade Federal do Amazonas (Ufam) para instalação de cursos voltados para atender as demandas não só da indústria petrolífera, mas do setor mineral como um todo.

 Além da necessidade de mão-de-obra qualificada, o gerente de exploração da Petrobrás, Júlio Cesar Coelho, apontou ainda como desafios para expansão das atividades da empresa no Amazonas a necessidade de adequação da infraestrutura aeroportuária dos municípios de Coari e Carauari e a melhoria das condições do aeroporto de Anori, considerado estratégico pela empresa por sua localização estratégica, no meio do trajeto entre Manaus e Coari.


Petróleo e gás: papel do Estado
 
 
 

 

 

 

 

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Economia e Energia

 
 
O PETRÓLEO e GÁS: O PAPEL DO ESTADO

José Fantine*

Carlos Feu Alvim**

Sumário

 Introdução                                                                                           2

O cenário mundial na geopolítica do petróleo e do gás a partir dos anos setenta   

Momentos de destaque no negócio petróleo e gás no Brasil    

Antecedentes à Criação da Petrobras                                          

A década de 50 – a luta para o Brasil deixar de ser um espectador no cenário petrolífero cartelizado                        

A década de 60 – a afirmação no cenário nacional   

A década de 70 – consolidação e crescimento         

A década de 80 – a saída das grandes crises internas e as mudanças  de paradigma                                

A década de 90 – época de mudanças no marco legal           

A primeira década do século – um novo paradigma               

Nossa conclusão sobre esse assunto histórico                              

 

Introdução[1]

No número anterior da revista e&e (No 67) iniciamos a abordagem do tema petróleo do pré-sal. As descobertas mudaram o quadro do setor petróleo no Brasil. Se forem confirmadas as atuais perspectivas, estaremos diante de uma reserva adicional de 50 bilhões de barris de petróleo que, a 120 US$/barril, representam 6 trilhões de dólares [2]. Trata-se de uma quantia correspondente a 37 anos de exportações brasileiras, no nível de 2007, ou cinco vezes toda a exportação brasileira nos últimos sessenta anos (valores corrigidos) e cerca de 4 vezes o total das exportações anuais dos EUA em 2007.

Como o monopólio de petróleo segue sendo da União, o Estado é parte principal no equacionamento do problema que envolve a movimentação de tão fantástica soma de divisas. Não existisse o monopólio e esse ainda seria um assunto que requereria a ação do Estado.

Com a perspectiva da permanência dos preços de petróleo em faixa superior a 50 US$ o barril, toda a política energética mundial está sendo revista.

No Brasil existe uma longa tradição de planejamento energético, notadamente o elétrico. O longo período de maturação e a necessidade de integração dos projetos assim o exigiram. No setor petróleo, pela existência do monopólio do Estado exercido pela Petrobras, este planejamento esteve muito entregue à própria empresa. Foi a crise de preços do petróleo de 1979 e suas pesadas conseqüências para o País que levou a um fortalecimento do planejamento energético como um todo, que passou a ser feito no Governo Figueiredo pela Comissão Nacional de Energia[3]. O liberalismo dos anos noventa levou praticamente a desativação dos mecanismos de planejamento energético, inclusive o elétrico. Somada às incertezas institucionais na privatização e à falta de investimentos, a descrença no planejamento acabou conduzindo à crise de abastecimento elétrico de 2001.

No presente governo houve a retomada das atividades de planejamento energético de longo prazo, organizada em torno da Empresa de Pesquisas Energéticas - EPE e maior atividade do Conselho Nacional de Política Energética – CNPE, o que vem facilitando as adaptações necessárias. Também as Agências Reguladoras, instituídas no Governo anterior, vêm contribuindo para essa adaptação.

O setor de geração de energia elétrica foi estruturado para administrar a concorrência entre as várias fontes: hidroelétrica, gás natural, óleo combustível, biomassa, solar e eólica. A convivência entre os capitais privado e estatal encontrou aparentemente um ponto de equilíbrio. O uso da biomassa como combustível está sendo desenvolvido aproveitando a experiência anterior com o programa do álcool e os programas de conservação estão estruturados. Não se espera, portanto, descontinuidades ou mudanças de impacto nos modelos, estando aparentemente equacionados os problemas de convivência entre os capitais privados nacionais e estrangeiros (por ora, pouco importantes) e o estatal. Já no caso do setor petrolífero e do gás natural, no que concerne a sua expansão no Brasil, muito há o que discutir e entender.

Enquanto o mundo discute a possibilidade do fim da era do petróleo no decorrer deste século, o Brasil está passando de um modelo de escassez para um de fartura de óleo nas próximas décadas, confirmando-se, como se espera, as reservas do pré-sal. O quadro do setor mudou em 1996 quando o monopólio antes exercido por uma empresa, a Petrobras, foi substituído por um regime aberto de concessões. A Petrobras soube se adaptar às mudanças introduzidas no sistema, ela reforçou sua participação no mercado mundial e possui hoje um patrimônio de US$ 250 bilhões, que pode ainda evoluir para um outro patamar de mais de US$ 500 bilhões nos próximos dez anos, tornando-se uma das maiores empresas do mundo.

Neste trabalho abordamos algumas questões relacionadas com a evolução do setor petróleo e gás no mundo, que ajudam a compreender o caso brasileiro e, também, a evolução da Petrobras no cenário nacional.  Um dos pontos de destaque é o da participação do Estado, no Brasil e no mundo, na Indústria de Petróleo e Gás.

O cenário mundial na geopolítica do petróleo e do gás a partir dos anos setenta

A participação do petróleo na matriz energética mundial (Figura 1) só tornou-se relevante no início do século vinte e passou a ter importância estratégica a partir da Primeira Guerra Mundial[4]. Em uma primeira etapa ele foi estratégico do ponto de vista militar, mas com a crescente participação no consumo energético mundial e por sua desigual distribuição geográfica, ele passou a ser um insumo economicamente estratégico a partir dos anos trinta do século passado (ultrapassou 10% do consumo mundial). A divisão do mundo que resultou da primeira guerra mundial passou a assegurar às nações líderes o acesso ao petróleo.

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Figura 1: Projeções de C. Marchetti (1984) comparadas com a evolução real da participação das fontes energéticas (em cores) (IEA)

Da consolidação do petróleo como negócio e indústria, no fim do século XIX nos EUA, até a década de 70 do século passado, a atividade petrolífera seguiu, nos países do terceiro mundo, o modelo semelhante ao de outros negócios intensivos de tecnologia e capital – um modelo de exploração tipicamente da era colonial. Nesse modelo, os países detentores das reservas de matéria prima cediam suas áreas para exploração para poucas companhias dos países dominantes (EUA, Inglaterra/Holanda, França). Essas empresas detinham todos os direitos e revertiam “atraentes” 50% dos lucros da atividade para os países hospedeiros. Mas, como dominavam todo o ciclo, do poço ao posto, escolhiam o refino e a distribuição como carros-chefe para a sua lucratividade, com isso desvalorizando o óleo, que custava então US$ 2 o barril. Tirados os custos, quase nada sobrava de lucros para os países concedentes, configurando-se  o modelo colonial de exploração.

A Segunda Guerra Mundial re-dividiu o mundo ampliando a área coberta pelos países ditos comunistas. A União Soviética e posteriormente a China passaram a liderar uma porção importante do mundo, mas sem exercer pressão significativa sobre o comércio mundial de petróleo, já que os soviéticos tinham excedentes de óleo que exportavam para sua zona de influência e os chineses foram auto-suficientes ou exportadores até o início da década de noventa.

A situação do petróleo no mundo muda drasticamente na década de 70 por várias razões, mas basicamente pela constatação das perdas existentes para os países exportadores, pelo surgimento de lideranças descomprometidas com o status quo então vigente e da situação da Guerra Fria, que limitava as intervenções militares. Ações progressivas ocorreram desde a década de 50, com a nacionalização do óleo no Irã, depois revertida com a deposição do líder Mossadegh, e com a criação da OPEP[5] em 1960, reunindo grandes exportadores de óleo e dando-lhes um canal político de pressão para exigir melhores preços para ele. Também, as ações da ENI italiana, fundada em 1953 pelo governo italiano com o objetivo de desenvolver uma estratégia energética nacional para garantir o suprimento de óleo ao país, ajudaram a desestabilizar o então cartel dominante[6], oferecendo maiores lucros aos países produtores.

Com a guerra do Yom Kippur em 1973, os países árabes, seguidos por todos os países não desenvolvidos possuidores de grandes reservas, resolveram usar o petróleo como arma de pressão, desencadeando a elevação dos preços do óleo (de 9,7 US$/b para 49 US$/b em 1974 em moeda de 2007) e todo um processo de nacionalização durante a década. Em 1979, novos fatos no jogo de poder no Oriente Médio, a força decorrente da posse das reservas pelos países antes concedentes de licenças para explorar e os esforços da OPEP, como organização, levaram o preço anual médio do óleo (1980) para 96 US$ de 2007 o barril, dez vezes mais do que o de 1970. A evolução do preço do barril é mostrada na Figura 2 em dólares correntes e em US$ de 2007, sendo que os preços médios para 2008 (US$ 110/b até Junho) já superam o recorde anual de 1980.

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Figura 2: Preços Spot do petróleo em dólares americanos correntes e de 2007

Fonte: Platts em BP Statistical Review of World Energy June 2008 em   https://www.bp.com/statisticalreview consultado em 15/07/2008

Estabeleceu-se, então, a partir da década de 80, o primado das grandes estatais dos países árabes, africanos, latino-americanos e asiáticos, substituindo, nos seus países, as grandes multinacionais do óleo que até então dominavam a produção no planeta (menos no Brasil, México, Argentina, URSS e China, que haviam nacionalizado seus negócios nesse campo entre 1917 e 1953, e em poucos outros países sem expressão no negócio óleo/gás). Não há na história mundial exemplo de nacionalização tão ampla de recursos naturais como a que ocorreu na década de 70, quando pela primeira vez países pobres e sem poder militar, detentores da estratégica matéria prima, assumiram, sem guerras ou retaliações significativas, o papel das empresas estrangeiras concessionárias (todas de países ricos e demandadores dessa matéria prima). Se antes as multinacionais estrangeiras, na época não mais do que 10 empresas, dominavam 80% das reservas mundiais de petróleo, em menos de uma década ficaram somente com um quinhão menor que 20%, situação que não mudou até os dias atuais.

O mundo passou desse período de extremo rigor nos processos nacionalizantes para outro, na década de noventa, de ondas de liberalização com ações privatizantes e de abertura em muitos países, incluindo o Brasil. Porém, a partir do final daquela década, novamente ações de Estado se fizeram sentir com peso, citando-se o fortalecimento do controle estatal russo sobre o segmento, as novas posições de países como a Bolívia, a Venezuela, a Argentina e o Equador, a não abertura total como fora prevista para a Itália, França e Noruega e a não abertura, que também fora prevista acontecer, dos monopólios no México, Venezuela, países árabes e africanos.

Contribuíram para essa reversão de expectativas e de posicionamentos: 1. a baixa renda gerada para o Estado em alguns casos de desnacionalizações gravosas; 2. a escalada militar dos EUA no Oriente demonstrando a fragilidade da tese do petróleo “commodity não estratégica”; 3. a valorização do óleo e do gás estimulando os governantes a tentarem novamente ser os detentores da riqueza gerada e do poder decorrente disso; 4. a revisão, no geral, da onda liberalizante em função das crises a ela atribuídas em dezenas de economias.

O petróleo e o gás representam as principais fontes energéticas a movimentar a economia mundial: 60% do total da energia comercial consumida no mundo; apenas o carvão competindo com 28% do total, e a nuclear e hídrica, com 12%. A evolução dessa participação ao longo do tempo está mostrada na Figura 3 em energia equivalente onde as energias nuclear e hídrica são valorizadas considerando a eficiência na geração de conversão em eletricidade. Este tipo de equivalência valoriza devidamente a energia hídrica. Os outros tipos de energia (solar, eólica, madeira e resíduos) eram responsáveis em 2004 (https://www.eia.doe.gov/emeu/iea/) por uma geração elétrica que representava 12% da hídrica ou 0,7% do total, não sendo ainda significativos em termos de participação.

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Figura 3: Participação das fontes primárias de energia, ditas comerciais, no mundo. Fonte de dados: BP

Como pode ser observado, petróleo e gás estão longe de cederem seus lugares para os concorrentes novos ou antigos, seja por falta de oferta, ou de preços competitivos, ou de adequadas infra-estruturas de produção e distribuição, ou de tecnologias para uso disseminado. Em relação às projeções mostradas na Figura 1 (C. Marchetti 1984) o que se pode observar é que a esperada transição para o gás e para o nuclear não seguiu como esperado. A participação do petróleo só tem caído mediante choque de preços e a resposta mais imediata tem sido sempre a retomada de espaço pelo carvão, o que contribui para incrementar o efeito estufa.

Quanto à participação do Estado nos assuntos de petróleo, pode-se dizer que ela nunca deixou de ser relevante. Nos países periféricos ela se dá principalmente na área econômica; nos países centrais, onde os interesses do sistema produtivo nacional estão fortemente ligados ao Estado, sua ação se dá, muitas vezes, através da capacidade desses países em projetar seu poder por vias diplomáticas, econômicas ou militares. O governo dos EUA, país considerado como protótipo da economia de mercado, intervêm diretamente na permissão de exploração do petróleo em suas águas territoriais, na preservação do controle acionário de suas empresas no setor, sem contar com suas intervenções, por todos os meios disponíveis, na geopolítica do petróleo.

Passadas as ondas estatizantes e privatizantes mais agudas, novas formas de encarar o segmento de petróleo e gás se consolidam de forma a se manter o interesse do Estado como determinante, sem deixar de integrar-se em um modelo de participação de vários atores. O que mudou, essencialmente, foi o sentimento, agora aparentemente majoritário, de que o petróleo e o gás são, de fato, importantes fatores de poder e de renda, de desenvolvimento, que o mundo aceita formas distintas de conduzir esse negócio sem maniqueísmos redutores que só vêem o bem ou o mal, conforme a ótica predominante de reserva total para o Estado ou para o setor privado.

A questão do petróleo e do gás tornou-se ainda mais crítica no Oriente Médio a partir de 1990, com as guerras Iraque-Kuwait-EUA  e, mais a seguir, após 2000, com as tensões com o Irã e com  os EUA novamente se envolvendo em guerra com o Iraque, dono de uma das maiores reservas de óleo do mundo - conflito segundo alguns justamente por conta dessa riqueza.

A evolução das reservas por região (Figura 4) mostra que a forte dependência do óleo do Oriente Médio, que existia em 1980 (54%), aumentou em 2007 (61%). As reservas provadas no Oriente Médio somavam, em 2007, 755 bilhões de barris e fora dele, 483 bilhões, totalizando 1238 bilhões de barris no mundo. As reservas fora da OPEP são de 303 bilhões de barris, sendo que 175 pertencem a países que integravam a antiga União Soviética e sobre os quais a Rússia segue tendo influência. Ou seja, fora da OPEP e da antiga União Soviética ficam 128 bilhões de barris. A possibilidade de um acréscimo de 50 bilhões ou mais na reserva brasileira (13 bilhões de barris em 2007) é um fato relevante na geopolítica do petróleo. Considerando ainda que a América do Sul e a Central aumentaram sua participação nas reservas de 4% para 9%, fica claro que a região cresceu de importância no panorama mundial.

No Oriente Médio, os negócios do petróleo e do gás têm a influência da OPEP e sofrem pesada oposição de movimentos nacionalistas em relação à possibilidade de acordos com os países mais ricos, grandes importadores de óleo e gás. O Iraque, não obstante a abertura de suas reservas no quadro da atual ocupação militar pelos EUA, e o Irã, (possuidores de 20% da reservas mundiais de óleo), estão longe de se tornarem fornecedores ideais de óleo para esses países.

Na África, movimentos guerrilheiros ou nacionalistas não dão trégua em alguns países, lutando contra as concessões petrolíferas ou contra os governos instituídos. Na América do Sul, Venezuela, Bolívia e Equador mudam seus planos liberais e impõem nova ordem no setor.  E a Rússia, a maior exportadora de óleo e de gás, resolveu valorizar novamente suas estatais e a ação do Estado, re-estatizando algumas empresas e assumindo o controle dessa indústria, que passara por um processo de privatização e de estabelecimento de concessões convencionais no governo anterior de Boris Yeltsin.

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Figura 4: Distribuição das reservas de petróleo mundiais com a indicação, à direita, do total por região para o ano 2007.  Fonte de dados: BP

Com todos esses ingredientes, com a continuada elevação da demanda e com o esgotamento das folgas[7] para exportação, o preço do óleo chegou à faixa de US$ 130 a 145 o barril em julho de 2008. Assim, o mundo está diante de uma mudança complexa no segmento de óleo e de gás pelo casamento de três variáveis independentes (oferta sem folgas, demanda sem perspectivas de queda em curto prazo e tensões em zonas críticas de produção[8]) e para as quais pouco se tem a fazer. Para aliviar a  situação seria necessário o anúncio de grandes descobertas fora do Oriente Médio ou que as tensões naquela região sejam reduzidas de forma permanente, o que parece não ser possível no curto prazo.

No médio e longo prazos, os altos preços levarão à contenção da demanda e à oferta de outros energéticos. Nas crises dos anos setenta havia a perspectiva de um retorno ao carvão mineral[9]; hoje as restrições das emissões de efeito estufa colocam uma pressão, adicional ao preço, sobre todos os combustíveis fósseis, mas que limitam o retorno ao carvão. Por outro lado, os altos preços do óleo viabilizam a entrada de óleos de novas fronteiras bem como o desenvolvimento de tecnologias para a captura/não emissão de carbono com os elevados lucros e impostos gerados na cadeia de valor do petróleo e gás. Não de deve esquecer, no entanto, que este é um processo demorado e que esbarra, no longo prazo, com as limitações das reservas mundiais de óleo.

Por enquanto, o mundo se pergunta o que fazer diante de preços de energia que não pode pagar; classes econômicas da França, da Espanha (a Europa em geral) e de outros países começam a agitar-se contra a alta de preços. Nos EUA, o tema dependência de óleo e preços altos domina o cenário político e militar. A China, a Índia e a Coréia do Sul espalham suas empresas pelo mundo para financiar e fazer acordos para os gigantescos suprimentos de óleo e de gás de que necessitarão no futuro, seguindo os passos das empresas dos EUA e da Europa que há muitas décadas estão em todos os quadrantes explorando óleo e gás.

 Justo no momento de maior gravidade nas questões estratégicas envolvendo o óleo e gás, no momento que fica patente a pouca disponibilidade de óleo no mundo, e que, por outro lado, se caminha para o auge da discussão sobre os efeitos da emissão de carbono para a atmosfera, o Brasil se apresenta mundialmente como detentor potencial de grandes reservas de óleo e, ao mesmo tempo, de potencial líder na produção de bio-combustíveis e de detentor da tecnologia do ciclo de combustível nuclear. Essa combinação de problemas e possibilidades de soluções não pode ser tratada de forma simplista em relação ao setor óleo, pois o papel do Brasil pode assumir um destaque jamais imaginado e a nação não pode se arriscar a ser a “ingênua” ou “deslumbrada” no cenário geopolítico mundial. Essa pode ser a hora e a vez do Brasil, mas para isso serão necessários visão e pulso firme.

Momentos de destaque no negócio petróleo e gás no Brasil

A Petrobras e os negócios petrolíferos no Brasil têm histórias sobrepostas entre 1953 e 1997; entender essa história é necessário para clarear os caminhos para tomada das importantes decisões estratégicas nessa nova fase. No período, não houve uma década sequer que petróleo e gás não demandassem firmes atitudes do Estado. Na análise, embora a Petrobras esteja em foco, somente estarão sendo destacados os aspectos que tiveram a ver especificamente com uma ação de Estado, tendo sido deixado de lado as suas conquistas tipicamente empresariais por não serem objeto de atenção deste trabalho. 

O Brasil se posiciona, no presente, muito firmemente na defesa de suas posições no caso da soberania da Amazônia e no caso de seus planos para os bio-combustíveis. O País cresceu em importância no concerto mundial e o pré-sal já está dando a ele mais peso. O Presidente da República, a Ministra da Casa Civil e o Ministro das Minas e Energia vêm reiterando a importância que as descobertas do pré-sal poderão ter no cenário nacional e internacional. Isso posto, o que faltaria fazer? Entendemos que seria muito importante que os dirigentes e políticos, os empresários e a sociedade em geral aprofundassem a análise sobre o setor petróleo e gás no Brasil, primeiramente, e depois abrissem um debate sobre as questões como as que apresentamos nesse trabalho para, então, decidirem e se posicionarem soberanamente sobre a matéria que é de vital importância para seus interesses e os do País.

Antecedentes à Criação da Petrobras

A intervenção do Estado no Setor Petróleo tornou-se evidente no Brasil a partir da crise de abastecimento durante a segunda guerra mundial que motivou severas medidas de racionamento. Em 1938, ano precedente à eclosão do conflito, foi criado o Conselho Nacional do Petróleo CNP que teve como primeiro presidente o general Horta Nogueira que havia anteriormente advertido ao governo sobre os riscos do desabastecimento.

A redação do Decreto-Lei №395 e a composição do CNP nele decidido deixa clara o caráter estratégico do petróleo por motivos econômicos e militares. O Decreto-Lei deixou ainda evidente que a preocupação maior era o setor de refino que foi nacionalizado, podendo ser operado apenas por empresas de capital constituído por brasileiros natos que também deveriam exercer a direção e gerência. Foi estabelecido ainda que haveria uma proporção obrigatória de empregados brasileiros a ser fixada por decreto. Quanto à produção de petróleo bruto o Decreto-Lei apenas estabelece que ela é de utilidade pública já que o Código de Minas já estabelecia que, não havendo qualquer registro até a época, as jazidas “por ventura existentes” foram consideradas incorporadas ao patrimônio da Nação.

No Decreto-Lei que organizou o CNP (Dec. Lei 538 de 1938) cabia ao órgão opinar sobre a conveniência da autorga de pesquisa e lavra de jazidas de petróleo e gás (posteriormente passou a decidir)[10]. O mesmo decreto-lei, no entanto, (art. 13) deu ao CNP a atribuição de realizar, por intermédio de órgão técnico a ser criado, “os trabalhos oficiais de pesquisas de jazidas de petróleo bem como quando julgar conveniente,procederá a lavra e industrialização dos referidos produtos”. Na prática, o CNP passou a deter a exploração do petróleo no País. A atuação do CNP, sob comando do general Horta Barbosa, foi de tendência nacionalista e estatal. 

As companhias estatais, ainda no Estado Novo, foram importantes instrumentos da realização da política econômica de Vargas que criou a Companhia Siderúrgica Nacional – CSN, a Vale do Rio Doce, a Companhia Nacional de Älcalis e a Companhia Hidrelétrica do São Francisco – CHESF.

A idéia de criar uma estatal para o petróleo surgiu naturalmente visando dar mais dinamismo à ação do Estado na área do petróleo. Até sua criação já fora iniciada, sob a coordenação do CNP, a produção de petróleo (2.000 barris/dia). No refino havia o CNP que instalou uma refinaria na Bahia de 3.700 barris por dia (b/d). Juntamente com a refinaria particular no Rio Grande do Sul (Grupo Ipiranga) com capacidade de 5.000 b/d, constituía a capacidade de refino brasileira.

Na ocasião da criação da Petrobras já existia a concessão de outras refinarias, aprovadas em 1946 após a saída do general Horta Nogueira (em 1943) que preferia beneficiar as usinas estatais. As refinarias só tiveram seu início de operação na década de cinqüenta e eram as de União (Capuava), São Paulo (20.000 b/d 1954), Manguinhos, Rio de Janeiro (10.000 b/d em 1954) e Manaus (5.000 barris em 1956). O CNP tinha em construção a refinaria de Cubatão de 45.000 b/d que entrou em operação em 1954.[11]

Este trabalho está focado, principalmente, na atuação da Petrobras. Como será visto a seguir, a designação da Petrobras como executora do monopólio estatal (1953) trouxe ao setor petróleo uma nova dinâmica. Muito embora a Petrobras tenha estado administrativamente subordinada ao Governo Federal, ela passou, por suas características institucionais e por atuação de seus quadros, a exercer um papel próprio no cenário energético brasileiro. Ao mesmo tempo em que a Petrobras sofreu sempre a influência do Governo (que nomeia seus dirigentes) em sua orientação, ela passou a exercer sobre o Estado uma influência considerável que leva, ao longo de sua história, à necessidade de analisar seus movimentos como uma entidade com vontade e política próprias.

A empresa estatal carrega em si um conflito latente de ser uma empresa que deve ser rentável e exercer sua missão de agente do Estado. Esta dicotomia Estado x Empresa aparece explícita em alguns trechos da análise que se segue. Além disto, a Empresa desenvolveu um espírito corporativo importante com aspectos positivos e negativos. O lado negativo foi extensivamente usado na campanha pela privatização. É bom realçar, no entanto, que muitas vezes foi a resistência dos quadros da Petrobras que a salvou de alguns usos indevidos de sua estrutura ou de medidas para atender interesses circunstanciais de governos que, ao final, poderiam comprometer sua sobrevivência. Também é verdade, como será mostrado, que decisões governamentais que encontraram resistências internas possibilitaram à Empresa, em contrapartida, contar com o apoio do Governo para a realização de ações estratégicas importantes que não seriam possíveis ou seriam improváveis na simples ótica empresarial. 

A década de 50 – a luta para o Brasil deixar de ser um espectador no cenário petrolífero cartelizado

Na década de 50 do século passado, o País viveu momentos de grande relevância política e econômica que incluiu um dos mais importantes movimentos cívicos e populares - a campanha do “Petróleo é Nosso”. O coroamento desse movimento foi a decretação do Monopólio Estatal do Petróleo em 1953 e a constituição jurídica da Petrobras em 1954 para executá-lo.

A proposta governamental de Getúlio (dezembro de 1952) propunha a criação de uma empresa mista, sob o controle da União, que após longa discussão no Congresso e grande campanha pública que reuniu as classes operária, estudantil, acadêmica, militar, pública e empresarial, instituiu o monopólio estatal[12].  A proposta enviada ao Congresso considerava o domínio dos negócios do petróleo e do gás pelo Estado como um fator essencial de soberania e desenvolvimento nacional, e um meio para reunir lucros capazes de impulsionar os investimentos necessários para a expansão do refino e da exploração e produção de óleo.

A campanha “O Petróleo é Nosso” teve profunda repercussão na história política brasileira e consolidou a participação do Estado na atividade produtiva. A Lei 2004 de 03 de Outubro de 1953 que instituiu o monopólio e criou a Petrobras constituiu-se em um extravasamento de um sentimento nacional transformado em Lei e depois em artigo constitucional bem específico e claro [13].

O Brasil, como área marginal que era em termos de mercado e de potencialidades para descobrir óleo, não teria certamente as atenções do cartel petrolífero de então. Na exposição que acompanhou a proposta governamental, o Presidente Vargas afirmava que “o Brasil desejava a cooperação do capital estrangeiro no seu desenvolvimento, mas preferia reservar à iniciativa nacional o campo do petróleo, já que é fora de dúvida, como o demonstra a experiência internacional que, em matéria de petróleo, o controle nacional é imprescindível”[14].

Na época (desde 1900 e até o meio da década de 70), a exploração e produção de óleo, o seu transporte, o refino e a distribuição eram cartelizados no nível mundial (somente Shell, Exxon, Texaco tinham expressão mundial nos cinco segmentos integradamente) e as empresas dominantes escolhiam, logicamente, as áreas geologicamente mais promissoras para investir em exploração e produção e, com base em logística, países para refinar seu petróleo e atender seu mercado também cartelizado [15]. 

Assim, se o setor adotasse uma política no Brasil sem a ação do Estado, dificilmente teria havido o movimento de construir refinarias por essas multinacionais[16]. Caso as houvesse, isso representaria trazer 100% de tecnologia de fora, adaptar a unidade para se integrar com seu esquema produtivo no exterior e colocar o setor em linha com o cartel externo e interno.

Considerava-se, na ocasião, a futura constituição da Petrobras como um fator essencial para organizar os negócios com uma visão empresarial moderna, mas de interesse do Estado, este se livrando das amarras do forte cartel privado de então e da rigidez da administração direta do Estado que, segundo Monteiro Lobato, não tirava nem deixava que ninguém tirasse o petróleo. A idéia de instituir uma empresa estatal na área era uma concepção já mais antiga da França (que criara a Elf e a Total), da Inglaterra (que criara a BP e BG) e, contemporânea, da Itália (que criara a ENI, praticamente na mesma época da instituição da Petrobras). Esses países constituíram suas estatais também em resposta à mesma ação cartelizante, para buscar óleo no mundo, produzir e refinar dando segurança ao abastecimento nacional, não se valendo para isso inteiramente das grandes multinacionais privadas do óleo, nem mesmo quando sede de uma delas (Shell na Inglaterra). O outro grande consumidor da época, os EUA, não tinha com que se preocupar. Detinham internamente reservas de óleo e gás suficientes, eram sede de grandes empresas de óleo operando no mundo, e essas dominavam boa parte de todas as reservas de interesse existentes no planeta. Além disso, por força de seu pioneirismo na indústria, desenvolveram as tecnologias de toda a cadeia de valor valendo-se disso para o desenvolvimento nacional e para garantir sua supremacia mundial no negócio (não as abrindo para os demais países, logicamente).

Com o monopólio decretado em 1953, em linha com o que ocorria no mundo em termos de movimentos nacionalistas, o Brasil dava seqüência aos ordenamentos que colocaram o Estado, desde 1938, com responsabilidades no encaminhamento desses negócios na exploração e produção de óleo e reservaram a atividade de refino para empresas nacionais. Com o monopólio, imaginava-se que a atividade de refino geraria a renda suficiente para acompanhar o crescimento da demanda e para impulsionar com mais vigor as atividades de exploração e produção[17]. Esse movimento guardava estreita semelhança com o que acontecera no México (nacionalização em 1938) e na Argentina (nacionalização em 1923), e todos se tornaram paradigmas mundiais no trato da questão posse e exploração do negócio óleo pelo Estado. É certo que esses países, todos sem experiência industrial no setor, mostraram ao mundo ser possível o êxito nesse negócio, mesmo em condições tão adversas, bastando somente a institucionalização de um processo no segmento, podendo-se imaginar que contribuíram para fortalecer os movimentos nacionalizantes no mundo na década de 70.

Pode-se observar na Figura 5 que a instalação da capacidade já em instalação pelo CNP já permitiria nos primeiros anos de funcionamento da Petrobras o atendimento de praticamente a metade da demanda de derivados. Com a instalação da Petrobras, rapidamente multiplicaram-se os investimentos em grandes refinarias, terminais e bases de distribuição, o que permitiu atender, já no início da década de sessenta, a quase totalidade da demanda interna.

A exploração e produção de petróleo em terra também começaram a dar bons resultados, como pode ser observado na Figura 6. A premissa de geração de renda nacional através do refino e distribuição no atacado dera certo. No caso da extração de petróleo, no entanto, o pleno atendimento da demanda interna não se revelou possível com a produção em terra e ficaria pendente da extração na plataforma continental, que só seria desenvolvida nas décadas seguintes.

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Figura 5: Produção de derivados, exportação, importação e consumo aparente de derivados no Brasil nas décadas de cinqüenta e sessenta,

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Figura 6: Atendimento da demanda pelo refino e a extração nacional de petróleo mostrando que as necessidades de refino foram praticamente atendidas no início da década de sessenta, enquanto a produção ficou limitada a 40% nas duas décadas.

Mas, por pouco, talvez a Petrobras nem começasse a operar. Em 1954, ano da sua constituição efetiva, o Presidente Getúlio Vargas, um dos responsáveis pela nova política petrolífera, sucumbiu a uma forte campanha contra seu governo e suicidou-se. A forte aprovação alcançada durante a campanha para sua constituição foi importante para assegurar sua implantação e, aliada a seu desempenho, continuou sendo importante para sua preservação nas décadas seguintes

Admite-se hoje que na base da campanha contra o Presidente estava o fato de ter contrariado fortes interesses com a sua política nacionalista, dentre elas a do petróleo, e com a sua idéia de potência independente no concerto mundial. Mas o seu suicídio fortaleceu as correntes que o apoiavam. E, um pouco mais adiante, houve o movimento militar do General Lott, que abortou tentativa de golpe e garantiu a posse de Juscelino Kubitschek, eleito democraticamente naquele ano e depois presidente extremamente preocupado com um projeto de desenvolvimento nacional. Assim, foi possível continuar com a experiência do monopólio estatal e da Petrobras por mais alguns anos, com base em forte apoio das Forças Armadas e na institucionalização sem brechas da Lei 2004, que instituiu o monopólio estatal e criou a Petrobras para executá-lo. O aprofundamento da industrialização brasileira nos anos JK serviu para ampliar a base técnica que possibilitaria o setor petróleo a continuar seu desenvolvimento. Destaque especial deve ser dado à indústria de aços especiais. Inclui-se aí a criação da Usiminas, constituída como estatal e contando com tecnologia japonesa.

Então, naquela década, destacaram-se como fatores críticos para o sucesso da campanha que instituiu a Petrobras e de sua ação posterior no exercício do monopólio e da política de Estado:
1.o apoio governamental;
2.o apoio militar, inclusive no comando  de unidades;
3.o acervo de RH, tecnológico e de instalações (embora reduzidos) do CNP;
4.a proteção do monopólio contra a concorrência mundial  então cartelizada;
5.os recursos iniciais dos empréstimos compulsórios na compra de gasolina;
6.o modelo de gestão e organização inovador para a época, possibilitando de fato a existência de uma empresa de âmbito nacional;
7.a admissão de quadros em boa quantidade e qualidade, que seriam adequadamente formados e treinados, para possibilitar a sua expansão e a substituição dos quadros estrangeiros então dominantes em vários segmentos da empresa;
8.o começo da constituição de equipes técnicas capazes de alterar projetos das unidades que eram de concepção importada;
9.os ganhos na atividade de refino, reforçados pela grande escala decidida para a  refinaria de Cubatão;
10.a motivação dos quadros resultante do imenso desafio a vencer e fazer vingar uma empresa nacional de grande porte em segmento complexo no qual predominavam no mundo menos de dez grandes multinacionais dos EUA, Inglaterra, França e Itália;
11.A presença de uma base industrial no Brasil com destaque para a siderurgia (Belgo-Mineira, CSN, Acesita), a química e a mecânica.

Do ponto de vista de gestão e organização, as unidades industriais se espalhavam pelo Brasil de forma independente, ligadas diretamente ao poder central – a Diretoria. Isso lhes dava agilidade e poder para tocar essas unidades e vencer os desafios impostos. Com um número ainda pequeno de unidades, a coordenação geral era possível, mas cada unidade ganhava imensa projeção na sua área, prenunciando um grande problema gerencial.

A década de 60 – a afirmação no cenário nacional

O primeiro governo da década de sessenta, o do Presidente Jânio Quadros, pouco durou, sendo sucedido pela experiência parlamentarista e, depois, pela volta do modelo presidencialista (presidente João Goulart), períodos que permitiram o monopólio estatal e que a Petrobras assumissepapel  destacado na economia. No período Goulart, aprofundou-se o campo do monopólio estatal, sendo tirado das refinarias privadas o poder de importar óleo, o que também prenunciava uma possível estatização dessas unidades (eram quatro refinarias privadas com ainda elevado percentual no refino nacional).

Com a vitória do movimento militar de 1964, contra as expectativas de uma possível eliminação do monopólio estatal e da Petrobras, predominaram tendências nacionalistas (havia militares com forte participação da campanha do petróleo) que deram o tom na disputa e o aval para a permanência e aprofundamento do modelo em curso. As questões do petróleo eram consideradas estratégicas para os avanços idealizados.

No período, a estatal cumpriu sua missão no abastecimento com a auto-suficiência nos derivados principais (gasolina e diesel) e levando esses produtos a todos os quadrantes. Inaugurou a grande refinaria de Duque de Caxias e mais duas outras, a de Minas Gerais e a do Rio Grande do Sul. A Petrobras buscava, com firmeza, a exploração e produção do petróleo, campos em terra que, infelizmente, eram de parcas reservas potenciais (questão geológica). Como exceção, descobriu o importante Campo de Carmópolis no Nordeste (até hoje em produção). Milhares de engenheiros e profissionais, em mobilização sem precedentes no País já trabalhavam, pesquisavam ou se formavam para a arrancada industrial pretendida.

Naquela década, a extração de óleo no mar era diminuta (e assim mesmo, somente em águas rasas) sendo na indústria mundial do petróleo considerada, em geral, inviável, pelos altos custos da idealizada produção quando comparados com os baixos preços do óleo no mercado internacional (US$ 2 o barril) e pela inexistência de tecnologia para fazê-lo em águas de profundidades crescentes além de 100 metros.

A Petrobras já estava pioneiramente no mar desde 1964 (por saber da pouca potencialidade das áreas terrestres), tendo descoberto o primeiro campo marítimo de petróleo na costa Nordeste em 1968, e aberto caminho para a epopéia na Bacia de Campos, onde descobriu o primeiro campo em 1974, bem antes da Segunda Crise do Petróleo de 1979 e em cima da Primeira Crise de 1973. Ou seja, muito antes da Primeira Crise do Petróleo e sem ninguém no mundo a imaginá-la, a estatal, mesmo sabendo dos altos custos e desafios esperados na exploração e produção, já estava no mar. Por antever as dificuldades para alcançar a auto-suficiência somente com as áreas sedimentares em terra e como cumpria função de Estado (executar o monopólio em nome da União), sua visão era diferente daquela das grandes empresas, e assim perseguia o objetivo de descobrir óleo onde ele pudesse existir. Acreditavam seus técnicos e dirigentes que resolveria a questão do como produzi-lo em águas cada vez mais profundas (como o fez à frente de todas as empresas a partir da crise do óleo de 1979, apesar de várias delas já se tivessem se posicionado no Mar do Norte e no Golfo do México desde a década de 60 em águas rasas).

Na década de 60, ela fez a grande mudança organizacional que talvez tenha sido um dos fatores principais para a sua evolução: a Departamentalização. Criou órgãos centrais de refino, de exploração e produção, de transporte, de comercialização, de RH, de finanças, de planejamento e outros corporativos, evitando a proliferação de “empresas independentes” que se anunciava e que acabariam inseridas em contextos locais e não nacionais, perdendo em otimização, tecnologia e segurança do modelo[18]. Isso deu controle corporativo efetivo, todas as unidades operacionais sendo subordinadas a um poder central especializado.

Se outro fora o modelo petrolífero, certamente não haveria a auto-suficiência em derivados nem os avanços da exploração e produção em terra e muito menos no mar, pelos mesmos motivos já vistos para as demais décadas anteriores. Ou seja, a ação do Estado foi decisiva para atender aos interesses nacionais. Essa centralização permitiu que se agisse de fato com uma ação integrada Estado-empresa como grandes decisões de interesse nacional global.

Os lucros no refino deram independência financeira total à Petrobras, que nunca mais viria a depender de recursos da União, e ainda permitiram que os vários governos federais lhes passassem missões adicionais, como instalar no Brasil uma Petroquímica de porte internacional, que de fato começou com a constituição da Petroquisa [19], dando seqüência ao que já fazia no setor, em menor escala, com as suas unidades petroquímicas em Cubatão e em Duque de Caxias (Fabrica de Borracha Sintética). Começava, também, o abastecimento dos órgãos públicos e empresas estatais com derivados das suas refinarias, garantindo o abastecimento nacional já que, muitas vezes, com a falta de recursos públicos as distribuidoras privadas se recusavam, naturalmente, a fornecer os produtos para o funcionamento da máquina governamental e estatal. Outro ponto de destaque no cumprimento de missão de Estado foi o início de instalação de bases de distribuição em todo o território nacional, já que as distribuidoras privadas se limitavam a agir nas áreas costeiras, de grande mercado e lucratividade, deixando o interior e as zonas de desbravamento à míngua de derivados. Ou eles lá chegavam a preço excessivamente elevado, onerando a economia local e os preços de todos os bens, ou simplesmente nem lá chegavam, com nítida paralisia da economia local[20].

A década de 70 – consolidação e crescimento

Na década de 70, as duas crises dos preços altos do óleo aliadas à grande importação nacional, com terrível sangria de divisas, despertaram a oposição para a solução estatal. Em função da crise, as autoridades abriram o território brasileiro para exploração privada e estrangeira, autorizando e orientando a Petrobras a estabelecer contratos de risco com empresas de todo o mundo. Em dez anos, foram instituídos mais de 240 contratos de risco em terra e no mar[21] sendo oferecidos às multinacionais e às nacionais, formadas para a nova ordem, mais de 80% das bacias sedimentares brasileiras, a exceção da Bacia de Campos. A Petrobras, que ali já encontrara havia pouco tempo óleo em águas profundas em Garoupa, decidira desenvolver a tecnologia e a produção experimental e, então, o governo Geisel[22] resolveu apostar na sua eficiência. Começava a escalada nacional em águas profundas com sucesso absoluto, em busca de limite do que parecia teria fim em lâminas de água de 300 metros, até onde seria possível o mergulho humano.

Os contratos de risco esquadrinharam o Brasil, mas nada descobriram de importante em dez anos, ficando sua contribuição: i. em um campo que passou a produzir 2 milhões de m3 de gás por dia, na Bacia de Santos (nada a ver com camada do pré-sal); ii. na prova de que de fato era difícil descobrir óleo no País e que em terra as perspectivas eram diminutas; iii. no incentivo à Petrobras para tornar-se ainda mais eficiente. Deve ser lembrado, e isso é muito importante, que a Petrobras descobriu, posteriormente, óleo e gás em praticamente todas as regiões que foram exploradas pelas empresas de todo o mundo com os contratos de risco. 

No fim daquele período, a Petrobras passou ao primeiro lugar do mundo em tecnologia para produzir óleo em águas profundas da época e desenhou/iniciou a escalada de descobertas e produção da Bacia de Campos. Começavam também duas outras importantes eras para o Brasil: a da associação mais intensa da Petrobras com as universidades brasileiras para desenvolver parte das tecnologias de que necessitava; e a do forte desenvolvimento nacional da indústria de base, e da construção e montagem voltada para offshore e para os grandes empreendimentos do refino e da petroquímica.

Como destaques, foram construídas várias refinarias de grande porte (a de Paulínea, a de São José dos Campos e a do Paraná) e inauguradas duas grandes Centrais Petroquímicas, a de São Paulo e a da Bahia. Foram ainda criadas as empresas de fertilizantes - Petrofertil, a de mineração - Petromisa e a trading Interbras. Assim, o País cresceu com a ação da Petrobras executando missões de Estado e de seu interesse. Sua ação na petroquímica, nos fertilizantes e no comércio internacional de bens e produtos nacionais supria lacunas, pois não havia capacidade empresarial formada e capitais disponíveis para acompanhar a demanda crescente de produtos de petróleo e seus derivados na linha química, petroquímica e de fertilizantes.

Uma ação muito sensível foi a entrada da Petrobras na distribuição de derivados, com ganhos posteriores de monta não só pelo melhor controle de preços e transparência nos custos da atividade como pela montagem de bases de distribuição em todos os estados, levando o combustível de forma otimizada a todos os quadrantes, antes mesmo do progresso chegar.

Na década de 70, a Petrobras buscou a capacitação ampla em engenharia básica, tendo seu Centro de Pesquisas se preparado para projetar as refinarias e outras unidades, o que foi decisivo para a performance da Companhia e para a engenharia nacional nas fases críticas seguintes. Pela primeira vez, grandes conglomerados industriais poderiam ser projetados integralmente no País.

Nessas três décadas, a indústria do petróleo, além de em nada limitar o desenvolvimento do País pelo lado do abastecimento (antes de 1953 esse era o grande problema), contribuiu decisivamente para a escalada tecnológica e empresarial nacional, ajudando a criar um parque fabril de primeiro mundo. Nesse período, a empresa ofereceu sempre, na porta das refinarias, produtos jamais com preços superiores aos do mercado mundial.

A ação do Estado através da Petrobras resultou, inicialmente através do refino e das demais atividades do downstream, na etapa inicial para: i. montar um excepcional modelo tecnológico, abrindo pioneiramente no Brasil as caixas pretas tecnológicas e com isso estimulando que os demais segmentos partissem para gerar tecnologia própria; ii. gerar a renda para os avanços inicialmente gravosos ou pouco rentáveis das demais atividades; iii. preparar a indústria nacional para a escalada dos investimentos que se tornariam imprescindíveis no mar a partir da crise do óleo em 1979. Não fora essa ação estatal das décadas de 50 a 70, dificilmente haveria como organizar rapidamente a grande escalada na exploração e produção de óleo em águas cada vez mais profundas.

A década de 80 – a saída das grandes crises internas e as mudanças de paradigma

Na década de 80, em função da Crise do Óleo de 1979, ocorreram duas situações difíceis para o País, e novamente o modelo brasileiro se mostrou adequado e decisivo: 1. no primeiro ano, houve a crise total do refino mundial e nacional com a mudança radical no perfil de demanda interna de derivados e na oferta de óleos para processar, distintos dos antes oferecidos. Isso colocou em risco absoluto o abastecimento interno, por falta de mercado e armazenamento de excedentes de óleo combustível e de gasolina; 2. nos cinco primeiros anos, a crise dos gastos de divisas na importação de óleo contribuiu, junto com outras causas, para levar o País a uma situação de inadimplência junto a seus credores. A Petrobras ajudou a vencê-las, ajustando o seu refino e dando saltos substantivos na produção de óleo em águas profundas da época, como se verá adiante.

Não tivesse um refino próprio, moderno e integrado na fase pré-Crise do Óleo, seria impossível resolver a equação da nova demanda comandada pelo diesel, agravada por ter que processar petróleos pesados importados (únicos disponíveis) e aqueles da crescente produção de óleo pesados nacionais, os quais ainda apresentavam alto teor de acidez (mas excelente tê-los). O País instituíra, no início da década, para tentar economizar divisas, um vigoroso programa de substituição de derivados e de elevação do preço da gasolina, com isso mudando o perfil de demanda rapidamente, conseguindo a Petrobras ajustar seu refino com presteza para viabilizar tal objetivo[23].

A Petrobras instituiu seis Programas Prioritários do Refino, mais comumente conhecidos como Programa Fundo do Barril e, assim, otimizou seu refino para processar qualquer tipo de óleo da época e para atender plenamente à demanda nacional e, ainda mais, agregar mais de US$ 1 bilhão por ano ao produto nacional [24].

Com a queda dos preços do óleo em 1986, a pressão do preço de petróleo desapareceu e a pressão sobre o balanço de pagamentos passou a ser a do choque de juros e a da queda generalizada do preço das commodities. O desafio ainda continuou a ser o de progressiva adequação do refino para processar os óleos pesados nacionais, cuja produção se acelerava, e o de oferecer cada vez mais diesel em um mercado que apresentava queda vertiginosa de demanda de óleo combustível e de gasolina.

Não existiu exemplo no mundo, no campo privado, de um movimento similar ao do refino brasileiro. Naturalmente, os grandes refinadores privados, se presentes no Brasil, não ajustariam seu refino para favorecer a entrada de alternativas aos seus produtos no mercado. A solução desses refinadores em todos os países periféricos sempre foi a de integrar o refino local com o refino próprio nos EUA e em outros pontos estratégicos, otimizando o processamento de óleo nas matrizes. Assim, fossem os países exportadores de óleo (Venezuela) ou não (praticamente todos os demais países da América Latina, exceto Brasil, México e Argentina), suas refinarias sempre se tornavam eternas importadoras de diesel ou de gasolina (os produtos de maior valor do que o do petróleo) e exportadoras majoritárias de óleo combustível (o produto que “desvalorizava o petróleo”), mesmo tendo seus mercados internos um perfil que poderia ser plenamente atendido pelos tradicionais esquemas de refino[25].

Em termos globais, na década de 80, os feitos mais conhecidos da Petrobras na exploração e produção foram: o cumprimento do objetivo de produzir 500.000 bpd de óleo em 1985; a sucessão de importantes descobertas na Bacia de Campos em águas profundas, como Marlim, Marlim Sul, Marlim Leste, Barracuda, Caratinga, Roncador (maior do 300 m de lâmina de água); a escalada para produção em lâminas de água na faixa de 300 a 400 metros; a preparação para a produção em lâminas de água de 1.000 metros.

Relembrando importante decisão nacional, em 1980 o governo Figueiredo, em função da falta absoluta de dólares para importar petróleo e outros bens, , assessorado pela CNE, definiria a nova Matriz Energética, que contemplaria, em 1985, 500.000 bpd de produção nacional de óleo (saindo de 180.000 bpd em 1980), 500.000 bpd de petróleo importado (saindo de 800.000 bpd em 1980), 500.000 bpd (equivalente) de energias alternativas e ainda alguma economia de energia incentivada. O governo de então resolveu apostar na capacidade da Petrobras para descobrir e produzir óleo na Bacia de Campos, sem mesmo chegar ao consenso sobre esse objetivo com a estatal. Era uma questão de Estado, não empresarial. Houve críticas internas na Empresa a essa “arbitrária” decisão, mas, com o olhar histórico, essa foi uma das mais sábias e complexas decisões jamais tomadas no campo empresarial e industrial no País, pelos seus riscos econômicos e operacionais, pelo desconhecimento das tecnologias necessárias, pela inexistência de qualquer parâmetro no mundo sobre o assunto e, por outro lado, pelos esperados benefícios para o País.

Graças à engenharia da Petrobras, e aos seus programas tecnológicos, a Bacia de Campos mostrou um crescimento acentuado da produção, o País chegando a 550.000 bpd em 1985 (com 337.000 bpd em Campos), afastando, pelo lado das importações, a dependência crítica em petróleo.

Essa meta governamental, nas condições comerciais e econômicas da época, seria inviável em um sistema privado de exploração e produção de óleo, salvo na presença de fortes incentivos. No mundo, as águas profundas da época não eram o alvo das grandes companhias multinacionais, nem a tecnologia existia para ser adquirida. Essas companhias tinham convicção de que o custo do óleo produzido nessas novas condições seria muito elevado e, portanto, não seriam viabilizados os investimentos para a produção comercial. Enquanto o custo de produção e exploração em águas rasas ou em terra se situava em faixas bem inferiores a US$ 10 o barril (custeio e capital), o custo presumido para as chamadas águas profundas da época seria da ordem US$ 15 o barril ou mais. Então, somente uma empresa com respaldo do Estado poderia idealizar uma escalada em tais profundidades do mar, acreditando que minimamente seria resolvida a questão de divisas e do suprimento. Por competência, os avanços tecnológicos e operacionais, e a escala de produção, fizeram com que a atividade no mar em águas profundas se tornasse rentável empresarialmente, antes que um pesado ônus como era a crença no mundo. E, mais importante, isso em um cenário de preços do óleo na faixa de US$ 15-25 entre 1986 e 2000.

Com o primeiro Programa de Capacitação em Águas Profundas - PROCAP, formalmente estabelecido em 1986 [26], a Petrobras saiu dos 300 metros de lâmina de água (já uma vitória tecnológica) e caminhou aceleradamente para os 1.000 metros, à frente de todas as companhias do mundo.  Por isso se diz, não fosse a Petrobras, o Brasil não teria produzido tão cedo no mar. As grandes multinacionais estrangeiras só decidiram pela produção de óleo em mar profundo bem depois dos sucessos da Petrobras na Bacia de Campos e da perspectiva da re-escalada da valorização do óleo na década de 90. Elas detinham ainda suficiente óleo em terra e em águas rasas no Golfo do México e no Mar do Norte. Também ao final da década elas acreditaram na abertura das nações do Mar Cáspio com a derrocada do mundo socialista, e na possível abertura de dezenas de países pressionados pelos organismos multilaterais para liberalizarem seu setor óleo. Assim, não apostaram na potencialidade e economicidade da produção em águas profundas (além do que não tinham tecnologia já desenvolvida para tal). Não estavam erradas, apenas estavam adaptadas aos seus desafios. O azar do País por não contar com óleo farto em zonas de exploração e produção de baixo custo revelou-se ser uma vantagem. Levou a Petrobras a se dedicar ao desenvolvimento tecnológico, a ousar nas águas profundas, o que lhe trouxe valiosos dividendos a partir do final da década de 80, com reflexos no desenvolvimento do País pela grande movimentação decorrente nos campos empresarial e acadêmico.

O País teria dificuldades cambiais ainda maiores entre 1980 e 1990, não fora o vigoroso programa energético adotado onde o desempenho da Petrobras teve papel relevante. Nesse quadro de sucesso, a Constituinte de 1986 ratificou o Monopólio Estatal do Petróleo e o inseriu na Constituição de 1988 (era definido pela Lei 2004), cancelando-se os contratos de risco no País, pela nova ordem legal e pela sua ineficácia na descoberta de óleo e gás. Naquela década, além da perda inicial elevada de divisas pela elevação abrupta do preço do óleo importado (inicialmente 80% da demanda), o País se viu diante de três outras crises de igual dimensão: 1) crise dos juros da dívida externa (elevadíssimos), da ordem de 20% ao ano; 2) desvalorização global dos preços das suas commodities de exportação; 3) supervalorização dos produtos importados manufaturados e de maior conteúdo tecnológico. Duas perguntas seriam pertinentes: 1) por que o sistema produtivo nacional não era auto-suficiente em vários produtos até mesmo agrícolas como o trigo (o que poderia ter amenizado a crise)?: 2) ou por que o Brasil era um típico exportador de commodities e não de produtos de alta tecnologia, ou mesmo medianamente manufaturados [27]?

Em conclusão, o modelo petrolífero nacional, com forte ação do Estado foi, pelo seu amadurecimento, o viabilizador do equacionamento de parte de toda a crise. Outro fora o modelo, nem haveria maior produção de óleo, nem mais rápido essa produção se daria, nem o refino seria capaz de rapidamente superar a possível crise do abastecimento, e muito menos teria sido possível para o Brasil mergulhar em um profundo programa de energias alternativas[28]. O Brasil se tornou líder mundial em tecnologia de produção no mar e redirecionou seu refino para um novo perfil de demanda que não está presente em nenhuma nação com parque refinador de porte semelhante realizando, portanto, também algo pioneiro no mundo.

A década de 90 – época de mudanças no marco legal

Na década de 90, o alvo das atenções foi de outra ordem. O modelo adotado pelo Brasil era duramente criticado pelos que entendiam ser ele uma solução obsoleta e contrária às tendências mundiais liberalizantes e de abertura dos mercados. Julgavam ser necessário romper o monopólio. Alguns pretendiam ir mais além, privatizar a Petrobras. Alegavam que os números da Petrobras eram pífios e seus custos elevados, mesmo com todo o sucesso demonstrado nas águas profundas e no refino. Campanha semi-vitoriosa ou semi-derrotada como preferem uns ou outros: o monopólio foi “flexibilizado”, mas continuou na Constituição como se não fora; a Petrobras continuou estatal, mas teve boa parte da suas ações (posse do governo) vendidas no mercado na época de extrema desvalorização na Bolsa e, além, disso, iniciou-se um modelo de desintegração com privatizações de partes da estatal. E as companhias estrangeiras ganharam acesso a todas as áreas sedimentares de seus interesses, inclusive à Bacia de Campos, em um modelo que lhes dá a posse do óleo descoberto.

O mercado brasileiro ganhara uma dimensão interessante e a Petrobras identificara boas reservas em várias bacias sedimentares, prenunciando um potencial da ordem de 15 a 20 bilhões, um excelente patrimônio. A auto-suficiência já era possível e dependeria tão somente de liberação de limites do Orçamento Federal para que a Petrobras pudesse investir o necessário para alcançar tal marca (lembrar que isso era uma questão meramente contábil, pois desde a década de 50 não havia mais ingressos de recursos governamentais na Petrobras).

A excelente performance técnica e operacional da Petrobras, com destaque na produção de óleo, aliada a uma sua forte reação dos seus quadros às críticas que eram veiculadas em massa na mídia, contribuíram para que o Senado Federal buscasse um compromisso formal do Presidente Fernando Henrique que garantisse que, no seu governo, ela não seria privatizada, nem dividida em segmentos independentes. Isso, para aprovar, sem alterações, o texto da proposta governamental de flexibilização do monopólio estatal do petróleo (com alterações, o projeto de emenda constitucional voltaria à câmara dos deputados, e poderia perder sua vez). Essa emenda permitiria a entrada de empresas privadas e estatais, nacionais ou não, em todos os segmentos da indústria petrolífera no País.

Na década, novamente a ação estratégica adotada foi essencial para o momento que hoje vivemos. Os preços do petróleo haviam caído depois de 86 e os altos custos da exploração e produção no mar e, principalmente em águas profundas, levaram todas as multinacionais estrangeiras a reduzirem seus investimentos na busca de óleo em geral, concentrando-se somente em áreas já bem conhecidas e em águas rasas. O petróleo esteve novamente oferecido e barato no período 1986 a 2000, e não interessava às companhias privadas gastarem intensivamente seus recursos nesse segmento. Mas não a Petrobras, que independente dos lucros (que seriam menores ou mesmo inexistentes em tese) tinha como missão dotar o País de maior produção possível de óleo, gerando os dólares tão necessários para resolver a eterna crise de divisas. A estatal prosseguiu na busca de mais óleo em águas cada vez mais profundas e ainda iniciou novo Plano em 1992, para alcançar capacitação para produzir em lâminas de 2.000 metros, após concretizar o plano de 1.000 metros. Essa sua visão, única dentre as empresas do mundo, deu ao Brasil a auto-suficiência em óleo no momento que os preços dispararam na primeira década deste século. Esta conquista deu à Petrobras uma posição de destaque mundial, pavimentando a escalada de sua ida para o exterior como empresa atuando com êxito em todos os segmentos, e com a tecnologia própria que lhe dá importante vantagem comparativa.

Os lucros do refino e o modelo organizacional e de gestão dos segmentos Abastecimento e Pesquisas, até os anos 70 inclusive, foram os destaques para a montagem e consolidação da Companhia, mas, nas décadas seguintes, os lucros da crescente produção de óleo e de gás, sua qualidade de organização reconhecida internacionalmente e ação da área de Exploração e Produção e do segmento de Pesquisas, foram os pilares para a sobrevivência da estatal na fase pós-queda nos preços do óleo, na fase pós-monopólio e para a sua consolidação como uma das maiores e mais lucrativas empresas do mundo.

Na década, decisões impactantes para o desenvolvimento nacional foram tomadas com grandes conseqüências:

Foram privatizadas as petroquímicas da estatal de forma pulverizada o que levou à desarticulação do segmento, somente corrigido na década seguinte. Foi fechada a trading Interbras perdendo-se um poderoso canal para as exportações brasileiras que não foi substituído. Foram privatizadas as empresas estatais de fertilizantes para os grupos distribuidores, cessando os investimentos no setor e levando o Brasil novamente a se tornar um dos maiores importadores desses produtos no mundo, com reflexos na sua performance agrícola. Por outro lado, mesmo no ambiente institucional incerto da queda de monopólio e privatização, a Petrobras comandou a negociação do acordo com a Bolívia que levou à atual importação de 30 milhões de m3 de gás por dia e à construção de uma moderna malha de gasodutos, unindo a Bolívia a São Paulo e o Rio Grande do Sul a Minas Gerais passando pelo Rio de Janeiro. Não fora essa decisão, principalmente de Estado, o País teria amargado uma falta de gás severa (um fator de recessão sem precedentes nos anos 2000 em diante). Vale dizer que para cumprir esse objetivo a Petrobras teve que provar que o interesse nacional seria a malha de gasodutos como negociado e não o empreendimento privado que pretendia levar gás somente até São Paulo, assim mesmo dependendo do governo estadual e federal garantirem a compra firme por 20 anos de energia de uma térmica que seria construída na ponta brasileira. Ou seja, não haveria gás para o Sul e para os demais estados do Sudeste; não seria atendido o interesse nacional e sim o interesse econômico de um grupo com um grande empreendimento localizado.

Outro empreendimento paradigmático foi a estruturação do Pólo Gás Químico do Rio que trazia de volta a Petrobras à petroquímica, única forma de viabilizar esse grande empreendimento de interesse nacional e do Estado do Rio[29] .

A primeira década do século – um novo paradigma

A cadeia produtiva envolvendo o óleo e o gás tornou-se capaz de responder a grandes desafios e a Petrobras elevou substancialmente a produção de óleo e de gás, remodelou e ampliou o seu refino para processar boa parte da crescente produção de óleos nacionais, expandiu-se como nunca no exterior, passou a lucrar muito e o suficiente para investir sozinha mais de R$ 50 bilhões em 2008.

A Petrobras voltou à política de dar preferência à indústria nacional que as próprias limitações ao investimento das estatais haviam prejudicado (o leasing era usado para contornar as restrições e era mais fácil com empresas estrangeiras de grande porte), tendo feito importantes encomendas, sobretudo na área naval, e dos demais bens de capital. Esta é uma variável importante que é muitas vezes negligenciada política e economicamente já que certamente a indústria nacional teria muito a perder com uma menor participação da estatal nas atividades do petróleo ou com um ritmo inadequado de produção. Com efeito, um maior ritmo da produção para atender exclusivamente aos interesses das empresas ou dos países sede inibe a participação da indústria nacional por questão de capacidade. Esta é uma questão crucial a ser considerada na exploração do pré-sal.

O Brasil tornou-se auto-suficiente em petróleo, do ponto de vista tecnológico, gerencial e empresarial e a Petrobras caminha para ser uma das maiores empresas integradas de petróleo e de gás do mundo. A força da empresa é tal que vários países buscam seu apoio para desenvolver seus modelos estatais e, ao mesmo tempo, seus planos empresariais a levam para atuar em dezenas de países, em todos os segmentos da indústria de óleo e gás.

Os investimentos e planos da Petrobras, inseridos no contexto do PROMINP (Programa de Mobilização da Indústria Nacional de Petróleo e Gás Natural), dos PACs (Programa de Aceleração do Crescimento) e agora da Política de Desenvolvimento Produtivo, revelam três coisas; i. o poder alavancador das ações da estatal na economia nacional; ii. a possibilidade de uso do segmento petróleo nacional nos esforços para firmar uma posição do País no concerto mundial; iii. o poder catalisador do processo de inovação da Petrobras [30]. Não é por desejo político que os segmentos do óleo e gás, da indústria naval, da petroquímica, dos fertilizantes, da engenharia, da construção e montagem e os avanços tecnológicos ligadas ao setor são impactantes e estratégicos. São por que o são, aqui e em todo o mundo.

Não bastasse o sucesso dos primeiros anos da década, a estatal anunciou oficialmente em novembro de 2007 a descoberta de um mega campo de óleo e de gás, o Tupi, dando transparência às suas pesquisas de mais de três ou quatro anos. Posteriormente a Petrobras anunciou sucesso nos poços, Carioca, Bem-te-vi, Caramba e Parati estando em perfuração os poços Yara, Guará e Júpiter (Figura 7). Só o Tupi, no entanto, onde já foram feitos testes de produção em dois poços, é considerado nas reservas provadas.

A Petrobras venceu novamente complexas barreiras tecnológicas, aliando sua competência em águas profundas com a agora competência testada e aprovada em terras profundas de mais de 5.000 m do fundo do mar a dentro da terra. Dizem os técnicos, que a área que nos brindou com o campo Tupi vai do Espírito Santo até Santa Catarina, área de 160.000 km2, algo inusitado no mundo, assim sendo possível a existência de muitos outros campos semelhantes (Figura 6). Dizem mais, que já foram perfurados 15 poços em varias regiões e em seis foi encontrado óleo, sem ainda terem sido feitos os testes completos de avaliação. Ou seja, pensam que poderemos contar com reservas do porte de 50 bilhões de barris ou até mais, pois outras áreas alvo existem. Reservas que, se confirmadas, nos colocariam no seleto time dos países mais importantes do mundo na geopolítica do petróleo e do gás e se Tupi se propaga pelas áreas vizinhas, talvez um mega campo esteja em vias de se anunciar.

 

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Figura 7: Poços na província do pré-sal perfurados e em perfuração pela Petrobras

Fonte: Petrobras Palestra do Presidente da Petrobras José Sergio Gabrielli de Azevedo  na ABDIB em 11/07/2008

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Figura 8: Mapa da região mostrando a província do pré-sal Fonte: Petrobras Palestra do Presidente da Petrobras José Sergio Gabrielli de Azevedo  na ABDIB em 11/07/2008

A tecnologia e ação da Petrobras indicaram novamente o caminho da riqueza nacional estando nas mãos do governo[31] a oportunidade de, pela primeira vez na história, aproveitar uma “imensa mina de ouro” com todas as condições objetivas para dela tirar o melhor resultado.

Uma importante ação integrada Estado-Petrobras, pouco entendida, situa-se na área da geração de eletricidade. A Petrobras, acionada pelo governo, deu prosseguimento ao seu plano de entrar na geração de eletricidade, multiplicando-o. Sua área de Gás e Energia conduz arrojado plano de multiplicação da malha de gasodutos no País[32] e de maior importação de gás na forma liquefeita, disponibilizando substantiva capacidade de suprimento de gás e de energia elétrica, reduzindo a probabilidade de déficit no abastecimento elétrico nos próximos anos.

Outra ação da década foi a reentrada da Petrobras na petroquímica atendendo orientação de Estado e de seu plano estratégico, e dando seqüência aos movimentos iniciados com a estruturação do Pólo-Gás Químico do Rio de Janeiro. Com isso, foi reestruturado o setor que fora pulverizado nas privatizações e, agora, há novamente massa critica para o Brasil se tornar um ator de peso no mundo petroquímico.

Também, novamente em ação típica de interesse nacional estão a construção da refinaria petroquímica do Rio de Janeiro, da refinaria de Pernambuco e os anúncios das refinarias do Maranhão e do Ceará. De interesse nacional, pois seguramente nenhuma empresa privada viria para o Brasil investir em refino, atividade que só tem sido agraciada com grandes investimentos em novas unidades por empresas estatais ou em poucos mercados com explosão de demanda[33]. Nos EUA, por exemplo, não há construção de refinarias há 30 anos e, no entanto, o mercado é grande importador de derivados. O governo norte-americano vem pressionando as petroleiras para tentar construção de novas unidades localmente. Mas essa falta não as tem sensibilizado, já que essa condição lhes dá maior rentabilidade no negócio, além do que necessitam de grandes somas para investir na busca de reservas de óleo, ponto crítico para todas. 

Nossa conclusão sobre esse assunto histórico

O petróleo e o gás foram e ainda continuam no centro das atenções mundiais (agora, mais ainda), gerando incertezas e disputas; e continuam no centro das atenções brasileiras, mas nesse caso trazendo esperanças de fartura com soberania e riqueza. [34]

Com a novidade das camadas do pré-sal e dos seus primeiros campos de óleo e de gás, mudam os parâmetros e os encaminhamentos possíveis para tão importante questão. Não se pode mais tratar do tema petróleo com a ótica de escassez e de luta, por vezes desesperada, para alcançar e manter a auto-suficiência, ou tratar com a ótica dos interesses externos. Ou, ainda, manter a tese do risco exploratório para continuar fazendo concessões para explorar óleo e gás de uma maneira ampla, pois, no caso do pré-sal, há chances muito fortes de se haver mesmo antes da exploração muito mais certeza do que dúvida (risco desprezível). Assim, deixam de serem válidos alguns fundamentos basilares da Lei vigente a regular o segmento.

A “mina” do pré-sal gerará um negócio cujo produto final, a valores de hoje e reservas de óleo e gás esperados, um fluxo de caixa que poderá ultrapassar US$ 200 bilhões por ano em algum momento do ciclo exploratório que está por vir. Não há, pelos caminhos do presente marco regulatório e do planejamento nacional como bem se conduzir frente a esse novo ciclo da riqueza nacional. Perdemos o do pau-brasil, o do açúcar, o do café e o da borracha, e entramos na década de 50 sem uma âncora para o nosso progresso. Dos planos governamentais a partir da década de 50, um dos que nunca deixaram de avançar foi o do petróleo. Na fase das grandes dificuldades, o País saiu vitorioso, graças à conjugação tecnologia ampla, negócios bem direcionados e conduzidos e empenho do Estado.

Nossa intenção com este artigo foi mostrar que, no caso da Petrobras, foi positiva a intervenção do Estado Brasileiro no Setor Petróleo e Gás. Não faltaram, na análise, exemplos de estatais em outros países onde os resultados não foram tão positivos. Deve-se reconhecer, no entanto, que no mercado do petróleo não se pode fugir do dilema entre o grande cartel internacional e a presença do Estado. Entre as estatais no Brasil, a Petrobras, a exemplo de umas poucas outras, soube manter o profissionalismo na condução dos negócios e na relação com o Governo. Isso tornou possível a indispensável atuação do Estado na orientação em suas atividades sem comprometer seus resultados econômicos de médio e longo prazo já que, como empresa, deve também satisfação aos acionistas minoritários e ao majoritário.

A história da Petrobras fez com que a empresa estabelecesse com o povo brasileiro, a partir da campanha do petróleo é nosso, uma relação especial de compromisso com o desenvolvimento que é interessante manter. Até o advento do pré-sal, a reforma do sistema petróleo e gás, mesmo não sendo a ideal, ia assegurando o caminho da auto-suficiência. Deve-se, inclusive, estudar a manutenção do modelo atual para o petróleo não pré-sal. Com a nova dimensão do Brasil país exportador de petróleo, torna-se de novo necessário reforçar a atuação do Estado como ocorre, de uma forma ou de outra, em todos os países onde o petróleo é crucial para a economia.

A decisão sobre o petróleo do pré-sal é vital para o futuro do País e o assunto não pode ser encarado como uma questão meramente técnica que só interessa aos especialistas ou meramente relacionada com pagamentos de taxas. Ela deve ser claramente explicada aos formadores de opinião e o envolvimento popular é inevitável ao longo do tempo. É preferível que ele ocorra agora para ser possível a formação de um grande consenso nacional que facilite, como ocorreu no passado, a condução tranqüila da política do petróleo e gás.

Agora, a grande mobilização deverá ser a de transformar, com vigor redobrado, o petróleo e o gás em vetores definitivos e seguros do desenvolvimento sustentado nacional. Não temos falta de energia nem de divisas, e temos a “mina” de óleo e gás, a tecnologia, o saber, a experiência, a capacitação industrial e a história de realizações. Só precisamos dos instrumentos legais para explorar essa “mina” com olhos voltados exclusivamente para os interesses nacionais, sem medos, sem vacilos e, no presente, sem nenhuma pressão internacional digna de preocupação a guiar nossos passos. Não o fazendo, seremos julgados pela História.

Autores:

(*) Eng. José Fantine, Consultor da COPPE, Ex-Diretor da Petrobras e ex-Superintendente de Planejamento da Petrobras. Membro da Academia Nacional de Engenharia, e_mail: josefantine@gmail.com

(**) Carlos Feu Alvim, doutor em Física, redator da Revista Economia e Energia - e&e. e Consultor da COPPE e_mail: feu@ecen.com

 

 

 

 

 

Editorial:

O Pré-Sal é Nosso?

O Governo Brasileiro tomou uma decisão histórica ao retirar das licitações da ANP, 9ª rodada, as áreas do pré-sal. Essa ação se deu através da Resolução do Conselho Nacional de Política Energética – CNPE de nº 6, de 08/11/2007, que também determinou ao Ministério de Minas e Energia “que avalie, no prazo mais curto possível, as mudanças necessárias no marco legal que contemplem um novo paradigma de exploração e produção de petróleo e gás natural, aberto pela descoberta da nova província petrolífera, respeitando os contratos em vigor”.

O pré-sal é uma camada de reservatórios que se encontram no subsolo do litoral do Espírito Santo a Santa Catarina, ao longo de 800 quilômetros, em lâmina d’água que varia entre 1,5 mil e 3 mil metros de profundidade e soterramento (área do subsolo marinho que terá de ser perfurada) entre 3 mil e 4 mil metros. Existe estimativa que esta área possa abrigar uma reserva superior a 50 bilhões de barris. Isto representa cerca de setenta anos do atual consumo brasileiro.

Confirmadas as reservas e em um mundo ávido por petróleo, o que fizer o Brasil em matéria de exploração e produção de óleo e gás nessa nova fronteira terá grande importância estratégica. Existe a possibilidade do País se tornar um exportador de certa importância no cenário mundial, durante as próximas décadas.

As questões a respeito desse petróleo começam a circular na mídia e já são, certamente, objeto de estudos nas áreas empresarial, econômica e governamental. O petróleo do pré-sal será (ou já está sendo) o detonador de muitas pressões e manobras dos setores envolvidos. Quem não tiver isso em conta não conseguirá compreender movimentos que acontecem e acontecerão no ambiente político e econômico em que o Brasil está inserido. Basta ver na mídia as defesas, já repetitivas, que se avolumam para manutenção do modelo exploratório vigente no Pais, como se o Brasil estivesse ameaçado por algo estranho e destruidor e não em uma posição soberana para decidir o que melhor lhe convém nesse momento de grandes descobertas de óleo e de gás. Querem uma decisão já, por que?

Como já sinalizou o CNPE, o marco legal do setor petróleo terá que ser revisto, já que os seus pressupostos (escassez de petróleo, alto risco nas áreas exploradas, falta de recursos no Brasil para alcançar a auto-suficiência) estão ou serão inteiramente superados. Isto é particularmente válido para a lei que regulamenta o Setor (Lei 9478/97). Esse é o ponto: nova realidade, nova Lei.

Neste número, estamos apresentando o artigo “Commodismo”, Pré-Sal e Desenvolvimento, que inicia uma série de trabalhos que irão explorar essas questões, de capital importância para nosso desenvolvimento social, tecnológico e econômico. O artigo enfoca recuperação no preço das commodities e o aumento da demanda de nossos produtos no exterior e busca, a partir da situação presente, antecipar o que acontecerá quando começarem a entrar os recursos do pré-sal. Essa recuperação de preço e de mercado (aliada às altas taxas de juros internos) já trouxe um problema prático para a economia brasileira: a valorização da moeda nacional, que já vem prejudicando o comércio interno e externo de outros setores.

Está na hora, de uma vez por todas, pensar como país soberano que terá a energia de que precisará, podendo assim escolher como, quando e quanto está disposto a produzir de óleo e gás, de forma a fazer dele um instrumento de progresso nacional e não simplesmente uma fonte fácil de divisas ou, pior, de lucros externos. Quanto mais se imaginar que o mundo necessitará de óleo e de gás, mais o Brasil deverá observar como tirar proveito dessas novas jazidas, sem nenhuma pressa, pois óleo não faltará no país, nem será difícil de extraí-lo, já que temos tecnologia para tal.
 A próxima decisão a ser tomada sobre o assunto está relacionada com a almejada (pelos interessados) retomada de licitação da 8ª Rodada de Licitações (de 2006) que incluía áreas do pré-sal. Como foi dito, esse tipo de área foi, posteriormente (para a 9ª Rodada), retirada das licitações pelo CNPE.

Com efeito, após a suspensão da 8ª Rodada por decisões judiciais (liminares), já existe decisão do STF sobre constitucionalidade da rodada de licitação, autorizando a retomada da 8ª Rodada. O próprio CNPE, também na mesma Resolução nº 6/2007, determinou a adoção das providências necessárias para o prosseguimento e a conclusão da 8ª Rodada de Licitações.

Na situação presente, em que foram confirmadas várias descobertas no pré-sal, a ANP estuda três hipóteses para a retomada da 8ª Licitação, conforme declarou o Diretor Geral da ANP, Haroldo Lima, em depoimento na Comissão de Minas e Energia Câmara dos Deputados, em 14 de maio de 2008:


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Reabrir a 8ª Rodada e conduzi-la até o final, licitando todos os blocos inicialmente previstos.
 

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Reabrir a 8ª Rodada sem os blocos do pré-sal, licitando os demais blocos.
 

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Reabrir a 8ª Rodada e encerrá-la em seguida, mantendo o resultado das áreas já licitadas até a suspensão do Leilão.
 

O Diretor Geral da ANP afirmou, na mesma ocasião, que cabe ao CNPE definir a alternativa que melhor se adapta à política energética do país. A primeira alternativa tem o forte risco de dar início, precipitadamente, à distribuição das riquezas do pré-sal. A segunda alternativa parece a mais coerente com as deliberações anteriores do CNPE, que já julgou necessária a revisão do atual marco legal.

A decisão sobre a 8ª rodada pode ser, como se vê, uma batalha do que deve ser a longa campanha pelo Pré-Sal.

Nas discussões sobre o petróleo do pré-sal, tem vindo à baila o exemplo da Noruega que se deparou, nas décadas se sessenta e setenta, com as descobertas no Mar do Norte enfrentando um dilema semelhante ao do Brasil de hoje. A Noruega procurou evitar o que se denominou “doença holandesa” ocorrida quando os recursos do petróleo sufocaram o desenvolvimento (na Holanda) dos demais setores econômicos, provocando graves problemas econômicos e sociais em uma situação que deveria ser de abundância e de progresso nacional.

A Noruega tomou o caminho de assumir o controle de suas reservas dando prioridade a empresas nacionais, estatais e não estatais, mas com predominância das primeiras, na exploração do petróleo. Também direcionou para as empresas norueguesas as obras de infra-estrutura e desenvolvimento necessárias para enfrentar o desafio da produção nas severas condições do Mar do Norte. O resultado dessa decisão foi estabelecer um modelo de desenvolvimento, alavancado pelo petróleo, que possibilitou construir uma sociedade que alcançou, nos últimos anos, o topo nos índices de desenvolvimento humano apurados pela ONU.
 No que concerne à exploração de petróleo e gás, o Brasil tem condições de fazer melhor ainda do que a Noruega, pois tem já uma empresa de petróleo habilitada à exploração do petróleo encontrado (a Noruega não tinha tradição na área). Também tem, como a Noruega, uma base industrial local capaz de absorver grande parte das encomendas que serão geradas. Por outro lado, tendo praticamente alcançado a auto-suficiência no horizonte dos próximos anos (sem o petróleo do pré-sal), o Brasil pode analisar com calma o que de bom o país fez e o que de ruim resultou do modelo adotado na quase totalidade dos paises exportadores de óleo e gás do terceiro mundo.

No que concerne aos aspectos sociais, cabe ao Brasil agora escolher entre ser um mero produtor de grandes quantidades de óleo, ou fazer dessa sua “última mina” o fator de riqueza nacional, que não pôde fazer com as do passado. O Brasil, por sua dimensão populacional, não poderá transferir para seus habitantes o mesmo nível de conforto que a Noruega propicia aos pouco mais de quatro milhões de noruegueses, mas o sofrido povo brasileiro (é justo lembrar essa sua condição) merece que lhe seja oferecido melhor educação e saúde e o trabalho digno que ajudará construir nossa Nação.

O Pré-Sal pertence, por direito, ao Povo Brasileiro, devendo ser instrumento do desenvolvimento do País.

O Pré-Sal é nosso!
 

 

Plantas Medicinais na Perú

Acapurana

Origem: Wikipédia, a enciclopédia livre.

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Acapurana (Campsiandra laurifolia) é uma árvore da família das leguminosas, nativa da Amazônia, de flores róseas e madeira de boa qualidade. É uma planta com propridades medicinais, sendo suas folhas, casca e frutos, usados no tratamento de febres, feridas, malária e úlceras.1

Acapurana origina da língua tupi-guarani (rana = igual a), que significa "igual ao acapu", por sua vez acapu (aka = ponta + pu = alto) significa "ápice alto", "árvore alta".

Encontra-se na Floresta Amazônica, precisamente nos rios Itacaiuna, Tefé, Negro e Urubu e nos municípios São Gabriel da Cachoeira-AM e Maués-PA.2

Descrição

Acapurana é uma árvore de médio porte, em torno de 7 metros, que cresce ao longo dos rios e córregos da bacia amazônica. As árvores acapurana são de médio porte que produzem pequenas flores brancas a róseas com estames vermelhos. Estas árvores produz uma vagem de grão grande. As sementes são geralmente retirados da vagem, secos, e então um terreno em farinha ou farelo como alimento para pessoas e animais.

Propriedades químicas

Os estudos químicos em acapurana não foram completamente estudadas e relatadas. Acredita-se que contém antocianinas, glicosídeos cianogênicos, heterosídeos, saponinas e taninos.

Sinonímia

Sinônimos botânicos
•Campsiandra rosea Endl. & Poepp.,
•Campsiandra comosa var. laurifolia (Benth)
•Campsiandra angustifolia Spruce ex Benth.

Sinônimos populares
•Acapú-do-igapó,
•Manaiara (Pará),
•Comandaçu, cumandá,
•Comanda-açú, capoerana,
•Acapurana-vermelha,
•Acapurana-da-várzea,
•Caacapoc,
•Caacapoc-dos-aborígines.

Usos
•Infusão das folhas: malária, febrífugo, tônico, tratamento de febres;
•Decocção da casca: banho local de úlceras e feridas;
•Infusão dos frutos: uso local com sal e vinagre: impigens.3

Acapurana é um remédio comum para a febre da malária na Floresta Amazônica. Na região de Iquitos, herbanários e curandeiros local recomendam uma decocção ou tintura da casca de ser tomada duas vezes por dia para reduzir a febre relacionada à malária. Nos sistemas de fitoterapia no Peru, acapurana também é recomendada para artrite e reumatismo, diarréia, como um tónico, e para outros estados febris. Os índios Witoto na área de usar a casca pulverizada de C. laurifolia para tratar feridas. Residentes no distrito de Loreto do Peru ter usado um chá da casca de C. comosa como um tônico pós-parto. No Brasil, a árvore vai pelo nome comum de cumandá ou acapurana e herbanários recomendar a casca de C. comosa como um tónico, para a febre da malária, e para limpar feridas e úlceras.4

 

 

 

Maca Peruana, o que é, benefícios, tudo o que você quer saber

Olá, hoje vamos falar sobre a maca peruana, uma restauradora da libido e que funciona para melhorar até sua auto-estima.

 

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  A planta Maca (Lepidium peruvianum – Lepidium meyenii) é uma erva medicinal também conhecida como Maca-Andina,Maca-Peruana, Peruvian Maca, Maca lepidium, Planta Maca, Maca Powder Maca Ginseng, dentre outros nomes populares. É uma planta que se assemelha a um nabo e cresce nas montanhas andinas do Peru. A raiz da planta é seca e utilizada em pó há mais de dois mil anos para combater a fadiga e agir como um estimulante sexual, apesar de que diretamente não age no sistema nervoso central. Não contém cafeína, como guaraná e café, por isso não afeta o sistema nervoso central.

 A Maca-Andina é basicamente um alimento muito rico em nutrientes e é vendida como um suplemento nutricional. Recentemente, A planta ganhou popularidade como uma erva afrodisíaca para aumentar a libido, vigor e desejo sexual. A raiz é um alimento muito nutritivo, repleto de vitaminas, esteróis de plantas, muitos minerais essenciais, aminoácidos e gorduras saudáveis. Tradicionalmente, tem sido usada por proporcionar uma variedade de benefícios à saúde. Tanto homens como mulheres têm relatado aumento significativo no libido e desejo sexual, aumento de energia, vigor e sensação de bem-estar geral. Algumas mulheres relataram bons resultados para aliviar os sintomas da TPM e menopausa.

 Além de melhorar a fertilidade, a Maca-Andina também parece possuir propriedades que estimulam a produção de hormônios pelo organismo. Isto a torna útil no tratamento de deficiências hormonais, sendo talvez a melhor alternativa natural para injetar hormônios externos no corpo.

 Vários homens relataram ereções mais fortes e que ao mesmo tempo duravam por maiores períodos, melhorando o prazer sexual. No Peru, muitos homens e mulheres usam a planta para melhorarem a sua vida sexual. A erva está ficando cada vez mais popular em todo o mundo, particularmente nos os EUA, Europa e Japão como um suplemento dietético para reforçar a vitalidade.

 Os conquistadores espanhóis, por recomendação dos nativos, começaram a utilizar a planta após perceberem que a reprodução de animais havia ficado abaixo da média nas montanhas. Após iniciarem o uso, constataram que a fertilidade dos animais aumentou após comerem a planta Maca. Recentemente a planta ganhou publicidade mundial após alguns estudos apontarem que a erva pode aumentar a resistência do sexo masculino durante o ato sexual.

 A raiz da planta tem uma longa história de uso sem problemas de toxicidade. Ao contrário de ervas medicinais que podem ter vários efeitos negativos quando usadas indevidamente, esta não temtoxicidade conhecida, sem contar que faz parte da dieta diária de muitos peruanos nativos desde antes da chegada dos conquistados espanhóis. Pesquisadores concluíram que a planta não tem potencial de toxicidade, podendo considerar o seu uso a longo prazo como suplemento alimentar.

 A erva não possui restrições de uso durante a gravidez. Na verdade, A Maca-Peruana mantém os níveis de progesterona alta e os hormônios em equilíbrio, o que é benéfico para uma mulher grávida que está em seu primeiro trimestre de gestação. A grande quantidade de sais minerais, aminoácidos e vitaminas na raiz também a tornam um suplemento pré-natal nutricional.

 Alguns efeitos colaterais podem ocorrer ao iniciar o uso do pó de Maca Peruana, vez que podem ocorrer sintomas de desintoxicação, principalmente em pessoas acostumadas a consumir somente alimentos processados e cozidos. Pessoas com qualquer condição de doenças crônicas, doenças hepáticas (como insuficiência hepática, cirrose ou hepatite), doenças renais (como insuficiência renal) e alergias (alergias a alimentos, corantes e conservantes) só devem utilizar a maca com recomendação médica.

 A dosagem da planta no fitoterápicos pode afetar a eficácia da erva. Os produtos à base da erva, principalmente os que são vendidos como estimulantes sexuais podem conter alguma combinação de diferentes ingredientes ativos, dos quais alguns podem não ser tão seguras. Se pode comprar a Maca-Peruana comumente em forma de cápsulas (Maca cápsulas) ou em pó (Maca em Pó).

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MACA
« propriedades »

· AUMENTA O RENDIMENTO FÍSICO E MENTAL.
 · REVITALIZA AS CÉLULAS CEREBRAIS FAVORECENDO O INTELECTO, A CONCENTRAÇÃO E A MEMÓRIA.
 · DIMINUI O STRESS OCASIONADO PELOS EXCESSOS DA VIDA MODERNA E A ACUMULAÇÃO DE FADIGA.
 · REACTIVA OS PROCESSOS METABÓLICOS CELULARES, FAVORECE A REVITALIZAÇÃO E A CAPACIDADE DE RECUPERAÇÃO DO ORGANISMO.
 · FORTIFICA O SISTEMA ENDÓCRINO E ESTIMULA DE MODO NATURAL A PRODUÇÃO DE HORMONAS SEXUAIS FEMININAS E MASCULINAS (TESTOSTERONA E PROGESTERONA) O QUE MELHORA O LIBIDO, PERMITINDO ASSIM O COMBATE EFICAZ À DIMINUIÇÃO DO DESEJO, DA POTÊNCIA SEXUAL, BEM COMO OS EFEITOS NEGATIVOS DA MENOPAUSA.

 A MACA NÃO É UM MEDICAMENTO
 A raíz da Maca não é um medicamento; é um alimento nutritivo energetico e fortificante.
 É fortemente recomendada para todos os estados de carência que necessitam de aportes suplementares de energia e de substâncias nutritivas: má nutrição, em todos os estados de cansaço, fadiga, astenia, perca de desejo sexual e desinteresse, por cansaço.
 As mulheres e os homens de meia idade já notam grandes diferenças, com a toma diária de 2 a 3 colheres durante 3 meses, pelas melhorias evidentes no bem estar geral e afectivo.
 As pessoas entre os 50 e 65 anos são os consumidores por excelência da Maca por diversas razões.
 A Maca é um produto 100% natural, não tóxico, e sem qualquer efeito secundário indesejável.
 A farinha de Maca pode ser misturada em pequenas quantidades(20 a 25 %) na confecção
 de pão,bolos,na sopa,no leite e nos sumos de fruta.

 A MACA é a alternativa 100% Natural ao Viagra !!

 O SEGREDO DOS INCAS—RESISTÊNCIA FÍSICA E CONFORTO SEXUAL

 Composição nutricional da parte comestível
 por 100gr de matéria seca


 CALORIAS ———————–302 cal
 POTÁSSIO————————1.9 mg
 MAGNESIO-----------------------73.3 mg
 SÓDIO——————————26.6 mg
 PROTEÍNAS———————–13.0 gr
 FIBRAS——————–———3.0 gr
 GORDURA-------------------------- 0.2 gr
 CÁLCIO————————— 685 mg
 FÓSFORO———————–---183.0 mg
 FERRO————————–----34.8 mg
 VITAMINA C ——————–-3।10 mg
 VITAMINA B1——————–1.20 mg
 VITAMINA B2——————–1.41 mg
 VITAMINA B6——————–1.14 mg
 VITAMINA B12—————–- 1.30 mg

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Bálsamo do Peru..:bronquite

Plantas medicinais Amazonas aprensenta:

 Bálsamo do Peru


 O bálsamo-do-peru (Myroxylon peruiferum L. f.) é uma planta da família das fabáceas, usada medicinalmente como anti-inflamatório e expectorante peitoral, sendo utilizado em casos de asma, bronquite asmática, cistite, doença pulmonar, dor de cabeça, ferida externa, fraqueza, dor de garganta, tosse e sintomas das vias aéreas.

Descrição: https://1.bp.blogspot.com/-fHraxINhfMk/T-ma10mHBHI/AAAAAAAADWE/O_jYMKGbsdM/s320/B%C3%A1lsamo-do-peru.jpg

Alguns nomes pelos quais é conhecido popularmente são: óleo-balsamo, bálsamo-de-tolu, pau-bálsamo, bálsamo-índico-seco, bálsamo-de-cartagena, resina-de-tolu, bálsamo-toluano, bálsamo-da-américa, bálsamo-de-cartagena, bálsamo-de-cheiro-eterno, bálsamo-de-são-tomaz, bálsamo-do-peru, bálsamo-de-são-salvador, benjoim-do-norte, opobálsamo, óleo-vermelho, coroiba, resina-de-tabu.

 Combate tosses, bronquite, ronquidão, laringites, catarros do pulmão, agindo também contra doenças das vias urinárias, leucorréia e blenorrágias.


 O Bálsamo-do-peru é uma planta, usada medicinalmente como antiinflamatório e expectorante peitoral sendo utilizado em casos de asma, bronquite asmática, cistite, doença pulmonar, dor de cabeça, ferida externa, fraqueza, garganta, tosse e vias aéreas. Também contra cólicas, diabetes, doença pulmonar, doença sexualmente transmissível, doenças respiratórias, eczema, ferida externa, fraqueza, hemoptise, incontinência urinaria noturna, laringites crônicas, reumatismo, sinusite, tuberculose e úlcera.

 O consumo de altas doses do bálsamo-do-peru podem causar irritação gastrointestinal, diarréia e vômito.

 O Bálsamo-do-peru também é conhecido popularmente po: óleo-balsamo, bálsamo-de-tolu, pau-bálsamo, bálsamo-índico-seco, bálsamo-de-cartagena, resina-de-tolu, bálsamo-toluano, bálsamo-da-américa, bálsamo-de-cartagena, bálsamo-de-cheiro-eterno, bálsamo-de-são-tomaz, bálsamo-do-peru, bálsamo-de-são-salvador, benjoim-do-norte, opobálsamo, óleo-vermelho, coroiba, resina-de-tabu.

 Infelizmente, poucos exemplares do bálsamo-do-peru restaram na natureza, devido o desmatamento, durante a colonização. Esta árvore precisa de terreno muito fértil para se desenvolver, hoje ela pode ser encontrada, do México até o norte da Argentina, passando pela Amazônia, Bahia, Espírito Santo, Ceará, Minas Gerais, Goiás, Cáceres, Acre, Mato Grosso, Garanhuns (PE), São Paulo, Santa Catarina, Serra dos Órgãos e Rio de Janeiro.

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Unha-de-gato (Uncaria tomentosa)
Essa é medicinal


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A planta medicinal unha-de-gato (Uncaria tomentosa) não deve ser confundida com outra planta também conhecida popularmente como unha-de-gato (Ficus pumila), uma trepadeira muito utilizada em paisagismo aqui no Brasil para cobrir muros e paredes.


 A unha-de-gato (Uncaria tomentosa) é uma planta medicinal muito popular no Peru. Trata-se de uma trepadeira arbustiva que cresce apoiada geralmente em uma árvore, com folhas compostas, opostas e ovais. Seu nome popular foi inspirado na semelhança de seus espinhos com as unhas do gato - nos Estados Unidos ela é conhecida como Cat's claw.


 Sabe-se que os incas foram os primeiros a tirar benefícios de seus princípios ativos e, ao passarem os seus conhecimentos para os índios, deixaram uma riqueza medicinal utilizada no tratamento de doenças como artrite, gastrite, reumatismo e inflamações em geral. Descrita pela primeira vez em 1830, a unha-de-gato pode ser encontrada em toda a amazônia peruana e principalmente nas bacias dos rios da selva central do Peru.


 A planta começou a despertar o interesse científico somente em 1970, quando foram realizadas inúmeras pesquisas na Europa que acabaram comprovando o seu valor terapêutico. Pesquisas comprovaram a eficácia da unha-de-gato nas ações antiinflamatórias. Vários estudos realizados na Áustria, Alemanha, Inglaterra, Hungria, Itália, Peru e Brasil mostram efeitos benéficos da unha-de-gato (Uncaria tomentosa) no tratamento de amigdalites, artrite, sinusite, bursite e rinite.


 A planta também é benéfica para o tratamento de doenças reumáticas e musculares, principalmente na terceira idade. Os princípios ativos de maior interesse são os alcalóides oxindólicos e os compostos glicosídeos do ácido quinóvico que demonstram ser os responsáveis pelos efeitos antiinflamatórios.
 As propriedades medicinais da unha-de-gato (Uncaria tomentosa) vêm surpreendendo o meio científico a cada dia. Em 1995, essa selvagem planta peruana foi de grande importância no tratamento das vítimas do acidente nuclear ocorrido em Chernobil, na Ucrânia.


 Atualmente, unha-de-gato está sendo estudada no tratamento de doenças como o câncer e a Aids, em razão de seu poder modulador do sistema imunológico.

 

 

Quinoa – Propriedades Medicinais

A Quinoa (Chenopodium quinoa Wild) é uma planta nativa da Colômbia, Peru e Chile, que produz um grão indispensável à alimentação e à vida do homem no altiplano andino.

Somente no último terço do século XX, os bolivianos redescobriram o valor do grão. A partir de estudos científicos e do melhoramento de algumas variedades – como a quinoa “sajama” – verificou-se uma grande expansão, tanto do seu cultivo como do seu consumo no país.

No Brasil, as pesquisas com a quinoa começaram na década de 1980, pela Embrapa, na sua unidade de Brasília, obtendo-se ótimos resultados. Atualmente, agrônomos, engenheiros de alimentos, nutricionistas e outros profissionais pesquisam cada vez mais a quinoa, inclusive procurando adaptá-la ao solo de cerrado brasileiro

Cada 100 gramas de quinoa contêm 15 gramas de proteínas, 68 g de carboidratos, 9,5 mg de ferro, 286 mg de fósforo, 112 mg de cálcio, 5 g de fibras e 335 kcal. A composição pode variar um pouco, em razão da diversidade de sementes.

A quinoa não contém glúten e pode substituir o trigo na produção de farinha, a soja na produção de óleo, o milho para biodiesel e o arroz na alimentação. (Fonte: Wikipedia)

Descrição: Quinoa

Quinoa

Nomes Populares:
•Quinoa
•Quinua

Propriedades:
•É extremamente nutritiva,
•Indicada para casos de apendicite,
•catarro,
•inflamações,
•lesões na pele e luxação,
•tuberculose,
•Para problemas no fígado,
•enjoos em casos de transportes e altitude,
•e nas vias urinárias.

 

 

Endro – Propriedades Medicinais

O endro (Anethum graveolens) é uma planta medicinal originária do Mediterrâneo e da Ásia Ocidental. Seu nome deriva da palavra nórdica dilla  que quer dizer “acalmar”, porque os antigos acreditavam que o endro era capaz de trazer um sono mais tranquilo. Seus usos medicinais são conhecidos há milhares de anos, principalmente no Oriente, no Egito e na Grécia.

Os romanos também utilizavam a planta para fins medicinais e como forma de pagamento, pois ela tinha um alto valor comercial. Até mesmo os gladiadores apreciavam as sementes do endro, por acreditarem que elas aumentavam a força física. E você, conhece as propriedades e benefícios do endro?

Descrição: Endro

Endro

Nomes Populares
•Aneto
•Dill,
•Funcho bastardo

Propriedades

A linolina é o princípio ativo mais importante do endro e confere à planta propriedades antiviral, fungicida e bactericida. Ela também contém antioxidantes, que combatem os radicais livres, ácidos graxos, importantes para o bom funcionamento do coração e a carvona, que atua como calmante, além de melhorar a digestão.

Devido a essas e outras substâncias, o endro é indicado para tratar e prevenir vários problemas, como:
•Insônia
•Soluço
•Diarreia
•Disenteria
•Distúrbios menstruais
•Má digestão
•Doenças respiratórias
•Flatulência
•Ansiedade
•Náusea

Além disso, o endro é
•Diurético
•Desintoxicante
•Carminativo
•Antiespasmódico
•Estimula a lactação
•Fortalece dentes e ossos

Precauções

O uso do endro é contraindicado para crianças com menos de seis anos, pessoas com gastrite, úlcera, síndrome do intestino irritável e outros problemas de saúde. Consulte um médico antes de começar qualquer tratamento feito com a planta para se certificar de que ele não lhe fará mal.

 

 

 


Cardo Mariano – Propriedades Medicinais

O Silybum marianum, conhecido popularmente como cardo mariano, é uma planta nativa dos países europeus, mas que hoje pode ser encontrada em quase todo o mundo. Seu tamanho é médio, entre 1,5m e 3m de altura, e possui folhas grandes e espinhosas. As substâncias benéficas são encontradas principalmente nos frutos secos da planta, com os quais são preparados os remédios caseiros.

Os usos medicinais do cardo mariano são conhecidos a milhares de anos. Registros escritos mostram que a planta já era utilizada pelos romanos nos século I para proteger o fígado. Desde então, o cardo se tornou conhecido por suas propriedades medicinais e foi usado por diferentes civilizações.

Descrição: Cardo Mariano

Flor do cardo leiteiro

Nomes Populares

O cardo mariano também é chamado de:
•Cardo de Santa Maria
•Cardo de Nossa Senhora
•Cardo Leiteiro
•Cardo Santo
•Serralha de Folhas Pintadas

Propriedades

Em 1960, cientistas alemães separaram a substância ativa mais importante da planta: a silimarina. Ela é a grande responsável pelos benefícios do cardo mariano para o bom funcionamento do fígado. Por essa razão, a ingestão do cardo-leiteiro é indicada para tratar:
•Hepatite
•Cirrose
•Alcoolismo
•Cálculos biliares
•Dispepsia
•Dor de barriga
•Psoríase

Cuidados

O consumo excessivo do cardo mariano pode causar alguns efeitos colaterais, como náusea, vômito, dor de cabeça e diarreia. Por isso, é importante seguir as recomendações de uso e não usar a planta por muito tempo. Mulheres grávidas ou em período de aleitamento devem consultar o médico antes de seguir qualquer tratamento com a planta medicinal.

 

 

Stevia – Propriedades Medicinais

A Stevia rebaudiana é uma planta nativa do Paraguai, conhecida pelo seu potencial adoçante. Os índios guaranis foram os primeiros a usá-la para adoçar suas bebidas. Grandes consumidores da erva mate, eles observaram que bastava acrescentar uma folha da stevia ao chá para que ele ficasse adocicado. Com a chegada dos europeus a América, a folha doce se tornou ainda mais conhecida e suas propriedades passaram a ser estudadas por estudiosos do mundo todo.

Hoje, o adoçante a base de stevia é comercializado em quase todos os países do mundo, sobretudo no Japão. Ele é uma alternativa mais saudável para os adoçantes artificias, que se mostraram prejudiciais em vários estudos científicos. Além disso, a planta também é famosa por dificultar a absorção de açúcar durante a digestão, ajudando, assim, a controlar o diabetes, a pressão alta e a obesidade.

Descrição: Stevia Rebaudiana

Stevia Rebaudiana

Nomes Populares:
•Capim-doce
•Eura-caá
•Erva-adocicada
•Estévia
•Folha-doce
•Planta-doce

Propriedades:

A stevia é:
•Hipoglicemiante
•Hipotensora
•Diurética
•Cardiotônica
•Calmante
•Desintoxicante

Devido a essas propriedades medicinais, a stevia é indicada para tratar diversos problemas de saúde, como:
•Diabetes
•Hipertensão
•Azia
•Reumatismo
•Fadiga
•Depressão
•Insônia
•Obesidade

Precauções

Os diabéticos devem tomar cuidado com o tratamento a base de stevia. É importante que a utilização da erva seja acompanhada por um médico, que possa avaliar os resultados obtidos com o tratamento natural. Em nenhuma hipótese, o chá de stevia substitui a medicação indicada por um especialista.

 

 

Urucum do Peru - Bixa orellana

Descrição: https://plantamundo.com/adm/fotos/thumb_Bixa%20orellana%20-%20Peruvian.jpgClique na imagem
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Nesta variedade originada no Peru, os frutos são quase fluorescentes. Sugerimos cultivar como ornamental, já que quando carregada de frutos (após as belas flores) a árvore chama realmente a atenção.

Usos: Seu uso mais popular é como corante de comidas, cosméticos e até mesmo do corpo. USOS MEDICINAIS: Indicações: Problemas respiratórios, cardiovasculares e digestivos,hemorroidas, desinfecção de ferimentos e queimaduras na pele, febre e inflamação em geral. Propriedades: Antibiótica, hemostática, anti-inflamatória, antioxidante, antipirética, cardiotônica, cicatrizante, depurativa, digestiva e expectorante. Partes usadas: Frutos, sementes e raízes.

Cultivo: Devem ser cultivadas sob sol pleno, em solo fértil, bem drenado, e enriquecido com matéria orgânica. Árvore tipicamente tropical, não se adapta a países de clima temperado. Não tolera frio ou geadas. Multiplica-se por sementes e por estaquia.

Nativa: Peru

Família: Bixaceae

 

 

 

 

ERVA-LUIZA

Nome Científico: Aloysia triphylla   Royle

Família botânica: Verbenaceae

Sinonímias: Lippia citrodora Kunth, Aloysia citriodora Cav.
 
Descrição: https://www.hortomedicinaldohu.ufsc.br/banco/28.03.20121332954116Aloysia%20triphylla%20220flores.jpg
 


Nomes populares: erva-cidreira, cidró, cidrózinho, cidrão, "Cedrón" (Peru), limão-verbena, verbena, erva-da-pontada, cidró-pessegueiro, erva-luíza, etc.

Origem ou Habitat: nativo da América do Sul, provavelmente do Chile. É cultivada no Sul do Brasil. Foi introduzida na Europa e norte da África.

Características botânicas: arbusto grande, muito ramificado, ereto, aromático, medindo de 2-3 m de altura. Folhas simples, glabras em ambas as faces, de margens serreadas na porção apical, verticiladas, em número de 3 ou 4 por nó, de 8-12cm de comprimento. Flores brancas ou rosadas, dispostas em inflorescências paniculadas terminais.

Uso popular: é considerada uma erva adstringente e aromática, rica em óleo essencial, que age como sedativo brando, febrífugo, antiespasmódico. Suas folhas são empregadas internamente contra resfriados, gripes, como digestiva, tônica, antiespasmódica, carminativa, eupéptica e calmante.

Composição química: óleo essencial (citral, limoneno, citronelol, geraniol, α e β-pineno, cineol, etil-eugenol, entre outros); flavonóides (luteolina-7-diglicuronídeo, apigenina, crisoeriol, hispidulina, etc.); compostos fenólicos (verbascosídeo); taninos hidrolisáveis; iridóides; etc. (Alonso, Lorenzi, Simões)

Ações farmacológicas: a maior parte destas ações estão ligadas ao óleo essencial: atividade antiespasmódica, eupéptica, carminativa, antimicrobiana, analgésica local e ligeiramente sedante. (Alonso)
 A infusão das folhas demonstrou efeitos antioxidante in vitro (Valentao P. et al., 2002).

Efeitos adversos e/ou tóxicos: relativos ao óleo essencial, em altas doses comporta-se como um neurotóxico. O uso prolongado provoca irritação da mucosa gástrica. O emprego do óleo essencial em perfumaria provocou reações de hipersensibilidade na pele ante a exposição solar. Cabe assinalar que tanto o citral como o geraniol, são agentes tóxicos para a pele quando se aplicam em forma cutânea. (Abramovici A., 1988 em Alonso).

Contra-indicações: o óleo essencial produz uterotonicidade, por isso é contra indicado durante a gravidez. A ação irritativa sobre as mucosas contra indica seu uso nos processos de gastrite, úlceras e lesões do sistema urinário. Não administrar tampouco durante a lactação. (Newall C. et al., 1996 apud Alonso).
 Para o infuso de folhas não há relato de efeitos adversos.

Posologia e modo de uso: infusão: para uma xícara colocar 1 colher de sopa de folhas e flores , verter água quente sobre as folhas , abafar 15 min., Coar e tomar. Toma-se 2-3 xícaras ao dia.


Descrição: https://www.hortomedicinaldohu.ufsc.br/banco/28.03.20121332954116Aloysia%20triphylla%20640%20f.jpgDescrição: https://www.hortomedicinaldohu.ufsc.br/banco/28.03.20121332954116Aloysia%20triphylla%20640%20folhas.jpgDescrição: https://www.hortomedicinaldohu.ufsc.br/banco/28.03.20121332954116Aloysia%20triphylla%20640%20flores.jpg
 

 

 

Ervas Abortivas (não recomendada a gestantes)

Descrição: Simplesmente eu! Fã de Remédios Naturais, Medicina Alternativa, Plantas Medicinais, e todas as terapias alternativas...

Natália

A Medicina Alternativa, como é o caso da utilização de Plantas Medicinais, Remédios Naturais, Curas Caseiras, entre outras terapias alternativas têm cada vez mais confirmado a sua segurança e eficácia...

 

 

Se utiliza com frequência ervas e plantas medicinais, lembre-se que durante os três primeiros meses de gestação, deve ser evitado o uso de qualquer espécie de planta medicinal, cujos estudos para avaliação de efeitos tóxicos e de má formação sobre o feto não estejam ainda concluídos.

Em baixo, fica a lista de algumas plantas que não são recomendadas durante a gestação, visto algumas delas terem efeitos abortiferos, usadas como até como ervas abortivas e como remédios para abortar.

Lista de Ervas Abortivas  (não recomendadas a gestantes):

Achalypha indica
Contra-indicada na: Gestação
Justificativa: Emenagoga

Achillea millefolium (Mil folhas)
Contra-indicada na: Gestação
Justificativa: Estimulante do útero, contraceptiva, abortiva, emenagoga

Achyranthes aspera
Contra-indicada na: Gestação
Justificativa: emenagoga

Albizia julibrissin
Contra-indicada na: Gestação
Justificativa: Emenagoga, citotóxica

Allium sativum (Alho)
Contra-indicada na: Lactação
Justificativa: Cólicas no lactente

Aloe sp. (Babosa)
Contra-indicada na: Gestação e lactação
Justificativa: Emenagoga, abortiva, mutagênica, ocitóxica, catártica.

Anemopaegma sp (Catuaba)
Contra-indicada na: Gestação
Justificativa: Aborto

Angelica archangelica (Angélica européia)
Contra-indicada na: Gestação
Justificativa: emenagoga, estimulante do útero.

Angelica sinensis (Angélica chinesa)
Contra-indicada na: Gestação
Justificativa: Estimulante do útero, emenagoga.

Arctium lappa (Bardana)
Contra-indicada na: Gestação
Justificativa: Estimulante do útero, ocitócica

Areca cathechu
Contra-indicada na: Gestação
Justificativa: Teratogênica, fetotoxina

Arctostaphylos uva-ursi (Uva-ursi)
Contra-indicada na: Gestação, lactação
Justificativa: Ocitócica, citotóxica, ação emética

Aristolochia sp. (Jarrinha, Mil folhas)
Contra-indicada na: Gestação
Justificativa: Estimulante do útero, abortiva, nefrotóxica, carcinogênica

Arnica montana (Arnica)
Contra-indicada na: gestação e lactação
Justificativa: Hemorragia, aborto, vômitos e cólicas.

Artemisia absinthium (Losna)
Contra-indicada na: gestação e lactação
Justificativa: Contrações, aborto, cólicas e convulsões

Astragalus lentiginosus
Contra-indicada na: Gestação
Justificativa: Abortiva, teratogênica

Baccharis sp. (Carqueja)
Contra-indicada na: Gestação
Justificativa: Abortiva, relaxante do útero

Brassica alba (Mostarda)
Contra-indicada na: Gestação
Justificativa: Emenagoga, abortiva

Calendula officinalis (Calêndula)
Contra-indicada na: Gestação
Justificativa: Emenagoga, abortiva

Cassia senna (Sene)
Contra-indicada na: Gestação e lactação
Justificativa: Contrações, aborto, diarréia no lactente

Cassia tora (Mata pasto)
Contra-indicada na: Gestação
Justificativa: Contrações e aborto

Chenopodium ambrosioides (Erva de Santa Maria / Mastruço)
Contra-indicada na: Gestação e lactação
Justificativa: Contrações, aborto, vômitos e torpor.

Chondodendron tomentosum (Abutua)
Contra-indicada na: Gestação
Justificativa: Emenagoga

Cimicifuga racemosa (Cimicífuga)
Contra-indicada na: Gestação, lactação
Justificativa: Ação hormonal, irritante do trato digestivo dos lactentes

Cinchona spp. (Quina verdadeira)
Contra-indicada na: Gestação
Justificativa: Estimulante do útero, abortiva

Coix lacrima-jobi (Lágrimas de Nossa Senhora)
Contra-indicada na: Gestação
Justificativa: Contrações

Colchicum autumnale
Contra-indicada na: Gestação
Justificativa: Mutagênica, fetotoxina

Coleus barbatus (Boldo)
Contra-indicada na: Gestação
Justificativa: Abortiva

Commiphora momol (Mirra)
Contra-indicada na: Gestação
Justificativa: Emenagoga, abortiva

Commiphora myrrha (Mirra)
Contra-indicada na: Gestação
Justificativa: Hemorragia e aborto

Connium maculatum
Contra-indicada na: Gestação
Justificativa: Teratogênica

Copaifera sp (Copaíba)
Contra-indicada na: Gestação e lactação
Justificativa: Má formação no recém-nascido, cólicas e diarréia

Coptis chinensis
Contra-indicada na: Gestação
Justificativa: Emenagoga

Corydalis yanhusuo
Contra-indicada na: Gestação
Justificativa: Emenagoga

Crataegus oxyacantha (Crataego)
Contra-indicada na: Gestação
Justificativa: Reduz motilidade uterina

Crysanthemum vulgare (Crisântemo)
Contra-indicada na: Gestação
Justificativa: Abortiva

Curcuma longa (Açafrão falso)
Contra-indicada na: Gestação
Justificativa: Emenagoga, abortiva

Curcuma zedoaria (Zedoária)
Contra-indicada na: Gestação
Justificativa: Abortiva

Cymbopogon citratus (Capim santo / Capim limão)
Contra-indicada na: Gestação
Justificativa: Relaxante do útero

Cynara scolymus (Alcachofra)
Contra-indicada na: Lactação
Justificativa: Redução do Leite e sabor amargo no leite

Datura stramonium (Trombeteira)
Contra-indicada na: Gestação
Justificativa: Abortiva, tóxica

Dianthus superbus (Cravo dos jardins)
Contra-indicada na: Gestação
Justificativa: Aborto

Ephedra sinica (Efedra)
Contra-indicada na: Gestação, lactação
 Justificativa: Estimulante do útero, estimulante do sistema nervoso central

Equisetum arvense (Cavalinha)
Contra-indicada na: Gestação
 Justificativa: causa deficiência de vitamina B1 (tiamina)

Eupatorium cannabicum
Contra-indicada na: Gestação, lactação
 Justificativa: Emenagoga, abortiva, hepatotóxica

Eupatorium perfoliatum
Contra-indicada na: Gestação
 Justificativa: Abortiva

Eupatorium purpereum
Contra-indicada na: Gestação, lactação
 Justificativa: Abortiva, hepatotóxica

Euphorbia pilulifera (Erva andorinha)
Contra-indicada na: Gestação
 Justificativa: Contrações e aborto

Foeniculum vulgare (Funcho / Erva doce)
Contra-indicada na: Gestação
 Justificativa: Contrações, ação hormonal, emenagoga, abortiva

Forsythia suspensa
Contra-indicada na: Gestação
 Justificativa: Emenagoga

Fucus vesiculosus (Fucus)
Contra-indicada na: Gestação
 Justificativa: Ação hormonal

Glycine max (Soja)
Contra-indicada na: Amamentação
 Justificativa: Redução do leite

Glycyrrhiza glabra (Alcaçuz)
Contra-indicada na: Gestação
 Justificativa: Emenagoga, ação hormonal

Glycyrrhiza uralensis (Alcaçuz chinesa)
Contra-indicada na: Gestação
 Justificativa: Emenagoga, ação hormonal

Gossypium herbaceum (Algodoeiro)
Contra-indicada na: Gestação
 Justificativa: Emenagoga

Harpagophytum sp (Garra do diabo)
Contra-indicada na: Gestação
 Justificativa: Retardo do parto (SUS) e ocitócico (CFF)

Hedera helix (Hera)
Contra-indicada na: Gestação
 Justificativa: Estimulante do útero, abortiva

Hibiscus rosa-sinensis (Hibisco)
Contra-indicada na: Gestação
 Justificativa: Emenagoga, abortiva

Hypericum perforatum (Hipérico)
Contra-indicada na: Gestação
 Justificativa: Emenagoga, estimulante do útero, abortiva

Hyssopus officinalis
Contra-indicada na: Gestação
 Justificativa: Emenagoga, abortiva

Inula viscosa
Contra-indicada na: Gestação
 Justificativa: Abortiva

Laminaria kombu (Alga kombu)
Contra-indicada na: Gestação, lactação
 Justificativa: Interfere nas funções da tireóide

Leonorus cardiaca (Erva macaé)
Contra-indicada na: Gestação
 Justificativa: Emenagoga

Leonurus heterophyllus (Erva macaé)
Contra-indicada na: Gestação
 Justificativa: Emenagoga, estimulante do útero, abortiva

Leonurus sibiricus (Erva macaé)
Contra-indicada na: Gestação
 Justificativa: Contrações e aborto

Levisticum officinale
Contra-indicada na: Gestação
 Justificativa: Emenagoga

Ligusticum chuanxiang
Contra-indicada na: Gestação
 Justificativa: Emenagoga

Lingusticum wallichii
Contra-indicada na: Gestação
 Justificativa: Emenagoga, abortiva

Linnum usitatissimum (Linhaça)
Contra-indicada na: Gestação
 Justificativa: Emenagoga

Lobelia inflata
Contra-indicada na: Gestação
 Justificativa: Relaxante do útero, tóxica

Matricaria recutita (Camomila)
Contra-indicada na: Gestação
 Justificativa: Emenagoga, relaxante do útero

Maytenus aquifolium (Espinheira santa)
Contra-indicada na: Lactação
 Justificativa: Redução do leite

Maytenus ilicifolia (Espinheira santa)
Contra-indicada na: Amamentação
 Justificativa: Redução do leite

Mentha arvensis (Hortelã japonesa)
Contra-indicada na: Gestação
 Justificativa: Emenagoga, abortiva

Mentha piperita (Hortelã)
Contra-indicada na: Gestação
 Justificativa: Emenagoga (CFF), Má formação no recém-nascido (SUS)

Mentha pulegium (Poejo)
Contra-indicada na: Gestação
 Justificativa: Emenagoga

Mikania glomerata (Guaco)
Contra-indicada na: Gestação
 Justificativa: Hemorragia

Momordica charantia (Melão de São Caetano)
Contra-indicada na: Gestação
 Justificativa: Emenagoga, abortiva

Myristica fragans (Noz moscada)
Contra-indicada na: Gestação
 Justificativa: Abortiva

Panax ginseng (Ginseng)
Contra-indicada na: Lactação
Justificativa: Pode causar androgenização

Phyllantus niruri (Quebra-pedra)
Contra-indicada na: Gestação e lactação
Justificativa: Aborto, cólicas e diarréia

Phytolacca sp. (Caruru de cacho)
Contra-indicada na: Gestação, lactação
Justificativa: Abortiva, catártico, tóxico

Pilocarpus jaborandi (Jaborandi)
Contra-indicada na: Gestação
Justificativa: Estimulante do útero, abortiva

Pimpinella anisium (Anis)
Contra-indicada na: Gestação
Justificativa: Ação hormonal, emenagoga

Plantago major (Tanchagem)
Contra-indicada na: Gestação
Justificativa: Contrações

Plumeria lancifolia (Agoniada)
Contra-indicada na: Gestação
Justificativa: Emenagoga

Polygonum acre (Erva-de-bicho)
Contra-indicada na: Gestação
Justificativa: Hemorragias e aborto

Prunus persica (Pêssego)
Contra-indicada na: Gestação, lactação
Justificativa: Emenagoga, abortiva, redução do leite, contém amigdalina (tóxica)

Punica granatum (Romã)
Contra-indicada na: Gestação
Justificativa: Contrações e aborto

Rauwolfia serpentaria
Contra-indicada na: Gestação
Justificativa: Abortiva, teratogênica

Rhamnus catharticus (Cáscara sagrada)
Contra-indicada na: Gestação, lactação
Justificativa: Estimulante do útero, abortiva, cólicas e diarréias no lactente

Rhamnus purshiana (Cáscara sagrada)
Contra-indicada na: Gestação e lactação
Justificativa: Contrações, aborto, cólicas e diarréia no lactente

Rheum officinale (Ruibarbo)
Contra-indicada na: Gestação, lactação
Justificativa: Estimulante do útero, catártico, cólicas e diarréias no lactente

Rheum palmatum (Ruibarbo)
Contra-indicada na: Gestação, lactação
Justificativa: Estimulante do útero, mutagênico, abortiva, genotoxinas, cólicas e diarréias no lactente

Rivia hypocrateriformis
Contra-indicada na: Gestação
Justificativa: Abortiva

Rosmarinus officinalis (Alecrim)
Contra-indicada na: Gestação
Justificativa: Abortiva

Ruta chapelensis (Arruda)
Contra-indicada na: Gestação
Justificativa: Genotóxica

Ruta graveolens (Arruda)
Contra-indicada na: Gestação
Justificativa: Emenagoga, estimulante do útero, abortiva

Salvia fruticosa (Sálvia)
Contra-indicada na: Gestação
Justificativa: Abortiva, genotóxica

Salvia officinalis (Sálvia)
Contra-indicada na: Gestação (SUS), Lactação (CFF)
Justificativa: Contrações (SUS), ação hormonal, abortiva, redução do leite (CFF)

Sassafras ibidum
Contra-indicada na: Gestação
Justificativa: Abortiva

Sida veronicaefolia (Cajazeira)
Contra-indicada na: Gestação
Justificativa: Abortiva

Silybum marianum (Cardo mariano)
Contra-indicada na: Gestação
Justificativa: Emenagoga

Smilax sp (Salsaparrilha)
Contra-indicada na: Gestação
Justificativa: Abortiva

Solanum paniculatum (Jurubeba)
Contra-indicada na: Gestação
Justificativa: Aborto

Symphytum officinale (Confrei)
Contra-indicada na: Gestação, lactação
Justificativa: Ação hormonal, fetotoxinas, hepatotóxica

Tabebuia impetiginosa (Ipê roxo)
Contra-indicada na: Gestação
Justificativa: Abortiva, teratogênica

Tanacetum parthenium (Tanaceto)
Contra-indicada na: Gestação, lactação
Justificativa: Emenagoga, alteração do sabor do leite

Tanacetum vulgare (Tanaceto)
Contra-indicada na: Gestação, lactação
Justificativa: Emenagoga, abortiva, alteração do sabor do leite

Tabercula sp (Ipê)
Contra-indicada na: Gestação
Justificativa: Má formação no recém-nascido

Thuya occidentalis (Tuia)
Contra-indicada na: Gestação
Justificativa: Emenagoga, estimulante do útero, abortiva

Thymus spp. (Tomilho)
Contra-indicada na: Gestação
Justificativa: Emenagoga

Trigonella foenun-graecum (Feno grego)
Contra-indicada na: Gestação
Justificativa: Emenagoga, estimulante do útero, abortiva

Tussilago farfara
Contra-indicada na: Gestação, lactação
Justificativa: Abortiva, fetotoxina, hepatotóxica, laxante, genotóxica

Urtica spp (Urtiga)
Contra-indicada na: Gestação
Justificativa: Emenagoga, abortiva

Vitex agnus-castus (Vitex)
Contra-indicada na: Gestação
Justificativa: Emenagoga, ação hormonal

 

ATENÇÃO: É ainda importante realçar que estas substâncias são em sua maioria tóxicas e envenenam o organismo da gestante podendo provocar hemorragias que levam ao aborto, e por isso utilizadas como ervas abortivas e que funcionam como remédios para abortar. No entanto, não existem substâncias propriamente abortivas capazes de simplesmente esvaziar o útero, sendo que em alguns casos, a toma destas substâncias podem mesmo levar a morte.

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Varizes

Descrição: Simplesmente eu! Fã de Remédios Naturais, Medicina Alternativa, Plantas Medicinais, e todas as terapias alternativas...

Natália

A Medicina Alternativa, como é o caso da utilização de Plantas Medicinais, Remédios Naturais, Curas Caseiras, entre outras terapias alternativas têm cada vez mais confirmado a sua segurança e eficácia...

 

 

O curso de sangue através das veias no seu regresso ao coração depende sobretudo de contracções musculares. A falta de exercício, a gravidez ou a obesidade podem tomar esse regresso tortuoso, porque as paredes dos vasos sanguíneos enfraquecem e o sangue fica estagnado, o que produz as varizes, que aparecem à superfície da pele como ceias inchadas e torcidas.

Chá de Urtiga e Meliloto:
•As plantas ricas em sílica, como a urtiga e a cavalinha, ajudam a fortalecer as paredes das veias, tal como fazem plantas como a bolsa-de-pastor e o tigre-mourisco, que contêm bioflavonóides.

Ingredientes:
•10 g de urtiga seca.
•10 g de meliloto seco.
•10 g de bolsa-de.pastor seca ou tigre-mourisco seco.
•20 ml de sumo de cavalinha.
•500 ml de água.

Como Preparar o Chá:
•Usar sumo de cavalinha preparado comercialmente ou fazer uma decocção fervendo em lume brando 60 g de erva fresca em 750 ml de água durante pelo menos 3 horas, acrescentando água à medida que se for evaporando.
•Misturar as plantas secas num bule ou jarro com tampa e juntar a água a ferver. Deixar abrir durante um quarto de hora e passar pelo passador.
•Juntar o sumo de cavalinha ou 100 ml de decocção caseira ou chá e mexer bem.

Tratamento:
•Um copo de vinho 3 vezes por dia antes das refeições.

Tratamentos Suplementares:
•Levantar os pés da cama 10-15 centímetros.
•Pôr compressas de hamamela destilada ou tintura de cavalinha bem frias nas zonas afectadas.

 

Colesterol (Plantas Medicinais que Ajudam)

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Algumas plantas medicinais, apesar de serem naturais são autênticos remédios caseiros para o Colesterol.

Para além de manter uma alimentação saudável, estas plantas medicinais para Colesterol são extremamente benéficas contra as complicações que advêm do excesso de gordura no sangue.

Podem até ajudar a solucionar problemas em que o colesterol é hereditário e não consequência do estilo de vida. Conheça três plantas que podem salvar as suas artérias. Em caso de dúvida, consulte o seu médico.

Ispagula

Descrição: https://www.hipernatural.com/images/plantas/ispagula.jpg

Também conhecida como plantago, a parte desta planta (plantago ovata) que interessa é a cutícula, ou pele, das sementes. Tem efeitos anticolesterol graças à mucilagem, uma fibra solúvel normalmente recomendada como complemento em dietas de pessoas com hipercolesterolemia moderada. Esta fibra reduz a absorção das gorduras em geral, já que potencia a eliminação de sais biliares, dos quais o colesterol faz parte. Deve ser tomada num preparado, três vezes ao dia, na quantidade de 10 g, bebendo juntamente dois copos de água.

Goma-guar

Descrição: https://www.guargum.biz/images/guargum_plant.jpg

 É extraída do endosperma da semente de cyamopsis tetragonolobus, obtendo-se através da sua trituração e hidrólise. Os componentes da goma guar, para além de reduzirem o apetite, retardam a absorção de gorduras e hidratos de carbono, pelo que estimulam a redução dos níveis de colesterol total e de LDL, o mau. Deve ser associada a um plano alimentar pobre em gorduras. Deve ser tomada em pó (4 a 5 g), diluída num copo de sumo, antes das refeições. Comece com meia dose diária e vá aumentando até às duas ou três doses por dia.

Alfafa

Descrição: https://www.agronomia.com.br/media/imagens/imagens_artigos/artigos_leguminosas_subtropicais_alfafa_imagem_01.jpg

As sementes da medicago sativa, que pertence ao género de plantas faseoláceas (leguminosas) para forragens.

Estas sementes contêm lecitina (reduz o colesterol total e LDL e contribui para a combustão das gorduras), fitoesteróis e taninos (impedem a absorção de gorduras por parte do sangue) e minerais como cobre, zinco e selénio (evitam que o colesterol oxide e que obstrua as artérias).

Deve ser tomada diariamente. A dose recomendada é de 250 a 1500 mg de extracto de alfafa ou em preparado.

3 hábitos que não deve prescindir para conseguir diminuir o Colesterol:

1. Evitar o consumo de bebidas alcoolicas
 2. Deixar de fumar
 3. Praticar exercício físico de forma regular

 

Descrição: Impotência

Impotência

 

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Impotência

As tensões, a exaustão e o excesso de álcool e tabaco podem contribuir para problemas sexuais, com frasco libido e dificuldades no acto sexual. As plantas têm sido usadas como afrodisíacos em todas as culturas e encontramos plantas como esquizandra  e withanio, cujas bagas e raiz respectivamente entram na composição de muitos remédios comercializados.

Chá de Damiana e Canela:
•A damiana era usada tradicionalmente na América do sul como forte afrodisíaco- seu nome botânico chegou a ser turnera aphrodisiaca. A esquizandra é utilizada há séculos na China como tónico sexual tanto para homens como para mulheres, aumentando a resistência e o vigor.

Ingredientes:
•10 g de casca seca de canela.
•10 g de bagas secas de esquizandra.
•15 g de folhas de damiana.
•500 ml de água.

Como Prepara o Chá:
•Misturar a canela, as bagas de esquizandra e a água num tacho e deixar a ferver em lume brando durante um quarto de hora, para obter uma decocção.
•Deitar as folhas de damiana num bule e juntar a decocção a ferver.
•Deixar abrir durante 10 minutos e passar pelo passador. Guardar num jarro tapado em local fresco.

Tratamento:
•Um copo de vinho 3 vezes por dia antes das refeições.

Tratamentos Suplementares:
•Experimentar uma massagem corporal com óleos essenciais antes do acto sexual- jasmin, ilangue-ilangue, rosa, patchuli e sândalo, todas têm efeitos afrodisíacos. Utilizar 5 gotas de óleo essencial de qualquer destas plantas em 5 ml de óleo de amêndoas-doces.

 

 

Infertilidade

 

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Infertilidade

A infertilidade masculina está muitas vezes associada a uma baixa contagem de espermatozóides. Recentes investigações dinamarquesas- embora feitas apenas num pequeno número de homens – sugerem que as modernas comidas sintéticas e os altos níveis de presticidos nos alimentos podem contribuir para essa condição. Comer produtos cultivados organicamente, não beber álcool nem cafeína, não fumar e usar vestuário folgado são coisas que podem ajudar.

Vinho de Bistorta e Canela:
•A bistorta é usada como tónico energético reprodutivo há muitas gerações. Os sábios taoístas viviam, ao que parece, durante séculos por tomarem esta planta, tradicionalmente usada para aumentar a contagem dos espermatozóides.

Ingredientes:
•250 g de bistorta seca.
•150 g de casca seca de canela.
•100 g de raiz seca de alcaçuz.
•1-2 litros de vinho tinto.

Como Preparar o Vinho:
•Deitar todas as plantas num grande pote de cerâmica.
•Juntar o vinho tinto até encher o pote e cobrir completamente as plantas.
•Deixar macerar durante 10-14 dias.

Tratamento:
•Um cálice de mistura por dia, acrescentando sempre vinho ao pote, para ficar cheio, e manter as plantas cobertas.

Atenção:
•A mistura dura vários meses se estiver sempre bem coberta com vinho. Deitar fora ao primeiro indicio de mofo nas plantas.

Tratamentos Suplementares:
•Tomar 2-3 pérolas de alho e 500 mg de ginseng em cápsulas por dia.
•Tomar a quantidade adequada de vitaminas do complexo B e E  e comer regularmente sementes de abóbora para manter o nível de zinco no organismo.
•Se as tensões contribuírem para o problema, tomar uma infusão de solidéu, verbena, tília ou camomila.

 

 

 

 

As Plantas Medicinais

ABÚTUAÉ diurético e febrífugo

Parte usada: raiz e casca do tronco, por decocção.Posologia e modo de usar: Entre em contato conosco.Outros nomes da planta: parteirabrava, parreira-do-mato, uva-do-rio-apa.

ABÚTUA-MIÚDAÉ febrífuga.

Parte usada: casca e raiz, por decocção.Posologia e modo de usar: Entre em contato conosco.

ACARIÇOBAAperiente, desobstruente, diurético, emética e tônica.

Parte usada: toda a planta.Posologia e modo de usar: Entre em contato conosco.Não se faz o uso das folhas internamente, pois são venenosas.Externamente se usa o decocto da planta toda para combater as sardas e outras manchas da pele.Internamente usa-se o decocto da raiz.Outros nomes da planta: erva-do-capitão, barbarosa, acaciroba, acaricaba.

ACÔNITOSA aconitina e seus efeitos.Perigos do uso desta planta, que os tratados populares recomendam às vezes irresponsavelmente.Os acônitos são vários e contém alcalóides ativíssimos. Podem utilizar-se comumente como plantas de adorno ou de salão e crescem nas montanhas. O alcalóide cristalizado que se conhece como aconitina foi extraído por Duquesnel.As variedades de acônitos de que se vale a medicina séria são:

l. Aconitum ferox: A raiz desta variedade é rica em seudoaconitina, seudoaconina, aconina, etc. Estamos falando na índia e nas regiões do Himalaia.

2. Aconitum napellus: É, entre as quatro variedades francesas, a mais utilizada. A folha em estado fresco e a raiz, são o que se emprega desta variedade, na que tem aconitina e aconina em doses bem pequenas.Droga muito venenosa é a aconitina. Devem ser respeitados os seus efeitos na forma das diversas preparações, existem divergências e vários médicos experimentaram sobre si mesmos. O que o leitor leigo deve ter em conta, é que não está capacitado para manejar o acônito nem a aconitina. O leigo deve abster-se de seu uso, pois pode acontecer perigo de morte, pois, em certas regiões, os nativos molhavam as pontas de suas lanças e suas flechas no suco do acônito, para fazê-las mortais.Admitidamente, é sedante e analgésico, atuando com especialidade na neuralgia do trigêmino. Utilizava-se assim mesmo como anticongestivo e diurético, mas a medicina tem chegado a convencer-se de que antigamente se tinha empregado com excesso, em afecções em que não podia dar nenhum resultado. Por isso o emprego do acônito se tem restringido, e faríamos mal em dar fórmulas, já que é ao médico e não ao paciente a quem cumpre decidir sobre sua utilização em cada caso particular.Por isso repetimos: abstenha-se de usar por si mesmo, a despeito de quanto se diga nos tratados populares de cura com plantas.

AGONIADAEmprega-se nas afecções histéricas, na asma, nas atonias gastrointestinais, nos catarros crônicos, na clorose, nas febres intermitentes, nas menstruações difíceis.

Parte usada: folhas, por infusão.Posologia e modo de usar: Entre em contato conosco.

AGRIÃO-DO-PARÁPossui um sabor acre, picante. Quando se mastiga, provoca a salivação. As folhas comem-se cruas, em saladas. Como são muito picantes, podem misturar-se com outras ervas.Outro nome da planta: jambu-açu.

ALECRIM-DE-JARDIMAs sumidades floridas têm aplicação nos seguintes casos: clorose, dismenorréia, dispepsia, debilidade cardíaca, escrofulose, febres tifóides, gases intestinais, histeria, inapetência e tosse. O decocto das folhas é usado, em loção, contra as chagas gangrenosas; em banhos, contra o reumatismo articular. As folhas secas, reduzidas a pó, são boas para cicatrizar feridas. As gotas do suco das folhas, também são boas para o mesmo fim. O chá também se usa, com bom resultado, para lavar feridas. Para combater a sarna, preparar-se uma pomada, tomando-se 10 partes de gordura vegetal para uma parte de suco de alecrim.

Posologia e modo de usar: Entre em contato conosco.

AGAR AGAR OU AGÁRICO BRANCOPara os suores noturnos dos tuberculosos. Dúvidas sobre sua efetividade nestes casos.Quando o agárico se subministra em quantidades superiores a 3g seu efeito se troca em PURGANTE. Como purgante recomenda usar-se associado a outros purgantes suaves. Os tratados populares lhe atribuem propriedades tonificantes, indica-se em especial para as convalescenças das crianças ou para crianças doentes e anêmicas. Não poderíamos dizer se neste sentido tem realmente efetividade.

AGONIADAUm dos principais remédios nas doenças femininas.Indicado contra as cólicas e depressões pré-menstruais, afecções dos ovários, menopausa e metrorragia. Tonteiras, debilidade na época de menstruação, enjôos e vômitos, muitas vezes acompanhado de má digestão e enxaquecas.Em muitos casos onde a mulher tem dificuldades para engravidar, após o uso constante, pode-se chegar ao sucesso na gravidez. Maiores esclarecimentos, entre em contato conosco.

AGRIÃOPlanta nativa do Brasil. Descongestionante, digestiva, depurativa, diurético, rico em iodo, ferro, fosfato e óleos essenciais.Indicado para os tuberculosos, e para as pessoas que fumam.Para os alcoólatras, excelente depurativo do sangue, combate a anemia, raquitismo, gripes e aftas.

Parte usada: toda a planta, em saladas diariamente.

ALCACHOFRAPlanta das doenças modernas, pois combate a hipertensão arterial, a arterioesclerose, e mantem os níveis de colesterol.

Parte usada: toda a planta, em saladas diariamente.

ALCANFOREIRASeu óleo essencial, o alcanfor.Constitui o alcanfor um produto extraído da alcanforeira, árvore do Japão.A ação do alcanfor sobre o sistema nervoso parece ser a de estimular os centros vasomotor e respiratório, segundo demonstram os experimentos feitos sobre mamíferos, nos que atua na porção bulbar e cerebral. Pode produzir enjôos, convulsões violentas e delírio quando atua sobre o cérebro. Quando a dose é extremamente alta vem logo um estado depressivo, mas o organismo o troca em derivados sem atividade, de modo que as intoxicações concluem curando o enfermo.Em pequenas quantidades produz efeitos:

a) Sedativos.b) Antiespasmódicos.

Em doses mais elevadas:

a) Estimulantes.b) Excitantes.

Em doses extremamente altas:

a) Convulsivos.b) Paralisantes.

Recomendamos que não se tome por via oral, dados seus efeitos irritantes da mucosa gástrica.

ALFAVACA - (Occimum canum)É estimulante, carminativa, antiemética, sudorífica, e diurética.

Parte usada: folhas e sementes, por infusão.Posologia e modo de usar: Entre em contato conosco. Outros nomes da planta: remédio-de-vaqueiro, manjericão-de-folha-larga.

Externamente usa-se para gargarejos em casos de dor de garganta, angina, aftas. As folhas amassadas são boas para curar feridas. Com o chá das folhas, ou com o chá das sementes em maceração, preparam-se compressas que as mães lactantes aplicam sobre os bicos dos seios afetados.Usada em banhos, no tratamento do reumatismo, de cálculos e cólicas renais.Um dos poucos recursos que temos para baixar a taxa de ácido úrico.

ALFAZEMA - (Lavândula vera)Recomenda-se para os seguintes casos:anúria, amenorréia, apoplexia, asma, afecções do fígado e do baço, blenorragia, cãibra, clorose, dores de cabeça, enxaqueca, escrófulas, gotas hipocondria, inapetência, icterícia, leucorréia, nervosismo, reumatismo, ventosidades, má digestão e anti-espamódica.

Parte usada: toda a planta por infusão.Posologia e modo de usar: Entre em contato conosco.

Aplica-se topicamente cataplasma quentes com folhas cozidas, para acalmar as nevralgias e dores reumáticas.Na supressão da menstruação, restabelece o fluxo.

ALGODOEIRO - (Gossypium herbaceum)» Favorece principalmente nas doenças ginecológicas, nas menstruações abundantes e até hemorrágicas.» Dores no útero e ovários, cólicas mentruais dolorosas, hemorragias após o parto e retenção da placenta.

Parte usada: toda a planta.Posologia e modo de usar: Entre em contato conosco.

Empregam-se folhas, por infusão, nos seguintes casos: catarros, disenteria, diarréia, enterite.O sumo das folhas cura feridas. As folhas machucadas, postas sobre queimaduras, proporcionam alívio imediato. As sementes, por infusão, são úteis na amenorréia e dismenorréia. A casca da raiz, por decocção, emprega-se nas afecções das vias urinárias. Possui propriedades diuréticas. Pelo seu poder de contratilidade das fibras musculares lisas, produz contrações uterinas. Tem igualmente boa ação hemostática, pelo que se emprega nas metrorragias.Afrodisiáco, tônico e diurético.

ALHO (allium sativum)Desde os tempos muito remotos, o alho é conhecido por suas qualidades místicas e terapêuticas. É largamente utilizado como condimento. Os egípcios, já no 5° milênio a.C., conheciam suas propriedades estimulantes. Na Antiguidade utilizavam-se para espantar os espíritos malignos. Os hebreus, na ocasião do Êxodo, consideravam como umas das mais preciosas riquezas abandonadas no Egito. Os médicos da Antiguidade utilizavam para realizar suas curas milagrosas.O alho contém enzimas, hormônios sexuais, as vitaminas B1, B2, PP e C, provitamina A, sais minerais e oligoelementos. Ótimo antibiótico, se usado no local, evita a proliferação de germes. Os soldados russos carregavam alhos, durante a II Grande Guerra, que esmagavam nos bordos das feridas pra evitar as infecções. O bolbo cru acalma rapidamente as picadas dos insetos. Existe uma variedade chamada alho-porro (Allium porrum), mais conhecido como alho-macho, cujas propriedades ultrapassam os olhos normais.O alho possui as seguintes propriedades:

antidiabético, antiespasmódico, anti-séptico, calicida, diurético, emoliente expectorante, estimulante, hipotensor, tônico e vermífugo.

Por sua qualidade hipotensora, faz baixar a pressão arterial e, quando usado com regularidade por um longo tempo, atua nos casos de varizes. Observar para não usar em demasia, pois poderá causar queda de pressão arterial considerável e irritar o estomago.

De preferência utilizá-lo cru, externa ou internamente. A água da sua cozedura se tiver pouco sal, tem um elevado poder diurético.O alho exerce suas propriedades medicinais nas seguintes doenças:

Abscesso - compressas embebidas em suco fresco de alho.Albuminúria (presença de albumina na urina)Alcoolismo - Entre em contato conoscoAnginas - cataplasma de alho-porro cozido, colocada sobre a garganta.Apetite - utilizar o alho como condimento.Arteriosclerose - decocção de alho, dois dentes esmagados na medida de 1 chícara de leite, ferver 5 minutos. Caldo de alho-porro, cozer durante 2 horas, com o dobro de água sem sal, 4 dentes de alhos cortados em pedaços, 3 xícaras pequenas de café por dia, dos quais 1 em jejum.Artritismo - Ferver alho-porro cortado em pedaços durante 2 horas em meio litro de água e coar.Asma - Entre em contato conosco. Bronquite - decocção de agrião, aipo, cenoura, couve e alho-porro. Tomar 3 colheres de sopa por dia.Cabelo - enxaguar os cabelos com sumo de alho-porro, para cabelos castanhos.Cancro - comer alho ou cebola cruas, separadamente.Circulação - comer alho cru ou cozido.Coração - comer alho e maçã com casca.Convalescença - ingerir cereais e alho-porro.Diarréia - diarréias provocadas pelos antibióticos, comer muito alho cru.Digestão - comer alho-porro cru ou cozido.Diurese - sopa com alho-porro.Edema - Entre em contato conosco.Esterilidade - incluir alho-porro na alimentação diária.Epidemia - comer alho cru em todas as refeições.Ferida - passar no local o sumo de alho.Furúnculo - cataplasma de alho cozido em pequenas quantidades de água.Gota - camada de polpa de alho bem amassada.Hipertensão - comer alho em todas as suas formasLitíase (Formação de pedras ou cálculos) - Entre em contato conosco.Obesidade - usar alho-porro como laxativo.Obstipação (Prisão de ventre) - comer alho-porro cru ou cozido.Ouvido - colocar no canal auditivo externo uma gaze embebida de alho cru.Panarício (Inflamação que compromete os tecidos disposto em torna da unha) - Cataplasma quente de alho-porro cozida.Parasitose - comer bastante alho.Pele - beber todas as manhãs um suco de alho-porro.Picadas - passar o alho no local, macerado.Pulmão - decocção de alho, cozer durante 15 minutos um dente partido em pequenos pedaços em 1 copo de leite.Reumatismo - comer polpa de alho cru ou cozido.Rim - macerar durante uma noite 4 gramas de alho-porro em 1 copo de vinho e coar, tomar pela manhã.Tabagismo - comer alho cru, muito ativo contra os danos causados pela nicotina no organismo.Tosse convulsiva - Entre em contato conosco.Úlcera cutânea - Entre em contato conosco.Uréia - utilizar alho-porro como condimento.

ALOÉS (Na África, no Brasil vide Babosa)O suco de suas folhas se dá como purgante muitas vezes, mas não se recomenda aos hemorroídeos e embaraçadas aos perigos de sua utilização. Dos aloés, variedades de vegetal da África, usa-se o que geralmente se dá em chamar acíbar, e que é o suco de suas folhas. Este nome é dado por seu sabor ingrato. Dados os efeitos que produz - congestão pelviana-, os que padecem hemorróidas não devem fazer uso dele, o mesmo que as mulheres em estado de gravidez, pois se considera um abortivo poderoso. Esta advertência é interessante já que em alguns tratamentos populares de plantas medicinais os autores se contentam com indicar seus efeitos purgativos sem prevenir o que abordamos acima.

Dá ao paciente uma boa digestão.Produz efeitos laxativos.E é de efeitos purgativos.Pode em doses elevadas produzir cólicas, pelo que se recomenda não chegar a elas.Posologia e modo de usar: Entre em contato conosco.

Do acíbar de aloé se extrai a aloína, e pode usar-se em pó e em tintura.Alguns tratados populares o recomenda para úlceras e chagas para a qual dizem que devem dissolver-se o acíbar em água quente e aplicar-se ao exterior.

ALTÉIA - (Althaea officinalis)

Parte usada: folhas, flores e raízes.Dose: Entre em contato conosco.

Empregam-se as flores nas enfermidades das vias respiratórias. São boas para curar a tosse, especialmente nas crianças e pessoas idosas. As folhas e as raízes são utilizadas como emolientes nas irritações da membrana mucosa. Em forma de loção e fomentação, a altéia é um bom remédio para acalmar as dores, erupções cutâneas, etc. Em clisteres, dá bom resultado nas inflamações intestinais e na prisão de ventre. A raiz se dá para mastigar às crianças, para favorecer a dentição.

AMOR-PERFEITO

Parte usada: folhas e flores, por infusão.Dose: Entre em contato conosco.

É depurativo e peitoral. É indicado nas afecções cutâneas:

erupções biliares, eczema, impetigem, herpes, manifestações escrofulosas, etc.

Para estes fins, toma-se chá e reforça-se a ação interna, fazendo-se loções ou aplicando-se compressas. Emprega-se contra o reumatismo, especialmente o reumatismo articular, com sucesso.

ANÉMONA PULSÁTIL (Pulsatila)Muito apreciada na antiguidade, não se tem abandonado totalmente seu uso. Antiespasmódico em tosses convulsivas, analgésico em afecções uterina. Os tratados populares são pródigos na utilização das anêmonas.

Usam, por exemplo, da chamada anêmona dos bosques, para os reumatismos e gotas, em uso externo; da anêmona hepática para as obstruções e cálculos hepáticos, em infusão a 1%; da anêmona negrusca ou dos prados, ao exterior como vesificante; e por fim da pulsátil, que é a que nos ocupa e a única que temos falado recomendada nas terapêuticas sérias.

Antigamente a anêmona pulsátil se empregava para as paralisias e a coriza. Hoje, como analgésico em afecções uterinas, indicada para as dores da sapingoovaritis, e como antiespasmódica nas tosses convulsivas.

Utiliza-se: Folhas e floresSeu extrato alcoólico (pílulas): Entre em contato conosco.Sua tintura: Entre em contato conosco.E a chamada anemonina, que é o principio ativo: Entre em contato conosco.

ANGÉLICAÉ estimulante, carminativa, depurativa, diurética, estomacal e emenagoga.

Parte usada: toda a planta, por infusão.Dose: Entre em contato conosco.

Nas afecções da pele, dores dorsais, reumatismo, emprega-se também o chá de angélica, topicamente, em forma de loções, fricções e compressas.

ANGELICÓÉ anti-séptico, diaforético, estomacal, esurino, sedativo.

Parte usada: raiz, por decocção.Dose: Entre em contato conosco.

Outros nomes da planta: jarrinhas, mil-homens(vide Mil-Homens, por se tratar de informações relevantes), papo-de-peru, mata-porco, patinho, caçau, cipó-mata-cobras.

APERTA-RUÃOUsam-se as sementes no tratamento das feridas, em banhos. Em banhos demorados, as folhas têm sido usadas nos casos de queda do útero e no tratamento de hemorróidas.1.Não recomendo o uso interno.2.Estes banhos são de assento.

Outros nomes da planta: Tapaburaco (Dispensando cirurgias inúteis na vulva), maiores esclarecimentos, entre em contato conosco.

ARTEMÍSIAEmprega-se para:

anemia, cólicas, coréia, debilidade, do estômago, diarréia, enterite, epilepsia, flatulências, gastrite, hidropisia, icterícia, lombrigas, menstruação deficiente, mucosidade, nervosismo, nevralgia, reumatismo, histeria, fraqueza do estomago, cálculos da bexiga, higienização do útero.Parte usada: folhas, flores e raízes, por infusão.Dose: Entre em contato conosco.

Não se recomenda o uso desta planta para as mulheres que amamentam.Outro nome da planta: artemigem.

AVENCAÉ utilizado contra o catarro pulmonar, rouquidão e tosse(bronquite), expectorante tônico.

Parte usada: folhas por infusão.Dose: Entre em contato conosco.

 


 

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